quarta-feira, 12 de junho de 2013

Anac entrega estudo sobre ajuda a companhias aéreas para SAC

O estudo para uma eventual ajuda do governo para as companhias aéreas brasileiras já foi entregue pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) à Secretaria de Aviação Civil (SAC), afirmou nesta terça-feira o diretor-presidente da agência, Marcelo Guaranys.

Segundo ele, o relatório foi demandado pela própria SAC para analisar como o governo poderia auxiliar as companhias aéreas brasileiras, que atravessam momento de câmbio desfavorável para custos em dólares, desaceleração na demanda e preços elevados de combustível.

"O ministro pediu para nós um relatório econômico e financeiro sobre a vida das empresas... A partir de agora, o Ministério pode ter informações para poder pensar em um plano para ajudar as empresas", disse Guaranys a jornalistas durante vistoria no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.

Em abril, o ministro à frente da pasta, Moreira Franco, havia dito à Reuters que a SAC pediu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Anac estudos para auxiliar as companhias aéreas.

A Gol e a TAM, duas maiores empresas do setor no Brasil, fecharam 2012 com resultados desanimadores. A Gol teve um prejuízo de 1,5 bilhão de reais e a Latam (resultado da união da chilena LAN e da brasileira TAM) teve lucro de apenas 11 milhões de dólares, 97 por cento inferior ao de 2011.

Congonhas

O presidente da Anac também afirmou que a agência pretende finalizar ainda neste mês um relatório sobre audiência pública promovida para definir novas regras para distribuição de horários de pouso e decolagem (slots) nos aeroportos.

"Recebemos mais de 300 manifestações e estamos apurando o resultado final da audiência pública. Estamos recebendo item por item e dizendo porque incorporamos ou não essas regras. Nossa previsão é fechar esse relatório até o fim do semestre e levar a votação à diretoria da Anac", disse.

A agência está revendo uma resolução sobre regras para a distribuição dos slots, principalmente em Congonhas, para permitir que novas empresas aéreas passem a operar em um aeroporto cujos slots estão em sua maioria com a TAM e a Gol.

Questionado sobre a situação no aeroporto, Guaranys afirmou que a Anac "está estudando a real capacidade do aeroporto para oferecer à população um serviço que mantenha condições de segurança e qualidade".

Nesta terça-feira, o presidenta da Infraero, estatal que administra aeroportos brasileiros, afirmou à Reuters que vê espaço para mais 4 slots para aviação regular em Congonhas.

Atualmente, Congonhas opera com 34 pousos e decolagens por hora, sendo 30 da aviação comercial e 4 de aviação regional. O aeroporto também tem slots de oportunidade para horários de pico. As companhias aéreas querem que os quatro slots de aviação regional sejam transferidos para a aviação comercial, elevando para 34 os slots para voos comerciais.

Fonte: Rodrigo Viga Gaier (Reuters) via G1

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