A Embraer ainda prevê alguns cancelamentos de pedidos de jatos executivos e acredita que o setor precisará de alguns anos para voltar ao nível das encomendas de 2007 e 2008, disse o presidente-executivo da fabricante brasileira de aeronaves, Frederico Curado, à Reuters na terça-feira.
A fraqueza na demanda por jatos executivos e a ausência de grandes encomendas por aviões regionais comerciais têm reduzido a carteira de encomendas ("backlog") da Embraer, um importante indicador da receita futura. Em junho, o backlog estava no menor patamar em seis anos.
Como resultado disso, analistas alertam que a fabricante brasileira pode ter que reduzir seu ritmo de produção no ano que vem, prejudicando seus resultados.
"Ainda temos como meta manter nosso 'backlog' estável no fim do ano, mas é claro que existe uma fraqueza no mercado, e temos que reconhecer isso", disse Curado, nos bastidores de uma conferência da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra.
"Em jatos executivos, temos visto um movimento de vendas relativamente bom, mas ainda estamos vendo alguns cancelamentos", afirmou.
A Embraer entregou 99 jatos executivos no ano passado e com isso ficou a cerca de 20 unidades de atingir a meta original, já que a crise de dívida soberana na Europa e seus efeitos na economia global levaram a uma onda de cancelamentos de encomendas.
A fabricante prevê entregar de 90 a 105 jatos executivos em 2012.
O tom conservador da Embraer contrasta com a confiança de rivais na aviação executiva como a Cessna, que tem reportado demanda em recuperação e estimou 11 por cento de crescimento da receita da indústria em 2012.
Fonte: Tom Miles (Reuters) via G1
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