Aeronaves trazem helicópteros de última geração que serão usados em operação na ALA 5.
(Foto: Henrique Arakaki/Midiamax) |
Disputando um lugar nas sombras, os moradores de Campo Grande — e até quem veio de outras cidades — acompanharam a chegada do avião Boeing C-17A Globemaster III da USAF (Forças Aéreas Americanas) na ALA 5 - Base Aérea na tarde deste sábado (21). A chegada da aeronave aconteceu às 13h35 e a previsão é que outro avião, do mesmo modelo, pouse nas próximas horas na Capital.
O público contava com famílias e fãs de aeronaves que não perderam a oportunidade do registro. Fabrício Lúcio, viajou por sete horas de Maringá, no Paraná, só para acompanhar o pouso. “Dificilmente vai ter outra oportunidade de novo”, disse. O paranaense se diz apaixonado por aviões e pela importância, disse que a distância da viagem foi o de menos.
Assim como Alberto Semedo, que conversou com a reportagem mais cedo, disse que é de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, e viajou de ônibus até Campo Grande só para acompanhar o pouso e depois o treinamento dos militares americanos. Ele tem um site especializado no assunto.
“Devo ficar aqui por duas semanas para acompanhar o treinamento que será feito junto dos americanos”.
Levando as crianças para assistir o pouso do Boeing, José Feitosa e a esposa, Ariadni Feitosa, disse que foram à orla do aeroporto somente para acompanhar a chegada do avião. “Valeu a pena, as crianças adoraram”, comentou. Até o cachorro da família acompanhou a empreitada.
As aeronaves militares americanas trazem dois helicópteros de última geração MH-60 Pave Hawk, além de 80 soldados norte-americanos para a participação conjunta durante os exercícios.
Operação em Campo Grande
Até o dia 3 de setembro, Campo Grande é palco do treinamento militar denominado Operação Tápio 2021, que simula cenário de guerra e está em sua 5ª edição. Entre as aeronaves que irão pousar na Capital está o cargueiro militar Boeing C-17. O modelo ganhou repercussão mundial por transportar mais de 640 pessoas fugindo do Afeganistão um dia após o grupo extremista Talibã tomar o poder no país. A imagem com pessoas espremidas no compartimento de carga do avião foi publicada por jornais em todo o mundo.
(Foto: Henrique Arakaki/Midiamax) |
Para a operação Tápio, cerca de 30 aeronaves e 16 unidades de infantaria foram deslocadas para o treinamento em Campo Grande.
Dessa forma, a FAB (Força Aérea Brasileira) empregará no Exercício a Aviação de Caça (A-1 AMX e A-29 Super Tucano), Transporte (C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-98 Caravan), Reconhecimento (E-99 e R-99) e Asas Rotativas (H-36 Caracal e H-60L Black Hawk).
A primeira fase do treinamento ocorreu no Pará (Foto: BACG/Reprodução) |
No cenário do Exercício, serão treinadas Ações de Força Aérea em uma possível participação da FAB em missões de paz da ONU (Organização das Nações Unidas), contribuindo para a ordem e a paz mundial e compromissos internacionais; garantindo a soberania, integridade territorial e defesa patrimonial; e provendo ajuda humanitária.
Dentre as atividades, estão missões de Ataque, Reconhecimento Aeroespacial, Infiltração Aérea, Busca e Salvamento em Combate, entre outras.
Integração
O Diretor do Exercício e Comandante da BACG, Brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto, explica a importância do exercício. "Mostramos a capacidade de operar de maneira integrada, coordenada e harmônica e que essa característica é necessária para que, em uma situação de conflito, as Forças tenham o domínio dos seus ambientes de interesse e impeçam que o inimigo faça o mesmo", explica.
Por Mariane Chianezi e Lucas Mamédio (Midiamax) / G1
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