terça-feira, 24 de março de 2009

Fortes ventos podem ter causado acidente aéreo no Japão

Aeronave carregava líquido inflamável e se tornou bola de fogo.

Piloto e copiloto, únicos a bordo, morreram.



Autoridades japonesas suspeitam que a queda de um avião de carga, no domingo (22), durante a aterrissagem no aeroporto de Narita, tenha sido provocada pelo vento forte.

A TV japonesa fazia imagens da pista para a previsão do tempo, quando o MD-11 tentou aterrissar. Ele bateu duas vezes no solo, virou para a esquerda e se transformou numa bola de fogo. Os bombeiros levaram duas horas para apagar as chamas.

Segundo autoridades japonesas, o avião de uma companhia de carga americana transportava um líquido inflamável. O piloto e o copiloto, os dois americanos, eram os únicos a bordo. Ainda foram levados para o hospital, mas não resistiram.

O avião saiu de Guangzhou no sul da China. Durante o voo, a torre de controle em Tóquio teria transmitido um alerta do serviço de meteorologia do Japão sobre rajadas de vento na hora do pouso.

Uma outra imagem foi feita pela câmera de segurança do aeroporto. Na hora, as rajadas chegavam a 72 km/h. Os peritos ainda vão investigar se a causa foi mesmo o vento.

Um caso semelhante envolvendo um MD-11 aconteceu durante uma tempestade em 1999 em Hong Kong. Na época, a China Airlines culpou o vento, mas o inquérito acabou responsabilizando o piloto.

O acidente provocou um caos aéreo no Japão. Voos que estavam prontos para partir foram cancelados. Aviões que iriam pousar no aeroporto foram desviados para Nagoya, a mais de 200 km de Tóquio. Milhares de passageiros ficaram nos terminais sem saber quando iriam embarcar.

Uma família que estava se mudando de volta para o Brasil disse que não tinha nem mais casa para ficar no Japão.

As empresas aéreas anunciaram que iriam providenciar hotel para os passageiros que não puderam embarcar. Outros cinco aeroportos tiveram que ser usados para receber os aviões impossibilitados de pousar em Narita. Os fortes ventos provocaram a interrupção de linhas de trem e metrô, prejudicando mais de trezentas mil pessoas.

Fonte: G1, com informações do Jornal Nacional

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