sexta-feira, 18 de junho de 2010

Em três dias, 123 queixas contra empresas aéreas

Nos primeiros três dias úteis de vigência das novas regras para aviação, foram registradas 123 queixas de passageiros por atrasos, cancelamentos e overbooking no país, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). As reclamações serão investigadas e, caso confirmadas, as empresas poderão ser multadas em valores que vão de R$ 4 mil a R$ 10 mil. As queixas dos usuários são registradas por telefone ou pela internet.



A Anac também divulgou o balanço da primeira etapa de fiscalização nos aeroportos de Guarulhos, Congonhas, Brasília e Galeão. Os fiscais verificaram o descumprimento de uma regra: as aéreas devem informar as normas ao passageiro por escrito. Segundo a agência, a falha de comunicação foi identificada em dez empresas, sendo nove internacionais e uma nacional.

As aéreas têm cinco dias para corrigir a falha, a partir da notificação. Se não o fizerem poderão ser multadas. A Anac não revelou o nome das companhias infratoras. Listou, porém, algumas que já estão cumprindo a nova exigência, entre elas TAM e Gol. Entre os aeroportos que ainda receberão os fiscais estão Santos Dumont e Confins (MG). As queixas de usuários podem ser feitas pelo telefone 0800 725 4445 ou pela internet (www.anac.gov.br/faleanac).

Entre as novas regras estão a possibilidade de reembolso imediato em caso de cancelamento de voo. O prazo anterior era de 30 dias. Também está previsto que as aéreas têm de oferecer alimentação aos passageiros após duas horas de atraso. Antes, eram quatro horas.

Para a enfermeira Abilene Gouvêa, 44 anos, apenas quando as empresas sentirem no bolso os custos dos atrasos é que buscarão ser pontuais.

- Em 2006, quando fui a Natal para um casamento, esperei seis horas no aeroporto. Minha filha era a daminha. Chegamos a tempo, mas quebradas - lembra ela, que embarcou para Austrália esta semana, com a cunhada e a sobrinha, desde o Galeão. - Só quando a gente cobrar, as empresas vão respeitar as regras.

Fonte: Danielle Nogueira (O Globo)

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