Embraer ganhou licitação para vender aviões à Força Aérea dos EUA.
Na semana passada, Força Aérea decidiu manter contrato.
Super Tucano A-29, da Embraer
A fabricante norte-americana de aeronaves Beechcraft disse nesta quinta-feira (21) que está processando a Força Aérea dos Estados Unidos para paralisar um polêmico contrato vencido pela fabricante brasileira de aeronaves Embraer e a sua parceira norte-americana, enquanto auditores federais revisam o protesto da Beechcraft contra o contrato.
A Força Aérea autorizou na semana passada que a Sierra Nevada e a Embraer continuassem trabalhando em um pedido de US$ 428 milhões por 20 aeronaves leves de ataque para o Afeganistão, descartando uma ordem de paralisação emitida após um protesto registrado pela Beechcraft junto à agência de controle de contas do governo dos EUA.
Nesta quinta-feira, a Beechcraft desafiou a decisão da Força Aérea de permitir a continuação do programa ao entrar com um processo na Corte de Reivindicações Federais dos EUA.
O processo da Beechcraft nesta quinta-feira é a mais recente ocorrência numa contínua disputa sobre encomendas afegãs por aeronaves – uma disputa que atraiu a ira do governo brasileiro e que pode complicar planos norte-americanos de deixar o Afeganistão em 2014.
A Sierra Nevada, que tem capital fechado, disse que ela e a Embraer estão avançando no Apoio Aéreo Leve (LAS, na sigla em inglês) da Força Aérea dos EUA. "Entendemos completamente a urgência dessa missão e pretendemos providenciar um produto superior dentro do cronograma", disse a Sierra Nevada em comunicado, acrescentando que o contrato vai sustentar mais de 1.400 postos de trabalho nos EUA.
A Embraer firmou na semana passada acordo de arrendamento de uma instalação em Jacksonville, Flórida, onde planeja montar os 20 A-29 Super Tucanos a serem entregues no Afeganistão.
"Continuaremos a cumprir as nossas obrigações contratuais de apoiar o programa", afirmou a Embraer em nota nesta quinta-feira.
"O A-29 Super Tucano, que foi selecionado pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) no dia 27 de fevereiro, será produzido por trabalhadores americanos em Jacksonville, no Estado da Flórida, e sustentará mais de 1.400 empregos nos Estados Unidos. Estamos orgulhosos de apoiar os EUA e as suas nações parceiras nessa importante e crítica missão", afirmou a empresa.
Na semana passada, a empresa brasileira afirmou que está pronta para iniciar a produção do avião de ataque leve Super Tucano nos Estados Unidos e demonstrou confiança na resolução dos questionamentos sobre a licitação.
"A produção já começa tão logo tenha a confirmação do programa", afirmou o vice-presidente financeiro da fabricante brasileira de jatos, José Filippo, em teleconferência com jornalistas.
A Força Aérea está se apressando para levar novas aeronaves ao Afeganistão e para treinar pilotos para conduzi-las enquanto as forças norte-americanas se preparam para deixar o país após uma década de guerra.
A Beechcraft emergiu da concordata no mês passado. A fabricante de aeronaves afirmou que a decisão da Força Aérea de dar prosseguimento ao contrato de "mal orientada".
Fonte: Reuters via G1 - Foto: Divulgação/Embraer
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