Menina foi deixada por funcionário em portão errado no domingo (19).
Casal tinha pagado R$ 100 para que criança fosse acompanhada.
Cartão de embarque da menina deixada neste
domingo (19)
Foto: Carolina Petter/Arquivo Pessoal
A menina de sete anos que perdeu um voo no aeroporto de Guarulhos no domingo (19), após um funcionário terceirizado da companhia aérea TAM deixá-la no portão de embarque errado, finalmente chegou a João Pessoa. O avô veio da Paraíba especialmente para acompanhá-la, e o voo deixou a capital paulista às 23h20 de segunda-feira (20). A menina chegou à João Pessoa por volta das 3h desta terça (21).
A TAM admitiu que houve uma falha no processo de embarque, mas nega que a passageira tenha ficado desassistida, como relata a família (veja abaixo a nota da TAM).
Carolina Petter, mãe da garota, contou ao G1 que desta vez e após a falha no embarque ser relatada em diversos veículos de comunicação, recebeu um tratamento diferente por parte da empresa.
"Fomos recebidos por alguns diretores e gerentes, que se desculparam e me entregaram uma carta da presidente. A companhia nos acompanhou o tempo todo. Enfim, procedimentos corretos para quem cometeu um erro. Estão no papel deles", disse.
Segundo a mãe, a companhia se ofereceu para pagar a passagem do pai dela, mas a família negou, porque a passagem já havia sido comprada. O voo que levou a garota para o Nordeste aconteceu 35 horas após o horário do voo original. A família afirma que uma funcionária da TAM propôs um outro voo no próprio domingo com o escala no Rio de Janeiro, opção rechaçada pelos pais.
Sozinha
Segundo Carolina Petter, ela e o pai da garota, Felipe Caselli, pagaram R$ 100 à TAM no domingo pela manhã, logo após o check-in no aeroporto de Cumbica, para que a filha deles fosse acompanhada.
Um funcionário da TAM, que também faria o auxílio de uma senhora e uma pessoa com deficiência, passou a acompanhar a criança perto das 11h20, segundo o casal. O voo estava marcado para às 11h55. Carolina contou que ficou nervosa ao ver o funcionário questionar a criança se ela iria para Salvador. A mãe respondeu que era para João Pessoa e decidiu permanecer no aeroporto para se certificar de que a filha tinha embarcado.
Já no horário do voo, uma atendente relatou aos pais ter visto no sistema que a criança já estava dentro do avião. A mãe resolveu, no entanto, mandar uma mensagem por celular para se certificar de que estava tudo certo com a filha, mas achava que não receberia resposta porque a criança já estaria dentro da aeronave. A menina respondeu: "estou esperando o moço voltar".
Depois, ao perceber que havia perdido o voo e estava sozinha, a menina começou a chorar na sala de embarque. Por telefone, o pai precisou instruí-la a pedir informações para chegar ao check-in da TAM.
"Fazia um mês que eu estava falando que iria dar tudo certo para minha filha: que um atendente iria cuidar dela, que ela não precisava ter medo. No final nada deu certo", disse a mãe, Carolina Petter. Segundo ela, a família estuda entrar com uma ação contra a empresa aérea.
Veja abaixo a nota da TAM:
A TAM esclarece que em relação ao tema da menor desacompanhada, com voo programado para o domingo 19/7 (JJ 3356 – Guarulhos/São Paulo – João Pessoa), houve uma falha no processo de embarque da menor, ocasionando a perda do voo.
No entanto, a companhia reforça que a menor não deixou de ser assistida por um funcionário da TAM.
A TAM esteve em contato com a família para manifestar sua solidariedade e prestar a assistência necessária.
Fonte: Márcio Pinho (G1 São Paulo)
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