Uma situação interessante foi registrada durante o voo G3-1182 da Gol Linhas Aéreas, nesta sexta-feira (18), quando o Boeing 737-8EH de matrícula PR-GTM arremeteu duas vezes, durante o mesmo voo. Segundo dados da plataforma de rastreamento de voos FlightRadar24, a aeronave decolou às 8h52 de Guarulhos e deveria fazer um voo programado até Cascavel, no interior do Paraná, mas acabou em Foz do Iguaçu.
Primeiro em Cascavel
A decolagem e o voo de cruzeiro teriam ocorrido normalmente, mas ao se aproximar do aeroporto cascavelense, os pilotos da Gol decidiram por arremeter. O motivo para tal escolha, segundo apurou o site Catve junto à empresa, foi um problema com os flapes da aeronave.
Após a arremetida em Cascavel, os pilotos se afastaram e chegaram a fazer uma órbita ao sul da cidade, talvez na expectativa de ainda tentar um novo pouso. Isso, entretanto, não aconteceu, e o voo prosseguiu para Foz do Iguaçu.
Como os flapes são dispositivos que auxiliam na sustentação da aeronave em momentos mais críticos do voo (decolagem e pouso), sua disfunção nesse caso poderia obrigar o Boeing a pousar com uma velocidade maior e, portanto, ter de usar uma extensão maior da pista.
(Imagem: FlightRadar24) |
Depois, em Foz
Após desistirem de pousar na pista 1.615 metros de Cascavel, os pilotos se aproximaram à de Foz, que foi recém-reformada e conta com 2.858 metros. A primeira tentativa foi pelo lado 14, mas o vento estava em transição, apontando que o lado 32 seria o mais adequado (aviões geralmente pousam contra a direção do vento).
Com isso, uma nova arremetida foi realizada, seguida de uma nova aproximação, desta vez para o lado oposto. O pouso aconteceu normalmente, mas a aeronave segue parada no solo de Foz do Iguaçu desde então.
Segundo a empresa aérea, havia 118 passageiros a bordo, que foram atendidos. Não ficou claro, no entanto, se as pessoas seguirão a Cascavel, que era seu destino, por via rodoviária ou se outro avião os levará. Não há voos regulares ligando as duas cidades de maneira direta.
Arremetida
Arremetidas são normais. É uma manobra executada por uma aeronave durante a aproximação para pouso quando não obtiver condições visuais na altura crítica da descida; ou quando, por motivo de segurança, desejar ou for ordenada nova aproximação.
Via Carlos Ferreira (Aeroin)
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