domingo, 18 de julho de 2021

Mulher entra lista de possíveis terroristas dos Estados Unidos após trocar fralda da filha em avião

Uma mulher de Seattle afirma que foi colocada na lista de possíveis terroristas dos Estados Unidos porque tentou jogar fora uma fralda suja da filha durante um voo da Mesa Airlines.


No dia 9 de julho, a dra. Farah Naz Khan estava viajando com o marido e a filha de um ano de Kalispell, Montana a Houston, Texas. Durante o voo, precisou trocar a fralda da filha.

Em uma entrevista ao 'Today', Khan, que é médica e professora adjunta da Universidade de Washington, disse que levou a filha até o lugar adequado para a troca de fraldas, na parte de trás do avião. Em seguida, colocou a fralda suja em uma sacola plástica com perfume e jogou no lixo do banheiro. Quando estava voltando ao assento, foi "abordada" por um comissário de bordo.

"Estava voltando ao meu assento, com a caixa de lenços umedecidos na mão e o apoio que usamos para trocar as fraldas da minha filha. De repente, o comissário de bordo veio falar comigo: 'Você jogou uma fralda suja lá atrás? É lixo biológico'", conta Khan.

De acordo com Khan, antes de ouvir qualquer explicação, o comissário começou a fazer um escândalo, gritando e revirando o lixo em busca da fralda.

Ela diz que se sentiu "humilhada" e "menosprezada". Após a aterrissagem, ela fez uma reclamação formal no atendimento ao cliente e, mais tarde, recebeu uma ligação da empresa. Quando atendeu, reconheceu a voz do comissário de bordo.

"Era a voz dele, dizendo que, devido ao incidente com o material biológico durante o voo, eu tinha sido colocada em uma lista de possíveis terroristas e não poderia mais viajar de avião. Fiquei muito irritada, foi mais uma humilhação... Além de tudo o que eu já tinha passado, agora ainda seria proibida de viajar de avião? Mesmo que a fralda fosse considerada patogênica, eu acabei saindo do avião com ela na mão e tive que jogar fora no aeroporto", relembra Khan.

Ela disse que embrulhou a fralda suja em uma sacola perfumada antes de descartá-la, como
havia feito em outros voos no passado. Na foto está o que Khan carrega com ela nos voos
Um porta-voz da Mesa Airlines declarou que "a história contada pela cliente não corresponde aos altos padrões de atendimento dos comissários de bordo e que a empresa está analisando o caso".

Khan disse que o tom da ligação foi ficando cada vez mais desagradável depois de ser informada que estava na lista de possíveis terroristas.

Segundo ela, o comissário começou a reclamar, usando palavras grosseiras: "Vocês enchem todos os lugares com essas crianças insuportáveis. Não sabem que as pessoas só querem viajar tranquilas, sem ter que aguentar bebês chorando e gritando?", teria dito o rapaz.

Khan, americana de origem asiática e muçulmana, se sentiu discriminada pelo comissário durante a ligação, que durou três minutos, e disse ao 'Today' que a filha estava com ela enquanto falava com a companhia aérea. Segundo Khan, o comissário teria dito: "Dá para ouvir a voz da chata da sua filha".

Khan, que voltou a Houston na segunda-feira, diz que não acredita que realmente tenha sido colocada na lista de possíveis terroristas. Ela entrou em contato com a United Airlines, parceira da Mesa Airlines, mas não conseguiu informações sobre o comissário de bordo, como ele teve acesso ao número de celular dela e se tinha recebido alguma medida disciplinar.

"Esse rapaz é um perigo para a sociedade. Se foi capaz de me ligar e fazer esse escândalo todo por causa de uma fralda, de que mais ele seria capaz?"

Nenhum comentário: