O avião levava um piloto a bordo, bem como um time de engenheiros
para monitorar tudo o que acontecia
Os veículos aéreos não tripulados (VANTs) já são largamente usados em vigilância e observação ambiental.
Contudo, havia muitos questionamentos se seria possível fazer um avião de passageiros voar sem piloto.
O primeiro passo para isso foi demonstrado pela Astraea, um consórcio britânico formado por várias empresas do setor aeroespacial.
O avião de 19 lugares percorreu o trecho de 800 quilômetros entre Warton e Inverness, na Escócia, em Abril, mas só agora os detalhes do teste foram divulgados.
O voo experimental foi permitido depois que as autoridades responsáveis pela aviação civil analisaram os algoritmos usados para controlar o avião e concordaram que ele atendia às normas de voo aceitas pelos pilotos humanos - a agência britânica de aviação faz parte do consórcio.
O avião levava um piloto a bordo, bem como um time de engenheiros para monitorar tudo o que acontecia. O piloto fez a decolagem e, quando a aeronave atingiu a altitude e velocidade de cruzeiro, ele passou o comando para uma central de controle em terra. O piloto a bordo voltou à ativa no momento da aterrissagem.
Um dos principais objetivos era testar o software anti-colisão, que deve garantir que o avião mantenha distância das outras aeronaves e sempre saberá se desviar de outros objetos voadores, previstos ou não.
Para evitar maiores contratempos, objetos virtuais eram introduzidos no computador de voo, que conseguiu evitar todos.
Sempre que o avião mudava de rota ou altitude, a manobra era imediatamente comunicada ao controle de tráfego aéreo. O sistema também atendeu aos comandos do controle de voo para mudar sua posição.
Piloto robótico ou piloto remoto?
Ainda há muitas questões éticas e de segurança a serem avaliadas antes que os aviões robóticos sejam autorizados a levar passageiros - incluindo um acordo internacional sobre o que deverá ser ou não permitido.
Por isso, os responsáveis pelo consórcio afirmam estar tentando fazer tudo dentro das normas atuais, fazendo com que o piloto-robô se adapte às regulamentações atuais, e não o contrário.
Outra proposta é que haja sempre um piloto em terra responsável pelo avião, o que levanta a questão de quantos aviões cada piloto poderia controlar, já que não haveria sentido em deixar em terra um piloto para cada aeronave.
Mas o grande desafio ainda está no momento da decolagem e do pouso.
O consórcio anunciou outro voo de teste para Novembro, quando será avaliado um "mecanismo crucial" do sistema anti-colisão, sobre o qual não foram dados maiores detalhes.
Fonte: Site Inovação Tecnológica - Imagens: ASTRAEA / FT
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