A origem ainda é desconhecida. Mas já há indícios da identificação do objeto encontrado na praia de Barreira, em Icapuí, e divulgado com exclusividade pelo O POVO ontem. É a partir do contato com leitores especialistas em aviação que o mistério está sendo solucionado. Foram dezenas de mensagens e telefonemas vindos da Capital, do Interior, de outros estados e até de outros países. O equipamento continua com o pescador que o achou em Icapuí. O Comando da Base Aérea assegurou que pretende ir ao local resgatar o artefato, mas não disse quando vai nem prestou mais esclarecimentos quanto ao objeto.
A hipótese mais provável, pelas características apontadas, é de que o equipamento seja um artefato militar conhecido como UAV ou Veículo Aéreo Não-tripulado (Unmanned Aerial Vehicle, em inglês). Como o nome indica, ele não precisa de um piloto embarcado para ser guiado. Pode ser controlado por terra ou por mar (por meio de um navio).
Este objeto também é conhecido como drone e é fabricado pela EADS, um consórcio europeu da área militar. O modelo encontrado não é produzido no Brasil. Resta saber como ele veio parar na costa cearense.
O drone, conforme especialistas, simula a trajetória de um míssil, que é atacado pelos navios de combate. “Ele seria o alvo”, cita Bruno Menezes, especialista em Sistemas de Segurança Avançada da Smiths Security Division. O fato chamou a atenção também do jornalista americano Jackson Flores, que mora no Rio de Janeiro e é correspondente, na América do Sul, da revista inglesa Flight International: “Estou perplexo. É surpreendente que ele (o equipamento) tenha chegado até aqui”.
De acordo com Jackson, a aeronave é comandada por controle remoto e, depois de cumprir sua função no ar, normalmente cai de pára-quedas no mar. Fica flutuando por um tempo programado até ser resgatada por algum navio. No Brasil, o artefato já é fabricado, mas somente o modelo movido a hélice. O equipamento encontrado em Icapuí é a jato e tem três pequenos motores. O tipo de drone varia, mas o valor do modelo achado, o Do-DT 25, é entre US$ 30 mil e 50 mil, estima Jackson Flores.
Bruno Menezes tranqüiliza quem acha que o objeto pode ser perigoso: “Ele não carrega nenhuma forma de explosivo. Tem combustível, mas, depois que acaba, o drone pára de voar e cai”.
Fonte: Daniela Nogueira (O Povo Online) - Fotos: Marcelo Barreto Brasil / Divulgação (EADS)
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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Artefato encontrado no Ceará pode ser alvo aéreo militar
Especialistas apontam indícios do que seja o equipamento encontrado - um armamento militar que não é fabricado no Brasil
O equipamento encontrado em Icapuí se assemelha ao modelo Do-DT 25, um drone militar que não é fabricado no Brasil. O drone simula a trajetória de um míssil, que é atacado pelos navios de combate
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