domingo, 5 de julho de 2009

Peritos da ANAC recolhem materiais para definir o motivo da queda do avião em Imperatriz (MA)

Os pilotos João Magaiesk e Wilson continuam internados, mas não correm risco de morte

Peritos da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) chegaram ontem (4) a Imperatriz, vindos de Belém do Pará, e foram diretamente para o local onde ocorreu a queda do avião Seneca, prefixo PT-RFU, de propriedade da empresa Heringer Táxi Aéreo. A queda aconteceu por volta de 18h48 de sexta-feira (3).

Os peritos, que não foram identificados, recolheram materiais da aeronave e estes serão levados para a sede regional da ANAC, em Belém, onde serão realizados estudos para que seja definido o motivo da queda.

O laudo que vai apontar as causas do acidente não deverá sair antes de 90 dias, como sempre acontece em acidentes aéreos.

O avião Seneca bimotor, prefixo PT-RFU, da empresa Heringer Táxi Aéreo, caiu quando decolava com destino a Belém, conduzindo documentos bancários, como é de praxe.

A aeronave caiu no fim da pista do Aeroporto Prefeito Renato Moreira, próximo ao local onde existem vários canteiros de hortaliças, e ficou destruída. Destroços ficaram espalhados pelo local e uma das turbinas se separou da asa com o impacto ao chão. A aeronave partiu ao meio. Pela posição que ficou, a asa direita foi quem primeiro tocou o chão.

De acordo com o que se viu no local, os dois pilotos tiveram muita sorte de não terem morrido. O que chamou a atenção e pode ser considerado um milagre é que a aeronave, que iniciava viagem, estava com os tanques cheios e não explodiu com o impacto da queda.

Ontem, mecânicos da Heringer Táxi Aéreo passaram todo o dia desmontando o que restou do Seneca, cujas peças foram levadas para o hangar da empresa, e também servirão para investigações para definir as verdadeiras causas do acidente.

Pilotos passam bem - Os pilotos João Magaiesk e Wilson continuam internados, mas não correm risco de morte. Os dois sofreram várias escoriações e fraturas. O piloto João Magaiesk teve uma lesão no rosto, o que lhe custou - segundo informações - fratura no nariz, e era o que apresentava maior gravidade. Quanto ao comandante Wilson, pelo que foi informado, fraturou uma perna.

Essa foi a segunda queda de avião em Imperatriz este ano. Há cerca de 60 dias, um avião pertencente ao Aeroclub de Imperatriz caiu em um terreno baldio no bairro Bacuri. O monomotor, usado para testes de alunos, capotou ao tocar o solo. Duas pessoas que estavam a bordo tiveram apenas pequenas lesões.

Há cerca de três anos, um avião bimotor de propriedade do prefeito de Davinópolis, Chico do Rádio, caiu no início da Rua Ceará, no bairro Bacuri. O avião sofreu uma pane e ao tentar retornar ao Aeroporto Prefeito Renato Moreira, caiu na Rua Ceará, entre residências.

Um médico de Tocantins e o filho de 10 anos morreram carbonizados, em função de a aeronave ter incendiado. O piloto Douradinho, que ficou com metade do corpo queimado, morreu 20 dias depois em Goiânia.

Outras três pessoas, entre elas uma criança, que se encontravam na aeronave se salvaram e tiveram apenas escoriações. Elas pularam antes da aeronave tocar o chão. Essa manobra só foi possível porque o homem que envolveu a mulher e o filho para pularem juntos é professor de para-quedismo e sabia como proceder naquele momento desesperador.

O médico tocantinense que morreu estava indo para Paragominas, onde participaria de um torneio de para-quedismo.

Fonte: Jornal O Progresso - Imagem: reprodução

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