A vista privilegiada do piloto de avião, que enxerga toda a paisagem à frente do veículo, pode virar coisa do passado. A fabricante europeia de aeronaves Airbus teve aprovada no final de junho deste ano uma patente que muda radicalmente a cabine em que fica o condutor — e as razões são várias para que essa troca aconteça em um futuro distante.
Para começar, a patente aposta no fim das janelas. O motivo é economizar ao dispensar os caros e pesados vidros de proteção, que ainda comprometem a aerodinâmica do veículos, pois mudam o formato do nariz do avião.
Como substitutos, o piloto teria painéis eletrônicos com projeções para controlar mais do que apenas o que está em sua frente, além de um sistema 3D de hologramas para deixá-lo em uma imersão completa do ambiente, incluindo nuvens e possíveis obstáculos em terra.
Como última medida, seria possível trocar a posição do deck de voo, passando para a cauda do avião (o que ainda garante algumas janelas pequenas) ou para um local não usado do compartimento de carga, na parte inferior do veículo.
Mas nem adianta ficar animado com a possibilidade: a alteração ainda é apenas uma patente e não há indícios de que a Airbus fará tal mudança nos próximos anos. Pequenas mudanças no sistema de aeronaves podem levar décadas até serem propostas, aprovadas, testadas e implementadas em voos comerciais.
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