segunda-feira, 20 de março de 2023

Ao Tribunal, Boeing diz que vítimas do 737 MAX “não sofreram na queda do avião”

Local da queda do Boeing 737 Max da Ethiopian Airlines; acidente aéreo deixou 157 mortos (Tiksa Negeri/Reuters)
Os advogados da Boeing batalham ainda na justiça para que a empresa não precise pagar indenizações adicionais no caso dos acidentes com o 737 MAX. No último andamento de um dos processos, movido por famílias das vítimas do segundo acidente, com o MAX da Ethiopian Airlines, a Boeing alegou que não precisaria pagar compensação.

Os advogados da empresa alegaram em um documento do tribunal, segundo o Wall Street Journal, que “a queda foi repentina e não teve tempo para que o cérebro das vítimas processasse os sinais de dor, angústia e sofrimento emitidos pelo sistema nervoso”.


A alegação estava acompanhada de um laudo de um especialista, mas foi questionada por várias famílias e, inclusive, um piloto de 737 que foi colocado como testemunha e afirmou que, pela altitude que a aeronave estava até o chão, teria tempo suficiente para que as pessoas entendessem que estavam caindo, assim como gerou um tremendo aumento da força “G”, facilmente perceptível pelo corpo humano.

O caso ainda está em julgamento na Corte de Illinois, onde a Boeing tinha sua sede e escritório principal. O acidente de 2019 da Ethiopian teve 157 vítimas fatais, todas que estavam a bordo do 737 MAX da companhia, que entrou numa descendente por um defeito de fábrica em um dos sensores.

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