Roscosmos monitora a Progress M-27M e descarta acoplagem na ISS.
Nave não-tripulada transportava 2,5 toneladas de suprimentos.
A agência espacial russa, a Roscosmos, divulgou na tarde desta quarta (29) que monitora a nave-cargueiro Progress M-27M, que apresentou problemas horas depois de decolar rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), e informou que o foguete deve reentrar a atmosfera da Terra entre 5 e 7 de maio.
Em comunicado publicado em seu site, a Roscosmos descartou qualquer chance de reaproximação do foguete com suprimentos com a plataforma onde estão os astronautas.
Segundo disse à agência AFP um funcionário envolvido na operação da nave que não quis se identificar, "a queda acontecerá em condições incontroláveis".
O texto da Roscosmos diz que o voo desde o Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, até o espaço, ocorreu normalmente. Porém, 1,5 segundo antes da separação da nave do veículo lançador, houve perda de dados do sistema de telemetria (responsável por enviar informações para a Terra).
Nave russa Progress M-27M que seguiria para a
Estação Espacial
apresentou problemas - Foto: AFP
"Quando os dados foram recuperados, o tempo para a separação já havia passado", explica a Roscosmos. Ainda de acordo com a agência, houve tentativas para que ocorresse a ancoragem segura da nave não-tripulada na Estação Espacial, mas o plano foi descartado por apresentar riscos.
"Estamos atualmente monitorando os sistemas e os especialistas da Roscosmos deverão nos informar prontamente a evolução do caso", diz o texto.
No vídeo acima, publicado no canal do YouTube da agência espacial americana (Nasa), é possível ver imagens feitas por uma das câmeras da Progress que mostram o foguete girando em grande velocidade sobre seu próprio eixo, algo que impossibilita qualquer tentativa de manobra de aproximação e acoplamento à Estação Espacial.
Sem risco de colisão com a Estação Espacial
O documento cita ainda que a Progress M-27M não oferece risco de colisão com a ISS e poderá entrar em contato com a atmosfera da Terra entre 5 e 7 de maio.
Um relatório será elaborado até 13 de maio e nele estará a conclusão sobre o que provocou a falha em um dos processos do lançamento.
Com 2,5 toneladas de suprimentos, a nave deveria chegar à plataforma internacional seis horas depois de sua decolagem. Ela carrega combustível, oxigênio, alimentos, equipamentos científicos para os astronautas. Após a perda, cujo custo é estimado em até US$ 90 milhões, o próximo cargueiro em direção à ISS sairá da Terra no 3º trimestre deste ano.
De qualquer forma, os astronautas têm provisões suficientes para continuar com sua vida no espaço, apesar do incidente com a Progress.
Fonte: G1
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