terça-feira, 21 de julho de 2015

Companhias aéreas da Ásia não comunicam erros graves dos pilotos


A Ásia registrou 31 acidentes aéreos fatais em cinco anos, a Europa 12 e a América 6. Medo de punições duras pode levar ao silêncio. No ano passado, um Boeing 777 indiano caiu quase um quilômetro, enquanto o piloto dormia e o copiloto procurava informações no tablet. Lançado o alerta da perda de altitude, o controle do avião foi recuperado, a tempo de evitar um acidente. Mas nenhum dos dois responsáveis fez qualquer relatório sobre o incidente, que só viria a ser descoberto após uma denúncia anônima.

Este não é um caso isolado. No mercado de aviação asiática, um dos que mais crescem em todo o mundo, muitos incidentes graves não serão reportados, o que faz que aumentem as preocupações quanto à segurança dos voos.

O The Wall Street Journal entrevistou pilotos, controladores aéreos e outros especialistas da aviação e analisou dados de voos para concluir que situações como aquela que descrevemos são comuns no mercado asiático, mas não fazem parte dos relatórios de segurança.

E se não houver dados fidedignos dos incidentes graves, não é possível aprender com os erros e avaliar, de forma correta, os riscos. Pequenos incidentes, diz o WSJ, são pistas-chave para grandes acidentes.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal) - Foto: Reuters

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