Nem sempre é possível fazer só um voo para chegar até o destino desejado, então o jeito é fazer uma conexão e aí começam as vantagens e desvantagens. Será que essa opção vale mesmo a pena?
Se você tiver a opção de comprar um voo direto, não pense duas vezes. Essa é quase sempre a melhor escolha. Mas se você decidir fazer conexões pelo motivo que for, preste atenção nestas dicas que vão te ajudar bastante na hora de viajar.
Os voos com conexões costumam ser mais longos mas a vantagem é que podem ser mais baratos. Geralmente, quanto mais escalas você fizer, menor vai ser o preço do bilhete.
Conexão e escala não são a mesma coisa
Uma escala serve para abastecer a aeronave e também para o embarque e desembarque de passageiros. Um exemplo de uma escala: se você comprar um voo para Nova York com escala em Santiago, quando chegar ao Chile você não vai descer do avião se o seu destino final for os Estados Unidos.
Agora se o seu voo for com conexão, você vai precisar trocar de avião em Santiago e reembarcar em outra aeronave depois. Nesse caso você será um passageiro em trânsito.
Preciso de visto?
Se a conexão que você vai fazer for em um país e o destino final for outro, cheque antes se vai precisar de visto. Nem que seja só para ficar no aeroporto.
Os Estados Unidos, por exemplo, exigem um visto específico, mesmo que o passageiro só faça uma conexão por lá. Aliás, com esse visto de trânsito, o viajante não pode sair do aeroporto americano. Esse documento só permite fazer uma escala breve no país.
Vá com tempo
Se o voo de conexão for dentro do mesmo aeroporto, ponto positivo. Mas fique de olho se o terminal que você chega é o mesmo do próximo voo que terá que pegar.
Alguns aeroportos são enormes e bem movimentados, como o Charles de Gaulle, de Paris, o de Dubai ou o de Atlanta. Se a conexão for no mesmo aeroporto, pesquise com tempo de onde sai o próximo voo e o terminal certo, assim você já sabe para onde vai ter que correr.
Mesma cidade, aeroportos diferentes
É bem comum que uma cidade grande tenha mais de um aeroporto, como é o caso de São Paulo (que tem dois) ou Istambul (que chega a ter três).
Uma vez aconteceu comigo de comprar uma passagem com conexão e quase não perceber que chegava em um aeroporto e o próximo voo saía de outro aeroporto.
Comprei um bilhete de Curitiba a Buenos Aires, com conexão em São Paulo. O problema é que só percebi um dia antes, na hora de fazer o check-in, que o meu voo chegava em Congonhas e o próximo partia de Guarulhos. Em cima da hora consegui me organizar e pesquisar como ir de um aeroporto ao outro. Por sorte deu tudo certo, mas foi uma correria e a experiência um pouco estressante.
Quanto mais tempo, melhor
Agora que você já sabe que precisa de tempo para pegar um voo com conexão, sempre deixe um espaço de algumas horas entre um e outro. Isso vai ter ajudar caso o primeiro voo atrase ou algum imprevisto aconteça.
Para um voo nacional, o mínimo recomendado é um intervalo de pelo menos uma hora. Mas se a conexão for para um voo internacional, a opção mais segura é deixar uma margem de três a quatro horas entre os voos, principalmente se você tiver que trocar de terminal ou de aeroporto.
Check-in e cuidado redobrado com a mala
Algumas bagagens costumam não chegar ao destino certo, principalmente em voos que têm conexão. Moral da história: quanto menos conexões você fizer, menor vai ser a chance de a companhia aérea perder a sua preciosa bagagem.
Para tentar diminuir as chances de que isso aconteça, pergunte no check-in se a bagagem vai ser despachada até o destino final ou se você precisa buscar a mala na esteira e despachar novamente em alguma conexão. Também vale conferir a etiqueta da mala e checar se as siglas do aeroporto são realmente às do destino para onde você está indo.
Check-in na conexão
Quando o atendente do check-in inicial da viagem confirmar a vocês que as malas vão direto ao destino final, é simples: basta descer do avião e seguir para o próximo embarque.
Já nos casos nos quais é preciso novo check-in na conexão, você precisa retirar a bagagem na esteira e ir para o balcão da companhia aérea. Ali, repete-se todo o procedimento realizado no primeiro voo. Vale retirar da mala o adesivo do primeiro despacho para não haver qualquer confusão no próximo trecho.
Dois pesos duas medidas
Muito importante verificar antes de comprar o bilhete qual é o limite de peso das bagagens de mão e as despachadas entre as companhias aéreas quando fizer uma conexão. Por exemplo, algumas empresas podem limitar o peso da mala de mão a 5 quilos enquanto outras permitem levar até 10 quilos.
Seus direitos
Fique ligado nesta dica preciosa! Se alguma coisa der errado e você perder alguma conexão por culpa da companhia aérea, você tem direito a uma compensação. Segundo as regras da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil):
- Se o atraso for a partir de 1 hora, o passageiro tem direito a comunicação (internet, telefone, etc) para avisar outra pessoa.
- A partir de 2 horas, a companhia aérea deve oferecer alimentação (voucher, refeição, lanche).
- Se o voo atrasar a partir de 4 horas, a empresa tem que oferecer hospedagem (se o passageiro tiver que passar uma noite), assim como o transporte de ida e volta ao hotel ou ao domicílio do viajante.
Compre os bilhetes juntos
Agora que você já virou um expert no assunto, vamos para a última dica. Quando fizer um voo de conexão, vale a pena comprar as passagens com a mesma companhia aérea ou pelo mesmo provedor, tudo com um só localizador.
Imagina que você comprou um trecho Brasília-Guarulhos e outro Guarulhos-Panamá. Se algum imprevisto acontecer, independente de quem for a culpa, e você perder o segundo voo, você vai ter que arcar com os custos de uma nova passagem. Mas se a compra tiver sido feita com um só localizador, e a culpa do atraso for da companhia aérea, quem se responsabiliza é a empresa. Nesse caso, eles serão obrigados a te colocar gratuitamente no próximo voo disponível.
Via Nossa Viagem/UOL - Foto: Getty Images/iStockphoto
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