quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Manifestantes param mais um aeroporto na Tailândia

Capital Bangcoc tem tráfego aéreo interrompido; crise política se agrava

As autoridades tailandesas fecharam um segundo aeroporto na capital, Bangcoc, nesta quinta-feira, depois que ele foi invadido por manifestantes que exigem a renúncia do primeiro-ministro do país, Somchai Wongsawat.

Os manifestantes haviam bloqueado o terminal de Don Mueang, em uma aparente tentativa de impedir que ministros embarcassem rumo a Chiang Mai, no norte da Tailândia, para se encontrarem com Somchai.

O avião do primeiro-ministro não conseguiu aterrissar na capital depois de uma visita oficial de Somchai ao Peru, porque um protesto levou à suspensão do tráfego aéreo no aeroporto internacional de Bangcoc - o principal da cidade - na quarta-feira.

A Aliança Popular pela Democracia, da oposição, já ignorou uma ordem judicial para liberação do aeroporto internacional. Os manifestantes dizem que só vão se sair do local se Somchai deixar o cargo incondicionalmente.

O primeiro-ministro diz que ainda tem um mandato a cumprir e se recusa a renunciar.

O impasse político na Tailândia não poderia ocorrer em um momento tão crítico - o auge da temporada turística, diz o correspondente da BBC em Bangcoc, Quentin Sommerville.

Centenas de vôos foram cancelados e dezenas de milhares de turistas continuam presos na cidade.

A indústria do turismo é uma grande fonte de renda para o país. Em 2005, a Tailândia recebeu 15 milhões de visitantes estrangeiros.

A Tailândia vive um impasse político desde que o primeiro-ministro Thaksin Shinawatra foi afastado do poder em um golpe militar, em 2006.

Eleições realizadas em 2007 levaram um partido formado por aliados de Thaksin ao poder, o que fez com que os protestos voltassem.

Nos últimos meses, a Aliança Popular pela Democracia passou a promover manifestações pelo país pedindo a renúncia de Somchai.

O movimento exige mais lealdade ao rei Bhumibol Adulyadej e tenta impedir a volta de Shinawatra, que é cunhado do atual primeiro-ministro.

Fonte: BBC

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