domingo, 18 de abril de 2010

Repórteres chegam perto do vulcão na Islândia

Antes de decolar, o piloto do helicóptero avisa que as turbinas podem ser danificadas por causa das cinzas do vulcão. Mesmo assim, nossa equipe decola.



Islândia. Frio e fogo. Na terra do gelo, o planeta mais uma vez mostrou sua força. Pela boca do Eyjafjallajokull. Este é um voo perigoso. Antes de decolar, o piloto do helicóptero nos explica: "Se as cinzas entrarem nas turbinas, o motor será destruído e o seu dia acaba ali." Mesmo assim, decidimos decolar.

Em pouco tempo, encaramos a montanha fumegante. A gigantesca coluna de fumaça tem quase oito quilômetros de altura.Perto dela, os ventos mudam muito rápido.Não podemos ficar mais do que alguns minutos.

Mas é o suficiente para compreender que quem manda aqui é a natureza. A equipe chega a pouco mais de um quilômetro da boca do vulcão. A fumaça e todas as partículas são jogadas para o alto, a quase seis quilômetros de altura. Segundo os geólogos, pode ser só um pequeno aviso de uma gigantesca erupção que pode acontecer a qualquer momento.

Neste domingo (18), a quantidade de cinzas diminuiu. Mas os geólogos avisam: a montanha é como uma panela de pressão: debaixo de todo o gelo, há lava em altíssima temperatura, que ainda pode jorrar a qualquer momento.

Lá embaixo, o pó vulcânico cobre os vilarejos, escurece o dia e espalha um macabro cheiro de enxofre no ar. A chuva de hoje limpou o céu, mas transformou a poeira em barro vulcânico.

O vulcão não fez nenhuma vítima na Islândia. As equipes de resgate conseguiram retirar todos os habitantes dos lugares onde ocorreram avalanches. A maior preocupação agora é reconstruir casas, celeiros e manter os animais confinados porque o que sobrou do pasto está contaminado.

Fonte: Fantástico (TV Globo)

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