O piloto brasileiro Roy Rogers e o passageiro boliviano Edgar Belen, ajudante dele, que foram flagrados transportando 580 quilos de cocaína, após queda da aeronave em que estavam, na Serra do Amolar (foto acima), em Corumbá, há 2 anos e cinco meses, foram condenados, respectivamente, a 11 e a 7 anos de prisão. Eles também terão de pagar multa em dinheiro.
A sentença, na Justiça Federal, atendeu aos pedidos feitos na ação penal proposta pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul.
Segundo o órgão, “o fato de Roy Rogers estar com sua licença para pilotar vencida há mais de um ano deixa evidente que o piloto utilizava a aeronave para fins ilícitos (tráfico internacional de drogas)”.
Além do tráfico de drogas, o brasileiro foi denunciado pelo crime de falsidade ideológica. Ele utilizou nome de outros pilotos e operadores de vôo para conseguir autorização perante a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A pena foi fixada da seguinte maneira: o piloto, dono da aeronave e responsável pela carga, foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão. RoyRogers terá de pagar R$ 38.364,48 mil pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica. Egnar Belen Inturias, foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão e a pagar multa de R$ 13.620 mil.
Acidente
No dia 5 de março de 2011, o avião pilotado por Roy Rogers partiu da Bolívia em direção ao Brasil. Além do piloto, a bordo da aeronave, carregada com 580 quilos de cocaína, estava um passageiro boliviano, Egnar Belen Inturias, ajudante dele, que havia sido contratado no país vizinho. A droga estava dividida em volumes individuais, de 1 quilo cada.
Na tentativa de não ser detectado pelos radares do Decea (Departamento de Controle de Tráfico Aéreo), o piloto sobrevoava o território brasileiro em baixa altitude. Por esse motivo, acabou batendo na copa de algumas árvores, vindo a colidir com o solo.
Depoimentos
Apesar das provas visíveis, os condenados apresentaram outras versões para os fatos. Roy Rogers contou que havia sido sequestrado. “A aeronave caiu, eu senti o impacto. Estava amarrado, sentado no assoalho, foi tudo muito rápido. Eu olhei e não vi ninguém, só estava eu dentro do avião”, disse ele às autoridades.
Edgar Belen, ao contrário do comparsa, confessou, de imediato, foi contratado na Bolívia para acompanhar o piloto no transporte do entorpecente. Disse, ainda, que receberia 1 mil dólares pelo trabalho. Mas, perante o juiz, o ajudante contou uma segunda versão, afirmando que não conhecia RoyRogers e que ele teria sido pego à força na Bolívia, torturado e trazido ao Brasil contra sua vontade.
Fonte: Elverson Cardozo (campograndenews.com.br) - Fotos: Reprodução
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