quarta-feira, 17 de junho de 2009

Aeroporto Regional do Planalto Serrano (SC) deve ter administação privada

Com orçamento de R$ 15,9 milhões, obras em Correia Pinto estão paralisadas há quase dois anos

Terraplanagem do terreno, construção da pista, do pátio de manobras e estacionamento dos aviões custaram mais que o previsto

Assim que estiver pronto para entrar em operação, o que não ocorrerá este ano, o Aeroporto Regional do Planalto Serrano, em Correia Pinto, Santa Catarina, deverá ser administrado pela iniciativa privada. As negociações estão bem adiantadas, e alguns grupos já se mostram interessados em assumir o empreendimento.

Iniciadas em 2002, as obras do aeroporto já sofreram várias interrupções e, atualmente, estão paralisadas há quase dois anos. Orçadas inicialmente em R$ 15,9 milhões, já consumiram R$ 10 milhões a mais dos governos estadual e federal, entre a terraplanagem do terreno, construção da pista, do pátio de manobras e estacionamento dos aviões, faltando ainda outros R$ 15 milhões para serem concluídas.

Destes, R$ 5,7 milhões estão no orçamento do Estado para a construção dos terminais de cargas e passageiros, torre de controle, seção de combate a incêndios e instalações hidráulicas e elétricas.

O edital de licitação para os trabalhos foi assinado pelo governador Luiz Henrique da Silveira durante a 21ª Festa Nacional do Pinhão, em Lages, com a empresa vencedora sendo conhecida em até dois meses. Os outros R$ 10 milhões serão investidos posteriormente na construção do acesso e na aquisição dos equipamentos necessários para proteção aos voos, possibilitando o início das operações em 2010.

Com tudo isso feito e comprado, a ideia é repassar a administração do aeroporto à iniciativa privada, nos moldes das concessões das rodovias federais, em que num prazo a ser estipulado, de 25 ou 30 anos, a empresa devolverá o patrimônio e as benfeitorias ao poder público.

O prefeito de Correia Pinto, Vânio Forster, e o presidente da Associação Empresarial de Lages (Acil), Roberto Amaral, lembram que já existem alguns grupos interessados na proposta, dentre os quais, um do Rio de Janeiro, que já opera aeroportos no país e no exterior; um da Argentina e um catarinense, sediado em Lages e que seria, neste momento, o mais próximo de fechar o acordo.

Apesar de a empresa preferir se manter no anonimato por enquanto, o prefeito de Correia Pinto e o presidente da Acil garantem que a possibilidade deste grupo assumir o aeroporto é grande, tanto que já teria até se comprometido em expandir a pista dos atuais 1,8 mil metros de comprimento por 30 de largura para 2,4 mil metros de comprimento e 45 de largura.

Assim, o aeroporto estaria adequado para sua prioridade, que é receber aviões de carga. Localizado às margens da BR-116 e a poucos quilômetros das BRs 282 e 470, além de estar bem próximo da rede ferroviária, contará com zona alfandegária e poderá ser um dos principais pontos de distribuição de cargas de Santa Catarina.

Quanto aos voos domésticos, poderá receber aeronaves com capacidade para até 300 pessoas, com escalas de linhas nacionais e passageiros das regiões de Lages, Caçador, Joaçaba, Rio do Sul e Vacaria (RS).

Fonte: Jornal de Santa Catarina - Foto: Alvarélio Kurossu

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