Crescimento foi de 3,4% em comparação com 2020.
Frota de aviação agrícola aumentou no ano passado (Foto: Sérgio Ranalli/Editora Globo) |
A aviação agrícola brasileira cresceu 3,4% em 2021 na comparação com o ano anterior, com a colocação de 80 novos aparelhos em operação. O número mantém o Brasil como segunda maior força aérea agrícola, com 2.432 aeronaves, sendo 2.409 aviões e 23 helicópteros, atrás apenas dos Estados Unidos, que têm mais de 3.600. O Estado do Mato Grosso segue liderando, agora com 600 aviões agrícolas (24,67% do total), seguido por Rio Grande do Sul (419), São Paulo (322) e Goiás (295).
Os dados foram divulgados na sexta-feira (18/2) pelo consultor Eduardo Cordeiro de Araújo, ex-diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), no último dia da 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, em Capão do Leão, no Rio Grande do Sul. Araújo é credenciado no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A maioria das aeronaves, segundo o relatório, é das sete gerações do modelo Ipanema, da Embraer, com 55,47% do mercado brasileiro. Trata-se de um avião de motor a pistão, fabricado desde os anos 70 e que desde 2014 sai de fábrica movido a etanol. A participação dos turboélices de fabricação norte-americana, maiores e mais potentes, cresceu 344% nos últimos dez anos. Em 2011, esses modelos tinham 3,99% do mercado e em 2021 subiram para 22,45%.
Sobre os combustíveis utilizados pela aviação agrícola no Brasil, 996 aviões e helicópteros (40,96%) são movidos a gasolina de aviação, 590 aeronaves (24,27%) utilizam querosene de aviação e 846 aviões (ou 34,77%) usam etanol.
No próximo ano, o Sindag espera incluir nas estatísticas os drones de pulverização, cujo uso na agricultura foi regulamentado em outubro do ano passado por portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
No evento em Capão Leão, também foi assinado um protocolo de intenções entre o Instituto Brasileiro da Aviação Agrícola (Ibravag) e a Embrapa Clima Temperado, com sede em Pelotas, para realização de cursos voltados para agrônomos, técnicos agrícolas e pilotos que atuam nas operações aéreas.
Via Globo Rural
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