Um voo da British Airways que decolou de Miami, nos EUA, com destino à Londres, na Inglaterra, passou por uma emergência, após o celular de uma passageira pegar fogo. Apesar de o incidente ter gerado um "odor forte" e um "tornado" de fumaça, a aeronave não foi comprometida e o trajeto foi concluído sem pessoas feridas.
O caso, ocorrido em 1º de outubro de 2020, veio à tona após o tabloide The Sun obter um relatório da Agência de Investigação de Acidentes Aéreos da Inglaterra (AAIB). De acordo com a Agência, o fogo teria começado cerca de 40 minutos antes do pouso.
A passageira estava dormindo em seu assento do Boeing 787-9 Dreamliner, prefixo G-ZBKF, quando acordou com um anúncio da tripulação e moveu sua poltrona para a posição vertical. No entanto, após ela reclinar o encosto, seu iPhone, que estava carregando, escorregou sem que ela percebesse e ficou entalado no assento.
Ela então se dirigiu ao banheiro e ao voltar para seu lugar notou um "odor forte". No início a passageira não relatou o cheiro para nenhum tripulante, mas o odor, que ela comparou a "enxofre", passou a ficar cada vez ainda mais forte, fazendo-a alertar um comissário.
De acordo com o relatório do incidente, antes de a tripulação chegar até o local, o celular emitiu um som agudo e "uma grande nuvem de fumaça cinza" estava sendo emitida do assento em um "movimento de tornado".
O Dreamliner, prefixo G-ZBKF, envolvido no incidente em Kuala Lampur (Foto: Tsuyoshi Tsuda) |
Os comissários de bordo logo puxaram o forro do assento e contiveram as chamas, vindas do aparelho, com "várias rajadas" de extintor de incêndio. A essa altura, todavia, o cheiro ocasionado pelo incêndio já havia impregnado o avião, chegando até a cabine de comando.
Assim que a fumaça se dissipou, a tripulação de cabine pôde ver o telefone preso embaixo do assento. No entanto, ele seguia emperrado e não podia ser movido. Então, já a cerca de 20 minutos do pouso, um tripulante da cabine permaneceu sentado ao lado do assento com um extintor de incêndio na mão, para ser usado caso o aparelho entrasse em chamas novamente.
O pouso ocorreu tranquilamente e ninguém se feriu pelo acidente com o eletrônico. Mais tarde, bombeiros embarcaram no avião e, enfim, removeram o celular da aeronave.
O documento da AAIB afirma que a Agência trabalhou 166 relatórios anteriores de dispositivos eletrônicos que ficaram presos nos assentos de aeronaves nos últimos cinco anos — com 42 deles resultando em incêndio ou fumaça nos aviões.
Via UOL / The Sun / The Aviation Herald
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