quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Empresa do grupo Noar pede licença para operar táxi aéreo

Instituição não faz parte da Noar Linhas Aéreas, responsável pelo acidente em PE

A companhia Noar pediu autorização para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para colocar no mercado seus serviços de táxi aéreo. De acordo com a empresa, a entidade não tem ligação com a empresa Noar Linhas Aéreas, que foi responsável pelo acidente que matou 16 pessoas em Recife (PE) em julho.


A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Anac. Segundo a agência, o grupo Noar – que ao todo tem três empresas – precisa entregar, até o próximo dia 26, uma documentação para receber a notificação operacional, já que a jurídica já foi expedida pelo órgão estatal.

Ainda segundo dados da Anac, a empresa tem de comprovar quem tem capacidade operacional apresentando dados como o número de funcionários, de aeronaves, além de laudos exigidos pela legislação.

De acordo com a companhia aérea, a Noar Service Taxi Aéreo é a mais antiga do grupo e foi adquirida de uma outra empresa, que já operava há mais de dez anos. Mesmo agregada desde 2008, a empresa nunca teve licença para funcionar.

Em nota, a Anac afirma que as investigações ainda estão sendo feitas pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) e continuam em caráter de sigilo.

Acidente

O bimotor modelo L-410 saiu do aeroporto da capital pernambucana e seguiria para Mossoró, no Rio Grande do Norte, com escala em Natal. Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), ele decolou por volta das 6h51 do dia 13 de julho e informou à torre de comando que o avião estava com problemas. A aeronave caiu cerca de quatro minutos depois da decolagem e provocou um incêndio.

O perito da Polícia Civil responsável pelo laudo do local do acidente, Gilmario Lima, afirmou que a aeronave não tentou fazer um pouso no terreno baldio. O especialista disse acreditar que houve uma perda de controle do avião em pleno voo.

Por causa do acidente, o governo de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), decretou luto oficial de três dias em memória das vítimas.

Ele designou o secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, para atuar em parceria com a Polícia Federal e a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) na investigação do caso. A empresa Noar Linhas Aéreas responsável pela aeronave que caiu tinha apenas um ano de funcionamento.


Fonte: R7

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