Entre sexta-feira e domingo, de um total de 113 atendimentos realizado pelo Juizado Especial do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, os conciliadores conseguiram fechar apenas oito acordos. Segundo a coordenadora do juizado, Rafaela Cysne, a principal razão para o baixo número de casos resolvidos extrajudicialmente é a resistência das companhias aéreas.
"As empresas não têm feito muitos acordos. Elas não têm oferecido propostas condizentes com o que os passageiros desejam", disse.
As principais reclamações, segundo Rafaela, são sobre atrasos e cancelamentos de vôos. E, em menor número, por casos de overbooking (venda de passagens além da capacidade da aeronave) e extravio de bagagens.
Para Rafaela, as companhias aéreas ainda não perceberam as vantagens de, em alguns casos, chegarem a um acordo com o cliente insatisfeito, evitando que este recorra à Justiça. "Nessa primeira etapa, a companhia pode fazer uma proposta ao passageiro. Se o usuário a aceitar, ele não poderá mais ajuizar outra ação judicial pelo mesmo motivo. Colocamos uma pedra sobre o assunto. Isso é bom para a empresa porque, além de ter mais um cliente satisfeito, é um eventual processo e uma eventual condenação a menos", explicou.
Os juizados especiais dos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, em São Paulo, do Galeão e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, além do de Brasília, foram instalados no início de outubro. A previsão inicial é de que eles funcionem até o próximo dia 31 de janeiro.
Rafaela disse que existe uma possibilidade de que este prazo seja estendido. "Ainda não temos uma resposta concreta a esse respeito", afirmou.
Fonte: Agência Brasil
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