Uma empresa chinesa está desenvolvendo um avião supersônico que pode fazer voos internacionais em, no máximo, 3 horas.
A Lingkong Tianxing Technology, empresa aeroespacial chinesa com sede em Pequim, anunciou na última segunda-feira (21), o desenvolvimento de um demonstrador tecnológico supersônico.
A informação foi publicada pelo jornal estatal China Daily. Batizada de Cuantianhou (macaco voador), a aeronave terá sete metros de comprimento, pesará 1,5 tonelada e utilizará um design aerodinâmico para reduzir o arrasto do ar e melhorar a eficiência do voo. Segundo Deng Fan, engenheiro-chefe da empresa, o protótipo será equipado com um motor de detonação ramrotor, denominado Jindou-400S.
Este sistema de propulsão combina tecnologias de motor de detonação rotativa, compressor de rotor e ramjet, pesando 100 kg e capaz de gerar um empuxo de 4.000 newtons. "Usar este motor permitirá que o Cuantianhou voe a uma velocidade máxima de Mach 4,2, ou cerca de 5.000 km/h, o que significa que a aeronave será quase cinco vezes mais rápida que um jato convencional", disse Deng.
O Cuantianhou será lançado por um foguete transportador até uma altitude de cerca de 20 km, de onde continuará o voo de forma autônoma. A maior parte do trajeto ocorrerá no "quase-espaço", região entre vinte e cem quilômetros acima do nível do mar. O engenheiro disse que os passageiros estarão protegidos contra efeitos de aceleração durante o voo.
Caso os testes planejados para 2026 sejam bem-sucedidos, a Lingkong Tianxing planeja lançar o protótipo de uma aeronave comercial supersônica chamada Dasheng (Rei Macaco) até 2030. Segundo Deng, a aeronave poderá realizar viagens intercontinentais em apenas duas ou três horas, comparadas às dez horas ou mais atualmente necessárias.
O projeto se junta a esforços de empresas nos Estados Unidos e Europa, que também buscam desenvolver aeronaves supersônicas para atender à demanda por viagens rápidas entre continentes, como o Overture, da Boom Supersonic. No passado, o Concorde, avião supersônico lançado em 1969, foi pioneiro no setor, mas enfrentou limitações operacionais devido a ruídos, custos elevados e impacto ambiental.
Via Marcel Cardoso (Aero Magazine)
Nenhum comentário:
Postar um comentário