quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Reunião discute o Santos Dumont

Agência Nacional de Aviação quer ampliar os vôos para outras capitais, mas o governo do estado teme ‘enfraquecer’ o Galeão

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Uma ‘briga’ de peso será travada amanhã na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), no Rio. De um lado, a agência, em coro com representantes da companhia aérea Azul, está determinada a derrubar portaria de 2005 que limitou vôos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro. Do outro lado, estão o governo do estado e empresários interessados na privatização do Galeão. Com a abertura do Santos Dumont para vôos de outros estados – atualmente só serve a São Paulo e interior do Rio – o aeroporto da Ilha do Governador poderia se tornar desinteressante para a iniciativa privada.

Os defensores da privatização do Galeão afirmam que só a Azul seria beneficiada com a reativação de vôos diários para capitais no Santos Dumont, pois a empresa teria dificuldade para operar no Galeão. A Anac alega que o fechamento do Santos Dumont tem o “propósito de direcionar tráfego” para o Galeão e transformá-lo em ‘hub’ – aeroporto de grande expressão regional – de vôos internacionais. “A movimentação do Santos Dumont tem impacto direto em outros aeroportos e em passageiros de outros estados”, justifica a agência, em nota.

O governador Sérgio Cabral prevê a concessão do Galeão para o segundo semestre, e a idéia da Anac é movimentar o Santos Dumont já no Carnaval.

Entre as sugestões para a reabertura do Santos Dumont, está a manutenção do número de vôos, mas com expansão de rotas, como Brasília e Belo Horizonte. A idéia agrada a fisioterapeuta Amanda Rodrigues, 32. Ela vem uma vez por semana do aeroporto de Confins, na capital mineira, e desce no Galeão. “Desço no Galeão e tenho que passar por aquela favela, acho perigoso. Já fui para São Paulo pelo Santos Dumont e acho o serviço muito melhor”, elogia.

O governo do estado promete melhorar o acesso ao Galeão já pensando na Copa do Mundo de 2016. Três secretários de Cabral foram escalados para lutar contra a abertura do Santos Dumont. O titular da pasta de Desenvolvimento Econômico, Júlio Bueno, afirma que existem três empresas internacionais interessadas em comprar o Galeão e que o governo lutará com todas as armas jurídicas para evitar o esvaziamento do aeroporto internacional.

Fonte: O DIA Online - Foto: www.contatoradar.com.br

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