Sobre o Rio Centro, onde a conferência vai acontecer, será proibido o sobrevoo de qualquer aeronave em um raio de quatro quilômetros.
Durante a Rio+20, que começa na semana que vem, o espaço aéreo do Rio de Janeiro será virtualmente bloqueado pela Aeronáutica, que vai usar caças e helicópteros na vigilância.
Não há como reunir dezenas de chefes de estado em um só lugar sem reforçar a segurança na terra e no ar. Por isso, durante os dez dias da Rio+20, o trânsito nos céus do Rio de Janeiro será diferente.
Sobre o Rio Centro, onde a conferência vai acontecer, será proibido o sobrevoo de qualquer aeronave em um raio de quatro quilômetros. A restrição irá aumentar quando os chefes de estado estiverem reunidos. Outra área, que vai até a zona sul do Rio, também terá restrição de tráfego aéreo durante a Rio+20.
As regras servem para qualquer tipo de avião e também para o voo livre com asa delta ou parapente. Somente aeronaves autorizadas poderão voar nas regiões controladas pela Força Aérea.
Os voos comerciais não serão afetados e pilotos de aviões particulares deverão seguir as normas detalhadas sobre as restrições que já foram distribuídas para todos os aeroportos e campos de pouso da região.
A principal arma de defesa para a Rio+20 é um caça F5 da Força Aérea, equipado com um canhão 20 mm capaz de disparar 280 tiros em sete segundos e também com um míssil, que pode derrubar qualquer tipo de avião.
Com o F5, os pilotos da Força Aérea conseguem chegar ao Rio Centro em apenas seis minutos. É o tempo que um piloto leva entre o acionamento do alarme, o embarque no caça, e a chegada ao objetivo.
Além dos caças F5, a Força Aérea vai usar também os caças A29, os super-tucano, que virão de Roraima. Também vão participar da missão helicópteros AH-2 e H-60, os BlackHawK, que vão servir para o socorro e resgate de autoridades, se for necessário.
Os pilotos da Força Aérea estão recebendo treinamento diário para a missão Rio+20. “Serão deslocadas operações necessárias para se contrapor a qualquer tipo de ameaça e para poder garantir a ordem e a lei durante a operação Rio+20”, fala o tenente-coronel da Aeronáutica, Marco Antonio Fazio.
Fonte: Flávio Fachel (Jornal da Globo) - Imagem: Reprodução da TV
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