quinta-feira, 15 de julho de 2010

Empresas aéreas vão precisar de US$ 3,6 trilhões em aviões, diz Boeing

A indústria de empresas aéreas do mundo está em uma recuperação econômica robusta e vai precisar de US$ 3,6 trilhões em novas aeronaves nos próximos 20 anos, avisou a Boeing em seu documento sobre perspectivas de longo prazo.

Ao todo, as aéreas vão necessitar de 30,9 mil jatos até 2029, com mais de dois terços da demanda por pequenas aeronaves como o Boeing 737 e o Airbus A320.

As empresas aéreas viram uma mudança de direção no tráfego de passageiros e cargas neste ano e devem voltar à lucratividade em 2011, comentaram representantes da Boeing.

"Para o tráfego de passageiros, em 2010, esperamos ver uma melhoria de 5% a 6% em relação ao ano passado; em termos de carga, deve haver uma melhoria ao redor de 14% ou mais", comentou Randy Tinseth, vice-presidente para marketing da Boeing Commercial Airplanes.

Na avaliação dele, as empresas aéreas conseguiram administrar bem a situação durante a desaceleração da economia ao manter os custos baixos.

"Começamos a ver mais aéreas voltando à lucratividade, voltando ao lucro antes do esperado", sustentou Tinseth.

Este é um dos motivos pelo qual a Boeing está aumentando a taxa de produção em 2012, acrescentou. Boeing está ampliando a taxa do 737 para 35 aviões, acima dos 31,5 atuais, e vai elevar a produção de 777 e 747 antes do previsto.

Tinseth comenta que o financiamento para novo avião está melhorando e que os altos preços do combustível fizeram com que as empresas aéreas aposentassem aviões mais velhos e considerassem outros, novos e mais eficientes.

O executivo disse que as viagens aéreas no mundo cresceram quase 5% ao ano desde 1977 e a Boeing espera que isso continue.

A empresa é mais conservadora do que a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês), que, no mês passado, apontou que o lucro da indústria global pode alcançar US$ 2,5 bilhões este ano. Três meses antes, a previsão do grupo era de prejuízo de US$ 2,8 bilhões. A indústria perdeu US$ 9,4 bilhões em 2009.

Fonte: Associated Press via Yahoo! Notícias

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