A falta de condições do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes (JDO/SBJU), em Juazeiro do Norte, no Estado do Ceará, para pouso de aviões de grande porte, tem impedido o aumento no número de vôos na região. Recentemente, a empresa de linha aéreas TAM fez uma pesquisa para avaliar as condições de implementação de vôos, mas a falta de estrutura da pista impediu a consolidação.
A empresa classificou a pista como “acanhada” para pousos e decolagens. O aeroporto teve, nos últimos dois anos, um crescimento significativo, em termos proporcionais, quando comparado aos demais aeroportos brasileiros.
Os ajustes que ainda faltam faz com que vôos de carga não sejam conquistados, incluindo determinado número de passageiros, condições de abastecimento favoráveis e a quantidade de bagagens e cargas no vôo. Atualmente, segundo o superintendente regional da Infraero, em Juazeiro do Norte, Edson Fernandes, todas as aeronaves atuam com restrições.
O aumento no suporte e resistência de pista torna-se indispensável para dar segurança de pouso aos aviões de grande porte. Questões burocráticas também tem sido empecilho para realizações de trabalhos e homologação de mais 150 metros de pista pavimentada. São 1.950 metros de pista, com a parte construída, sem reconhecimento da Aeronáutica. Está fora do padrão para atender aeronaves de grande porte.
Algumas reformas importantes foram feitas no local nos últimos cinco anos, por meio de convênio com o governo do Estado. A Infraero aguarda nesse momento a transferência da área patrimonial por parte do governo para iniciar novas reformas, incluindo melhoria de pista e terminal, hoje com capacidade para 60 passageiros, aumentando para 200 pessoas. Será localizado onde atualmente está a praça, de frente ao atual terminal. “São trâmites legais que estão emperrados, apenas burocracia. Aguardamos aceno do governo”, ressalta Edson Fernandes.
Segundo ele, R$ 30 milhões serão investidos na reforma da pista e na construção do terminal de passageiros do aeroporto. O trabalho está previsto para ser concluído em um ano e meio. As reformas e construção serão bancadas pela Infraero, que investe com R$ 20 milhões. A outra parte será obtida pela bancada federal, no total de R$ 10 milhões. “Nós precisamos ter autonomia para iniciar a obra, e isso só depende de ajustes no convênio”, explica. Com essa adequação, será licitado o projeto executivo do terminal e da pista do aeroporto.
Quanto ao reconhecimento da pista atual pela Aeronáutica, faltam apenas alguns ajustes no projeto. Os parâmetros usados são os antigos. A homologação só poderá ser feita após ajustes no projeto da pista atual. Mesmo com a aprovação, continuará nos padrões antigos. Atualmente, operam no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes as empresas de aviação civil Gol, com uma linha diária; a Oceanair, com duas; e a TAM, com vôos cancelados. Não se sabe ainda se irá retornar. Mesmo com as restrições, a Gol pretende, a partir do dia 24 de março, data de aniversário do Padre Cícero, incluir mais um vôo, às 16 horas, com destinos para Belo Horizonte (MG), São Paulo, Recife, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Ano passado, passaram pelo aeroporto 152 mil passageiros. Em 2006, foram 110 mil. Edson Fernandes destaca o crescimento de 38% nos dois últimos anos. A perspectiva com novos vôos é que esse número chegue a cerca de 200 mil embarques e desembarques.
Fonte: Elizângela Santos (Diário do Nordeste)
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