Com prejuízo de R$ 216,7 milhões no segundo trimestre deste ano, sua quarta perda trimestral consecutiva, a Gol enxergou nas periferias e favelas de grandes cidades uma oportunidade de recuperar, ao menos em parte, a rentabilidade. A companhia - que também acumula gastos com a compra da Varig que já ultrapassam R$ 1 bilhão - vai contratar, até o final deste ano, cerca de 800 pessoas com a missão de vender passagens aéreas de porta em porta.
Os bilhetes poderão ser parcelados em até 36 vezes para "passageiros de primeira viagem". Esse tipo de venda a longo prazo já responde por 2,5% da receita da empresa. A meta da Gol para o ano que vem é dobrar essa porcentagem, recorrendo ao consumo das classes C, D e E.
"Este cliente mora nas regiões de mais baixa renda. Ele nem sabe que existe um agente de viagem. Nosso propósito é fazer com que ele possa ser cativado e convencido a voar pela primeira vez, pagando parcelado. Depois disso, ele entra para o sistema", contou o vice-presidente da Marketing e Serviços da Gol, Tarcísio Gargioni, durante palestra na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, no centro do Rio.
Gargioni diz que já são 700 mil clientes ativos com esse perfil, que integram o programa Voe Fácil e são portadores de um cartão, mas sem a função de crédito. Funciona apenas como uma espécie de autorização para usufruir do programa. De acordo com o executivo, já foram vendidas mais de 1 milhão de passagens por meio desse tipo de venda.
A Gol desenvolve, desde meados de julho, em São Paulo, um projeto piloto de venda porta a porta de passagens parceladas, disse Gargioni. A companhia publicou anúncios, em jornais distribuídos em trens e ônibus da cidade, para recrutar vendedores, incentivando-os formar clientela entre parentes, amigos e vizinhos, como uma atividade extra.
Agora o programa vai se estender para Rio, Brasília e Belo Horizonte, segundo Gargioni. A Gol está desenvolvendo um meio para integrar o cartão do Voe Fácil com os agentes de viagem, já que a idéia é que esse tipo de canal possa atrair a população de baixa renda. A taxa de inadimplência entre esses consumidores, disse o executivo, é baixa, "parecida com a das Casas Bahia". A rede de varejo informou que a inadimplência de seus clientes está estabilizada em 10%.
A Gol, que anunciou recentemente a suspensão do pagamento de dividendos este ano aos acionistas, estima que 10% de todos os passageiros que já transportou (em torno de 90 milhões) desde sua origem, em janeiro de 2001, eram estreantes em viagens aéreas, ou seja, 9 milhões de pessoas. Gargioni afirma que os vendedores baterão na porta da casa dos potenciais passageiros também com o objetivo de explicar como é uma viagem de avião.
O executivo recorda-se de quando conheceu uma família que estava viajando pela primeira vez, numa fila de check-in. Gargioni lembra que era um casal com idades entre 44 e 46 anos, o marido era mecânico e a esposa era empregada doméstica, com dois filhos entre 8 e 10 anos. Segundo ele, as dúvidas do casal eram simples, como "se o avião que voa de dia é o mesmo que voa de noite; se havia água para as crianças beberem e o que fazer no caso de alguma emergência".
Fonte: Agência Estado
Os bilhetes poderão ser parcelados em até 36 vezes para "passageiros de primeira viagem". Esse tipo de venda a longo prazo já responde por 2,5% da receita da empresa. A meta da Gol para o ano que vem é dobrar essa porcentagem, recorrendo ao consumo das classes C, D e E.
"Este cliente mora nas regiões de mais baixa renda. Ele nem sabe que existe um agente de viagem. Nosso propósito é fazer com que ele possa ser cativado e convencido a voar pela primeira vez, pagando parcelado. Depois disso, ele entra para o sistema", contou o vice-presidente da Marketing e Serviços da Gol, Tarcísio Gargioni, durante palestra na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, no centro do Rio.
Gargioni diz que já são 700 mil clientes ativos com esse perfil, que integram o programa Voe Fácil e são portadores de um cartão, mas sem a função de crédito. Funciona apenas como uma espécie de autorização para usufruir do programa. De acordo com o executivo, já foram vendidas mais de 1 milhão de passagens por meio desse tipo de venda.
A Gol desenvolve, desde meados de julho, em São Paulo, um projeto piloto de venda porta a porta de passagens parceladas, disse Gargioni. A companhia publicou anúncios, em jornais distribuídos em trens e ônibus da cidade, para recrutar vendedores, incentivando-os formar clientela entre parentes, amigos e vizinhos, como uma atividade extra.
Agora o programa vai se estender para Rio, Brasília e Belo Horizonte, segundo Gargioni. A Gol está desenvolvendo um meio para integrar o cartão do Voe Fácil com os agentes de viagem, já que a idéia é que esse tipo de canal possa atrair a população de baixa renda. A taxa de inadimplência entre esses consumidores, disse o executivo, é baixa, "parecida com a das Casas Bahia". A rede de varejo informou que a inadimplência de seus clientes está estabilizada em 10%.
A Gol, que anunciou recentemente a suspensão do pagamento de dividendos este ano aos acionistas, estima que 10% de todos os passageiros que já transportou (em torno de 90 milhões) desde sua origem, em janeiro de 2001, eram estreantes em viagens aéreas, ou seja, 9 milhões de pessoas. Gargioni afirma que os vendedores baterão na porta da casa dos potenciais passageiros também com o objetivo de explicar como é uma viagem de avião.
O executivo recorda-se de quando conheceu uma família que estava viajando pela primeira vez, numa fila de check-in. Gargioni lembra que era um casal com idades entre 44 e 46 anos, o marido era mecânico e a esposa era empregada doméstica, com dois filhos entre 8 e 10 anos. Segundo ele, as dúvidas do casal eram simples, como "se o avião que voa de dia é o mesmo que voa de noite; se havia água para as crianças beberem e o que fazer no caso de alguma emergência".
Fonte: Agência Estado
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