François Fillon recebeu carta de parentes preocupados com investigação.
Após boataria na imprensa, BEA deve divulgar primeiros dados na sexta.
O premiê da França, François Fillon, disse nesta quinta-feira (26) que ainda é cedo para antecipar as conclusões sobre as causas do acidente do voo 447 da Air France, que caiu há dois anos com 228 pessoas a bordo no Oceano Atlântico.
Fillon citou o Escritório de Investigação e Análise (BEA, por sua sigla em francês), a entidade encarregada do caso, para ressaltar que "ainda não se pode tirar nenhuma conclusão sobre as causas".
Fillon lembrou que o BEA deve publicar nesta sexta-feira as primeiras conclusões da análise das caixas-pretas do avião da Air France que caiu no Atlântico em 1º de junho de 2009.
"Quanto às responsabilidades, cabe à Justiça, e unicamente a ela, estabelecê-las e anunciá-las quando for o momento", disse.
Turbina do Airbus do voo 447 é retirada do mar em 8 de maio |
Recuperadas no início deste mês, as caixas-pretas estão sendo analisadas pelos especialistas do BEA, que devem publicar em junho o primeiro relatório provisório sobre as causas do acidente.
No entanto, o BEA enfrenta a uma enorme pressão da imprensa por causa dos constantes vazamentos sobre os elementos da investigação, o que provocou a indignação dos familiares das vítimas.
Em carta enviada a Fillon, associações de familiares afirmaram ter "dúvidas" sobre "a autonomia" do BEA para dirigir a investigação, após a "divulgação de informações que deveriam ser confidenciais".
Fillon disse "lamentar" a publicação de "informações parciais ou inexatas". Ele disse que leu a carta com atenção e que entende a indignação delas.
A BEA, que em um primeiro momento não tinha previsto publicar relatórios provisórios nos próximos meses, anunciou que divulgará na sexta-feira os primeiros dados com base na análise das caixas-pretas, mas que eles ainda não permitem determinar as causas do desastre.
Fonte: G1, com agências internacionais - Foto: Divulgação/BEA
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