O que se sabe e o que se especula sobre o sumiço do voo na Malásia.
Boeing 777 mudou rota e comunicação foi cortada após último contato.
Avião sumiu dia 8 durante entre Kuala Lumpur e Pequim com 239 pessoas.
À 0h41 (horário local) de 8 de março, o Boeing 777-200 ER da Malaysia Airlines sumiu após decolar de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino a Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo. O voo MH370 deveria chegar ao destino às 6h30, mas o pouso não ocorreu e o avião sumiu.
Veja abaixo o que se sabe e o que se pressume sobre o que pode ter ocorrido a bordo, além de teorias sobre o que poderia ter provocado a queda.
O que se sabe sobre o MH370:
- À 1h07, o sistema Acars (acionado em caso de panes e que envia mensagens automática sobre o voo) enviou a última mensagem. A desativação é necessariamente realizada por um piloto ou uma pessoa com conhecimentos na área.
- À 1h19, o copiloto fez o último contato com o controle de tráfego aéreo da Malásia. O copiloto respondeu: "Tudo bem, boa noite". As comunicações foram cortadas.
- À 1h21, o transponder parou de dar sinal de localização.
- À 1h27, a Tailândia detecta o que seria o avião, tomando rotas diversas. As informações iniciais são que a aeronave voou para o Sul, em direção a Kuala Lumpur e o Estreito de Malaca, antes de seguir para o norte, em direção ao mar de Andamão.
- Entre 5h e 6h, um radar militar malaio captou a presença do avião no Estreito de Malaca, a oeste da Malásia, quilômetros de distância da rota original e do outro lado do país.
- Às 8h11, um satélite captou sinal do avião no Oceano Índico, sugerindo que ele poderia ter tomado uma rota sentido norte, ou para o sul.
- Logo ao amanhecer, moradores das Maldivas disseram ter visto um avião sobrevoando a ilha de Kuva Huvadhoo, à baixa altitude.
- No avião havia dois iranianos com passaportes roubados. Cinco pessoas despacharam a bagagem e não embarcaram.
- O comandante do voo tinha em casa um simulador, construído por ele próprio, cujos dados recentes foram apagados. Ele tinha ligações com familiares do líder da oposição no país.
- O copiloto, de 27 anos, já tinha deixado amigos entrarem na cabine, o que não é permitido pelas regras de voo.
- Supostos destroços do avião são localizados no dia 20 de março na Austrália.
O que se presume:
- Autoridades da Malásia e dos EUA acreditam que o avião tenha sido deliberadamente desviado da sua rota por alguém que colocou informações no computador de bordo.
- Acredita-se que os sistemas de comunicação do avião, transponder e Acars, tenham sido desligados por alguém intencionalmente ou que uma pane elétrica, explosão ou pane nos sistemas possa os ter desligado.
- Presume-se que o avião possa, no Estreito de Malaca, ter voado rumo ao norte, em uma área compreendida entre a Índia, o Laos e o Mar Cáspio, ou para o sul, entre a ilha de Sumatra, na Indonésia, e o sul do Oceano Índico.
- Acredita-se que o avião possa ter caído ou pousado em uma área de 305 mil quilômetros quadrados, onde está sendo buscado, em um corredor que vai desde o oeste da Índia e o Oceano Índico até a Austrália.
- Fontes da investigação disseram à agência de notícias Reuters que provavelmente o avião voou para o sul do Oceano Índico e caiu no mar ao ficar sem combustível.
O que se especula:
- Fumaça a bordo: Teoria publicada no "Business Insider" sugere que um pneu poderia ter estourado ou pegado fogo na decolagem e que, ao ser recolhido, a fumaça teria contaminado a cabine e desorientado os pilotos. Pela hipótese, pilotos acionaram o piloto automático para seguir para a pista mais próxima, em Pulau Langkawi, no Estreito de Malaca, direção que o avião tomou. Fogo provocado por algum outro motivo ou algum outro sistema do avião, como as baterias de lítio, explosão a bordo ou até um tiro também poderiam ter gerado fumaça.
- Terrorismo ou tentativa de sequestro: o avião teria tido a rota alterada intencionalmente. As autoridades da Malásia acreditam que alguém desligou propositadamente os sistemas de comunicação. O comitê de inteligência dos EUA investiga o dato de que um dos pilotos poderia estar envolvido no sequestro do avião com algum objetivo, como o de torná-lo um “míssil” contra algum alvo, informou o comitê de inteligência dos Estados Unidos.
- Suicídio do piloto: um dos pilotos poderia ter se fechado na cabine ou imobilizado o outro piloto lá dentro e alterado a rota e desligado os sistemas de comunicaçação intencionalmente.
- Alteração de rota previamente programada: o jornal “The New York Times” sugeriu que a rota do avião pode ter sido alterada através de seu sistema computadorizado, e não manualmente, antes ou depois da decolagem.
- Despressurização: em caso de despressurização ou falta de ar, tripulação e passageiros ficariam inconscientes.
- Pane elétrica, falha ou problema de alguma peça: provocariam o desligamento do transponder.
- Corrosão que levaria à falha estrutural: agência norte-americana alertou a Boeing sobre o risco de corrosão em um local da fuselagem gerar fissuras e rachaduras que provocassem uma descompressão lenta ou rápida internamente e uma falha estrutural no avião, rompendo-se no ar. Isso provocaria a paralisação dos sistemas de comunicação do avião e explicaria o fato de os pilotos terem perdido os sentidos.
- Explosão ou desfragmentação no ar: disparo de arma de fogo, explosão ou incêndio poderiam gerar uma falha na estrutura do avião provocando um rompimento ou fazendo o avião se despedaçar no ar.
Fonte: G1
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