Número de voos nos 33 maiores aeroportos do setor diminuiu 3,7%, segundo associação.
Apesar de um aumento da frota e do número de destinos atendidos, o movimento de aeronaves executivas caiu no ano passado, um sinal de que o setor sentiu a desaceleração da economia. Dados divulgados pela Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral) apontam que a frota cresceu 4,9%, somando 14.648 aeronaves, mas o número de voos nos 33 maiores aeroportos do setor diminuiu 3,7%, para 739,9 mil, no ano passado.
Os principais clientes da aviação executiva são empresas, que usam aviões e helicópteros particulares para voar a destinos hoje não atendidos pelas companhias aéreas e para ganhar agilidade no deslocamento de seus executivos.
Segundo o diretor geral da Abag, Ricardo Nogueira, a queda na movimentação é um indicador da desaceleração da economia.
— O (gasto com o) avião é o último item a chegar em um momento de expansão das empresas, mas é um dos primeiros a sair (do orçamento) em épocas de crise.
Os números do setor foram divulgados durante a solenidade de apresentação da feira Labace, o principal evento do País para a aviação executiva, que será realizada entre terça e quinta da semana que vem, em São Paulo. É na feira que as fabricantes apresentam os lançamentos aos clientes brasileiros e tentam iniciar as negociações.
A meta do setor é manter o resultado do ano passado, quando a venda de aeronaves novas e usadas somou US$ 1,66 bilhão (cerca de R$ 3,7 bilões).
Para o presidente da Abag, Eduardo Marson, o segundo semestre do ano tem se mostrado mais difícil para a economia em diversos setores. E a aviação não escapa desta tendência.
A Labace vai apresentar ao público 65 aeronaves, duas a menos do que no ano passado. Os aviões, no entanto, são maiores e ocuparão uma área maior na feira. A previsão dos organizadores do evento é que 14 mil pessoas visitem a Labace neste ano, mantendo o público do ano passado.
Fonte: Estadão Conteúdo via R7 - Foto: Divulgação
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