Segundo a Anac, a TAM teve que cumprir todas as determinações e testes, assim como o de interferência eletromagnética e modo de falhas no sistema para obter o certificado. Os testes foram feitos na Europa e aprovados pela Easa, autoridade europeia análoga à Anac. A partir deles, a Airbus entrou com um pedido de validação da certificação.
As aeronaves aprovadas na Europa foram testadas por meio de uma proposta de ensaio definida pela Easa. A Anac avaliou os testes realizados e propôs outros de forma a complementar e atender particularidades especificas dos aviões que irão operar no Brasil.
A Anac informou ainda que não há outros pedidos de certificação para liberar sistemas parecidos como este. No Brasil, por lei, não é liberado o uso do aparelho celular a bordo em aeronaves não preparadas para tal. Os aparelhos só podem ser usados com o avião em solo e com as portas abertas.
Funcionamento
Segundo Carlos Eduardo Pellegrino, diretor da Anac, para fazer a ligação, não será necessário que o passageiro coloque o aparelho celular no modo voo. O procedimento, de acordo com o diretor, é o mesmo do solo. A única determinação é que o passageiro só poderá usar o telefone quando a aeronave estiver acima de 3 mil m do solo. "Por questões de segurança, abaixo disso, o sistema estará desligado e o passageiro nem conseguirá fazer ligações", disse.
No caso da TAM, a tecnologia foi desenvolvida por uma empresa também europeia, com o acompanhamento da Airbus. O diretor explicou que serão instaladas microcélulas celulares que farão o papel de uma antena de telefone para que elas se conectem, via satélite ou VHS, dependendo da área de cobertura, com os aparelhos. Para a internet, o funcionamento é o mesmo.
A qualidade do sinal e o número de pessoas que conseguirão fazer ligações ao mesmo tempo, de acordo com Pellegrino, será de responsabilidade da companhia áerea. Todo o sistema está sendo desenvolvido em parceria com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Fonte: Terra