terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

'Foi agonizante não poder fazer nada', diz testemunha de queda de avião

Aeronave caiu na noite de domingo (3), na zona rural em Cândido Mota, SP.

Cinco pessoas morreram, entre elas, o sobrinho-neto de Antônio Ermírio.


Duas testemunhas contaram o que viram momentos antes de o avião bimotor que levava José Eduardo Ermírio de Moraes, sobrinho-neto do empresário Antônio Ermírio de Moraes, cair na noite de domingo (3), em uma plantação de soja em Cândido Mota, SP. Além de José Eduardo, de 30 anos, outras quatro pessoas também morreram na queda.

O enfermeiro Heraldo José Ferreira informou que foi a primeira pessoa a chegar ao local do acidente. “Estava na minha chácara quando vi no céu o avião perder altitude. Começou a sair fumaça de um lado da asa. Depois rodopiou e escutei o barulho com o contato com o solo. Foi uma queda brusca e não uma tentativa de aterrissagem. Imediatamente fiz o contato com a polícia e a ambulância da cidade”, contou o enfermeiro.

Ainda de acordo com Heraldo, chovia forte no momento do acidente. “Como chovia muito na hora, peguei o carro e consegui chegar a cerca de 50 metros do avião. Foi difícil porque havia muita lama. Fui a primeira pessoa a ver os corpos na aeronave. No meio da fuselagem detectei que as pessoas já estavam mortas”. 

Técnicos vistoriaram o local do acidente

Entre as vítimas também estavam a noiva de José Eduardo, Letícia Romagnoli Piveta Assunção, de 25 anos, da mãe dela, Elizete Aparecida Romagnoli Assunção, de 44 anos, do piloto Luiz Henrique Marcondes Rodrigues Filho, de 54 anos, e da esposa e copilota, Luciana Aguiar da Costa e Souza, de 35 anos.

O enfermeiro ainda disse que a cena foi impressionante. “Foi muito agonizante querer fazer alguma coisa e não conseguir. Depois a dificuldade do acesso e chegar e ver as pessoas todas mortas. É muito triste”. 

Outra testemunha que escutou o barulho da queda do bimotor King Air C-90 executivo foi o aposentado Maurício Barizon. “Estava cortando capim para os animais quando vi o avião virando de um lado para outro. Ele passou por cima da gente derramando querosene. Depois tentamos ir de carro até o local, mas o veículo patinou. Fomos a pé e quando chegamos vimos todos mortos. Foi uma cena horrível”.

Técnicos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) vistoriam o avião durante toda a tarde. Ainda não foi informada a data da retirada dos destroços da plantação.

O corpos de Letícia e Elizete estão sendo velados na Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Maringá, localizada na região central da cidade. O enterrro será nesta terça-feira (5), às 10h, no Cemitério Municipal. Já José Eduardo está sendo velado em Itapecerica da Serra, na região metropolitana de São Paulo. A família fez uma cerimônia de cremação, restrita para amigos e parentes. E os corpos do piloto Luiz Henrique e da copilota Luciana também foram encaminhados para a capital paulista.

FAB esteve no local na tarde desta segunda-feira (4)


Fonte: G1 Bauru e Marília - Fotos: Reprodução/TV TEM

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