sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Juiz muda ordem dos depoimentos sobre acidente da Gol

Boeing e jato se chocaram no ar, em 2006, e 154 pessoas morreram.

Após alteração da lei, magistrado deve ouvir testemunhas antes dos réus.


O juiz federal Murilo Mendes determinou, nesta sexta-feira (19), que vai dar continuidade ao processo do acidente com o avião da Gol mesmo antes de ouvir os réus, os pilotos Jan Paul Paladino e Joseph Lepore. Eles estavam no jato Legacy que colidiu contra o boeing da Gol. O acidente causou a morte de 154 pessoas em setembro de 2006.

A decisão é baseada em uma alteração do Código de Processo Penal, que foi concluída em agosto. Entre as mudanças, segundo o juiz, “está aquela que confere ao réu o direito de ser ouvido por último, depois de ouvidas as testemunhas de acusação e aquelas eventualmente indicadas pela defesa.”

Ainda de acordo com juiz, antes, pela lei, o interrogatório do réu deveria ser feito antes das testemunhas de acusação e defesa. Com isso, o juiz havia solicitado a realização de interrogatório dos réus nos Estados Unidos. O pedido continua sendo válido e está em tramitação.

Porém, para não perder tempo, o juiz decidiu que vai dar andamento ao processo, ouvindo as testemunhas que estão no Brasil.

Acidente

No dia 29 de setembro de 2006, um Boeing da Gol, que fazia o vôo 1907, de Manaus para Brasília, se chocou em pleno ar com um jato Legacy que seguia de São Paulo rumo aos Estados Unidos.

O Boeing caiu em uma região de mata fechada no Norte de Mato Grosso. O acidente deixou 154 mortos - incluindo passageiros e tripulantes da aeronave. O Legacy conseguiu pousar em uma base aérea no Sul do Pará. Os sete ocupantes do jato sobreviveram.

Foi o segundo maior desastre aéreo do país em número de vítimas. Em julho do ano passado, mais um acidente chocou o Brasil. Durante pouso no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, um avião da TAM não conseguiu frear e bateu no prédio da TAM Express, causando a morte de 199 pessoas.

Fonte: G1

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