Uma equipe iniciou na manhã de segunda-feira os trabalhos de retirada do helicóptero que caiu nas águas da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. Os homens que estão em um barco inflável chegaram cedo ao local, mas só começaram a rebocar a aeronave em direção à margem, perto do Clube Piraquê, por volta do meio-dia.
A aeronave caiu na altura do Baixo Bebê, próximo da descida do Túnel Rebouças, na tarde de sábado. Na hora do acidente, uma regata acontecia na Lagoa. As cinco pessoas que estavam a bordo - o piloto, e integrantes de uma mesma família - foram resgatadas sem gravidade.
A família é da cidade de São Caetano do Sul, no ABC Paulista, e veio para o Rio para um casamento. Pai, mãe, filho e nora decolaram do Aeroporto de Jacarepaguá para um sobrevoo panorâmico na cidade. Os quatro receberam atendimento e foram encaminhados ao Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, onde passaram por exames de imagem.
Na manhã desta segunda-feira, o biólogo Mário Moscatelli voltou a reafirmar o temor de que pudesse ocorrer um dano ambiental na Lagoa. Sobre esse risco, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que os protocolos, que são responsabilidade da empresa, foram adotados.
— Minha preocupação é com um possível vazamento de combustível — disse o biólogo, acrescentando que pelas informações obtidas por ele o helicóptero estaria com 250 litros de combustível e mais cinco litros de óelo.
Segundo o Instituto, foram fornecidas todas as orientações necessárias à empresa responsável pela aeronave, cuja ação de retirada está sendo acompanhada por equipes do Inea. "A empresa foi notificada no domingo a adotar as medidas imediatamente (para evitar dano ambiental). A empresa fica sujeita as penalidades prevista na legislação estadual, e tem a obrigação de prevenir danos ambientais, e caso ocorram, de reparar os danos.", diz a nota do Inea.
O helicóptero PS-UPS pertence a Aero Recreio Escola de Aviação Civil e é operada pela Ultra Pilots Taxi Aéreo. Trata-se de um modelo Robinson para quatro passageiros, além do piloto, fabricado em 2020. A licença dele é válida até outubro de 2023 e está em situação regular, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Procurada, a empresa não se manifestou.
De acordo com a 15ª DP (Gávea), as investigações estão em andamento para esclarecer as circunstâncias do acidente. O piloto foi ouvido na delegacia e as vítimas devem prestar depoimento assim que forem liberadas do atendimento médico.
Via Extra - Foto: Agência O Globo
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