terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Polícia quer saber quem liberou pista de Congonhas após reforma

Para investigadores, falta de informações pode atrasar inquérito policial.

Depoimentos ainda devem ser colhidos em Porto Alegre, Rio e Brasília.

As investigações do acidente do vôo 3054 da TAM pela polícia de São Paulo permanecem sem conclusão. Ainda faltam a análise de documentos – alguns ainda não fornecidos à polícia – e oitivas em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília.

A polícia quer saber quem liberou a pista do Aeroporto de Congonhas após a reforma no primeiro semestre de 2007. Para o delegado Antônio Carlos Barbosa, do 27º DP, a informação é "crucial". A polícia informou que a Infraero, em ofício, atribuiu a liberação à torre de controle de Congonhas, resposta não considerada satisfatória pelo delegado.

"Nesta semana, um policial irá até a presidência da Infraero com um ofício reiterando o pedido", disse o delegado. O responsável pela liberação pode esclarecer as condições da pista logo após a reforma. O G1 procurou a assessoria de imprensa da Infraero que informou que a estatal se manifestaria sobre o tema na quarta-feira (16).

A polícia também requisitou judicialmente relatórios da pista de Congonhas realizados antes e depois do acidente pela Aeronáutica. Segundo a perícia, documentos já obtidos não indicam que o coeficiente de atrito da pista estivesse abaixo do recomendado.

A perícia ainda quer ter acesso a um laudo elaborado pela Polícia Federal sobre a pista após o acidente. Segundo o delegado, a ausência dessas informações atrasa o laudo da perícia. Entretanto, os investigadores ponderam, entretanto, que os órgãos também têm colaborado.

Dario Scott, da associação de parentes das vítimas, criticou o atraso dos documentos. "Acho que é uma postura antiética. Os órgãos deveriam contibuir para elucidar esse caso."

Radiografia

Os investigadores também aguardam 23 minutos de gravações de conversas da cabine dos pilotos. "Já requisitamos esses dados à Aeronáutica e acredito que eles devem vir nos próximos dias", afirmou o promotor de justiça Mário Luiz Sarrubo.

O Ministério Público de São Paulo fez uma "radiografia" da TAM, focando desde a parte operacional quanto administrativa. Segundo o promotor, a partir desse trabalho é mais fácil localizar possíveis responsáveis se as causas forem concluídas.

O promotor criticou o adiamento por três vezes do depoimento à polícia de Denise Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação (Anac). "Denise Abreu está tendo um comportamento de ré. Ela não é ré, e sim testemunha", disse ele. A defesa da ex-diretora pediu o reagendamento da oitiva para Brasília, onde mora atualmente. A polícia deve tomar o depoimento na capital federal.

Fonte: G1

Um comentário:

Anônimo disse...

vale lemrbar que esse avião ao contraraio do que tam diz que e novo foi comprado usado da taca.
e isso mentir sempre pois somos idiotas