quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Nasa testa levitação magnética

No final da década de 90, a Nasa já investia na chamada MagLev - a levitação magnética. Hoje, a tecnologia volta a ser notícia enquanto a agência espacial tenta reduzir custos.

Conseguir sair da Terra com um foguete certamente não parece ser uma tarefa fácil. O que pouca gente talvez saiba, no entanto, é que um dos grandes desafios para engenheiros espaciais não é o projeto do foguete em si, mas sim o combustível.

Vencer a gravidade requer uma grande quantidade de propelente – o que implica em muitos custos e um peso elevado para ser lançado. Para se ter uma ideia, cada meio quilo colocado em órbita custa US$10 mil para ser lançado.

Para reduzir essa quantidade a apenas algumas centenas de dólares a Nasa investe em novas formas de lançamento. O Centro Espacial Marshall é um dos muitos locais de testes de novas tecnologias que poderiam dar aos foguetes um “empurrãozinho” extra em sua ascensão à órbita.

Uma das propostas seria uma nave com jatos para lançamento vertical em um trilho elétrico ou trenó movido a gás. A nave chegaria a Mach 10 usando então os jatos e as asas para chegar às camadas superiores da atmosfera; lá, um segundo estágio (similar ao dos foguetes) seria acionado para que ela entrasse em órbita.

Outra proposta é a levitação magnética (maglev), uma tecnologia que tem um conceito similar: ela poderia levitar e acelerar um veículo de lançamento ao longo de uma pista a velocidades muito altas antes de ele deixar o chão. Usando eletricidade e campos magnéticos, um sistema maglev de auxílio de lançamento colocaria a nave em um trilho horizontal até que ela alcançasse a velocidade desejada para, então, acionar os motores e se lançasse em órbita.

Um trilho desses, de cerca de 2,4 km, teria a capacidade de acelerar um veículo a mais de 900 km/h em 9,5 segundos.

Uma vez que o sistema usa eletricidade, que é uma fonte de energia fora da nave, o peso no lançamento poderia ser até 20% menor do que em um foguete comum, o que resultaria em redução significativa de custos. Cálculos da Nasa feitos no ano 2000 estimam que cada lançamento usando o sistema maglev custaria apenas US$75 de eletricidade.

Há mais de 10 anos a tecnologia já se mostrou viável. Experimentos foram validados em uma pista de seis metros e outras duas pistas maiores já foram construídas. No entanto, fica a pergunta: quantas outras décadas serão necessárias para os experimentos realmente decolarem?

Fonte: Paula Rothman (INFO Online) - Foto: NASA

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