sexta-feira, 19 de abril de 2013

EUA aprovam modificações ao 787 Drealiner propostas pela Boeing

Clique sobre a imagem para ampliá-la

A FAA (autoridade aérea norte-americana) aprovou nesta sexta-feira (19) as modificações propostas pela Boeing para resolver os problemas nas baterias de lítio do avião 787 Dreamliner, modelo que está impedido de voar desde janeiro deste ano.

"A FAA tomou uma nova medida para permitir que o Boeing 787 volte a voar ao aprovar as modificações do sistema de baterias 787 que foram propostas pela Boeing", disse a empresa em um comunicado.

O 787 enfrentou uma série de problemas de superaquecimento em sua bateria no começo deste ano que levaram a FAA a proibir pousos e decolagens da aeronave por tempo indeterminado.

Em fevereiro, a Boeing apresentou ao órgão uma nova versão do equipamento, com um novo sistema de isolamento de células, o que solucionaria os problemas. Desde então, as novas baterias vem sendo testadas.  

Uma das grandes apostas da Boeing, o 787 Dreamliner foi concebido como "o comercial mais avançado do mundo" e apresentado em setembro de 2011, após mais de três anos de adiamentos que custaram milhões de dólares à empresa.

O modelo, que tem preço de tabela de R$ 207 milhões, foi lançado prometendo economia de 20% de combustível graças ao uso de materiais compostos e fibra de carbono.

A Boeing vendeu cerca de 850 unidades do novo avião e 50 deles já foram entregues para empresas do Japão, Índia, Chile, Polônia, Catar e Etiópia e Estados Unidos.

ENTENDA

No dia 7 de janeiro, técnicos da GS Yuasa --empresa japonesa que fabrica a bateria-- foram aos Estados Unidos após um princípio de incêndio provocado por uma bateria de um Boeing-787 da Japan Airlines que pousou em Boston. O problema levou ao vazamento de eletrólitos inflamáveis e emanações de calor e fumaça, segundo a FAA.

Apresentação, em 2007, do modelo Boeing 787 Dreamliner em Everett, Washington (EUA)

No dia 15, um Dreamliner da companhia ANA precisou realizar um pouso de emergência em Takamastu, no sul do Japão, devido a um alarme que apontava a existência de fumaça e pela presença de um forte odor a bordo proveniente da bateria.

Além dos dois incidentes, em duas semanas ocorreram outras cinco avarias em aeronaves japonesas do último modelo da Boeing --o que levou a autoridade aérea norte-americana a iniciar uma investigação do avião.

Após os incidentes, diferentes autoridades aeronáuticas em todo o mundo proibiram toda a frota do Boeing-787 Dreamliner de voar e a Boeing teve de suspender as entregas de novas aeronaves do modelo até que o problema fosse esclarecido.

Fonte: AFP via UOL Notícias - Tangi Quemener/AFP

Nenhum comentário: