terça-feira, 4 de junho de 2013

Anac vai cobrar tarifa de até R$ 7 por passageiro para voo com conexão

Reguladora diz não acreditar em impacto significativo no preço das passagens porque somadas, tarifas representam 3% no custo da empresa.


A Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, vai cobrar das empresas aéreas mais uma tarifa para os voos com conexão. O problema é que esse custo a mais acaba sempre sobrando para o bolso do passageiro.

Diretamente o consumidor paga taxa de embarque, mas existem outras, e são muitas taxas e tarifas, pagas pelas companhias aéreas. Uma nova será cobrada nos voos em conexão. Tudo isso tem um preço final do preço da passagem.

Embarcar, desembarcar, esperar e depois entrar em outro avião. Quem costuma pegar voos com conexão sabe o quanto é cansativo.

“O melhor é que não tenha conexão. Se precisa haver uma conexão é pela necessidade da companhia aérea”, declara Ariane Guerreiro, psicóloga.

A partir de agora, os aeroportos administrados pela Infraero vão receber por cada voo de conexão. O valor varia de acordo com o aeroporto, mas poderá chegar a R$ 7 por passageiro. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, a nova tarifa terá que ser paga pela empresa.

“É claro que não. Isso daí com certeza a companhia vai repassar para o consumidor e nós, mais uma vez, vamos pagar”, diz Ilan Teles, funcionária pública.

O consumidor paga a tarifa de embarque, que é de R$ 21 no voo doméstico e de R$ 37 mais US$ 18 no internacional. Mas ainda tem tarifa de pouso, de pátio de manobras, e a de permanência, que dependem do peso do avião, além das taxas de navegação aérea, que as empresas pagam.

Em nota, a Anac diz não acreditar em impacto significativo no preço das passagens porque somadas todas as tarifas representam, no máximo, 3% no custo das empresas.

O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias já informou que vai recorrer à justiça para poder separar o valor da taxa de conexão do preço da passagem aérea, assim como é feito hoje com a taxa de embarque. 

Para este economista, o impacto pode até ser pequeno, mas a empresa deve, sim, repassar o custo.

“Em ultima analise é sempre o usuário, o consumidor final é quem vai pagar esse custo, como aliás é da natureza não só das tarifas, mas dos tributos indiretos”, declara o economista Roberto Pisciteli.

Nos aeroportos de Brasília, Guarulhos e Viracopos, que já foram concedidos à iniciativa privada, a tarifa é um pouco mais alta porque foi estabelecida nos contratos de concessão. A nova tarifa de conexão deve entrar em vigor em 45 dias.

Clique AQUI para assistir a reportagem.

Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) - Imagem: Reprodução da TV

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