Conhecida como a guardiã do pré-sal, a entrega do avião parte do contrato de modernização da frota de patrulha da FAB.
Interior da aeronave P-3AM, a última adquirida pela Força Aérea Brasileira
Foto: Divulgação/Sgt Batista/Agência Força Aérea
A unidade aérea da Força Aérea Brasileira (FAB) dedicada à patrulha e ao esclarecimento marítimos, o Esquadrão Orungan, sediado em Salvador (BA), recebeu neste sábado (26) o nono e último avião P-3AM. É o fim do ciclo iniciado com a chegada da primeira aeronave, em 2011.
Com uma autonomia para voos de até 16 horas, o modelo é utilizado para vigilância e proteção de áreas marítimas e dos recursos naturais, como as áreas das reservas de petróleo das camadas do pré-sal. Além disso, a frota apoia as atividades de busca e salvamento no Atlântico Sul sob responsabilidade do Brasil.
Adquiridas dos EUA, as aeronaves passaram por um processo de modernização na fábrica da Airbus Military, em Sevilha, na Espanha. Os sistemas foram atualizados e integrados em um sistema tático de missão, operado por uma tripulação de até doze militares.
Dez tripulantes realizaram o traslado desde a Espanha 1º/7º GAVCada P-3AM leva equipamentos como radar, detector de anomalias magnéticas, visor infravermelho e antenas para recepção de sinais de radar. Além disso, é possível lançar sonobóias, um tipo de bóia que atua como sonar e transmite para a aeronave informações que podem ajudar a localizar submarinos submersos.
Em quase três anos de implantação, o Esquadrão realizou treinamentos de guerra antissubmarina, busca e resgate, reconhecimento aéreo e patrulha marítima em território brasileiro. Também ocorreram exercícios conjuntos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e diversos países como Estados Unidos, França, Portugal, Inglaterra, Canadá, Alemanha, Cabo Verde, Argentina e Chile.
No exercício Joint Warrior, realizado em 2013 na Escócia, a FAB foi convidada a voar ao lado das aeronaves da Otan e surpreendeu nos resultados. Em um treinamento onde o desafio era acompanhar um submarino sem perder o contato pelo maior tempo possível, os brasileiros quase equipararam a marca dos norte-americanos. Eles monitoraram o submarino por duas horas e cinco minutos, e os militares do Esquadrão Orungan alcançaram duas horas e um minuto.
De 2011 até hoje, o Esquadrão também formou novos tripulantes entre militares vindos de várias unidades da FAB.
Assista abaixo reportagem sobre uma missão realizada por uma aeronave P-3AM durante a Operação Atlântico:
Fonte: Força Aérea Brasileira via www.brasil.gov.br
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