O novo modelo de Vant, avião não tripulado, fará mapeamentos com maior precisão
Empresas de Campinas, Franca e São Carlos estão desenvolvendo um novo modelo de aviões não tripulados (Vants), cuja tecnologia é mais precisa e possui inteligência artificial. Confira o vídeo acima.
Os Vants já decolam para muitas missões. A polícia usa os pequenos parceiros para o combate de crimes ambientais. Eles também têm aplicação na agricultura, já que ajudam no levantamento de dados. As informações são enviadas para uma estação em terra.
Para produzir um Vant, o tempo médio de pesquisa é de cinco anos. Só pra testes, são necessárias 500 horas de voo. Os avanços não param e, em breve, o mercado brasileiro vai contar uma aeronave com inteligência artificial capaz de mapear áreas com grande precisão.
Parceria
A produção tem integrado diferentes empresas do interior. Em Franca, a aeronave ganha forma e o corpo do avião é produzido. “Nós estamos há um ano e meio nesse projeto com uma equipe de seis pessoas dedicadas ao projeto, do ponto de vista da aeronave”, disse o engenheiro aeronáutico Omar Pugliesi.
Em Campinas, outra empresa desenvolveu o radar. Segundo os fabricantes, é o primeiro de um avião não tripulado que trabalha em uma frequência capaz de mapear o solo e o que estiver debaixo dele, não importa o tamanho das árvores. “Eu sei a altura da vegetação por exemplo, que é muito importante para o calculo de biomassa. Quero saber quantas toneladas de madeira eu tenho lá, se ela já foi desmatada”, explicou o diretor de tecnologia João Moreira Neto.
Uma empresa de São Carlos fica com a etapa da inteligência artificial. Ela desenvolve um programa de computador que vai fazer com que a aeronave possa tomar decisões sozinha. “Ela entende o contexto. Por exemplo, digamos que você estivesse voando na Amazônia e o tempo fechasse. A aeronave vai entender que o tempo fechou e vai tomar a decisão se ela continua voando ou se ela retorna à base, de maneira automática”, disse o diretor da empresa Adriano Kancelkis.
Tecnologia e custo
O Vant terá vários tipos de aplicação. “Mapeamento, levantamento de danos ambientais, agrícolas e áreas de mineração”, explicou Kancelkis.
O custo é apontado como a principal vantagem da tecnologia. A economia pode chegar 90% em relação a um avião convencional. A agilidade é outro ponto a favor. “Temos o produto mais preciso mundialmente”, enfatizou Moreira Neto.
Para os fabricantes, a nova aeronave é muito mais do que uma tecnologia mais eficiente. “Isso significa soberania nacional. Você tem que ter o seu país, dominar o seu país e conhecer o que você tem nele, não só em termos de revelo, mas também com relação às nossas reservas naturais”, disse Pugliesi.
Fonte: EPTV
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