Autoridades e representantes dos familiares das vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM, em julho de 2007, se reuniram na tarde desta terça-feira em São Paulo (SP) para apreciar tudo o que foi apurado até agora pelas investigações do desastre. Pela primeira vez desde a tragédia que matou 199 pessoas foram reveladas imagens das peças do avião. Segundo os participantes da reunião, o atraso na entrega de documentos por parte dos órgãos ligados à aviação civil atrasa a conclusão das investigações.
O presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do acidente, Dario Scott, afirma que o atraso na entrega dos documentos por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero (estatal que administra os aeroportos) e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é antiética.
"Até hoje não se sabe ao certo quem liberou a pista do aeroporto de Congonhas após as obras", criticou. Ele afirma que a Anac ainda não informou aos titulares do inquérito se a norma que proibia o pouso de aviões com o reverso pinado em Congonhas estava em vigor na época do acidente, e acusa o Cenipa de ter suprimido 23 minutos da transcrição da caixa preta do vôo A320.
O delegado responsável pelo inquérito, Antônio Carlos Barbosa, confirma a supressão deste trecho das gravações, porém afirma que a maior negligência na prestação de informações por parte do Cenipa é no fornecimento das atas de reuniões de autoridades da Aeronáutica sobre as condições da pista de Congonhas. "Solicitamos em outubro os relatórios destas reuniões desde 2006, já que os problemas de Congonhas vêm desde bem antes da reforma da pista, mas nada foi entregue ainda", disse.
Segundo ele, a principal pergunta que paira sobre as investigações policiais é quem teria autorizado o uso da pista do aeroporto sem as ranhuras para aumentar o atrito da pista. "A Infraero afirma que são os controladores de vôo que liberam a pista, mas sabemos que não funciona assim.
O perito do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, Antonio Nogueira, responsável pelo laudo, afirma que ainda não há conclusão sobre a importância da pista no acidente. "Não descartamos a possibilidade de falha da tripulação", disse.
Segundo o delegado Barbosa, 37 pilotos foram ouvidos pela polícia e todos descreveram as dificuldades de pousar em Congonhas, principalmente em dia de chuva. "Eles descrevem a pista como um sabão", afirma o delegado.
A ex-diretora da Anac, Denise Abreu, adiou pela terceira vez o comparecimento à delegacia para prestar esclarecimentos. Ela agora solicita ser ouvida em Brasília.
Manete
Uma das imagens mostradas na tarde de hoje no 27° Distrito Policial foi a da manete do avião.
O presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Vítimas do acidente, Dario Scott, afirma que o atraso na entrega dos documentos por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Infraero (estatal que administra os aeroportos) e pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) é antiética.
"Até hoje não se sabe ao certo quem liberou a pista do aeroporto de Congonhas após as obras", criticou. Ele afirma que a Anac ainda não informou aos titulares do inquérito se a norma que proibia o pouso de aviões com o reverso pinado em Congonhas estava em vigor na época do acidente, e acusa o Cenipa de ter suprimido 23 minutos da transcrição da caixa preta do vôo A320.
O delegado responsável pelo inquérito, Antônio Carlos Barbosa, confirma a supressão deste trecho das gravações, porém afirma que a maior negligência na prestação de informações por parte do Cenipa é no fornecimento das atas de reuniões de autoridades da Aeronáutica sobre as condições da pista de Congonhas. "Solicitamos em outubro os relatórios destas reuniões desde 2006, já que os problemas de Congonhas vêm desde bem antes da reforma da pista, mas nada foi entregue ainda", disse.
Segundo ele, a principal pergunta que paira sobre as investigações policiais é quem teria autorizado o uso da pista do aeroporto sem as ranhuras para aumentar o atrito da pista. "A Infraero afirma que são os controladores de vôo que liberam a pista, mas sabemos que não funciona assim.
O perito do Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, Antonio Nogueira, responsável pelo laudo, afirma que ainda não há conclusão sobre a importância da pista no acidente. "Não descartamos a possibilidade de falha da tripulação", disse.
Segundo o delegado Barbosa, 37 pilotos foram ouvidos pela polícia e todos descreveram as dificuldades de pousar em Congonhas, principalmente em dia de chuva. "Eles descrevem a pista como um sabão", afirma o delegado.
A ex-diretora da Anac, Denise Abreu, adiou pela terceira vez o comparecimento à delegacia para prestar esclarecimentos. Ela agora solicita ser ouvida em Brasília.
Manete
Uma das imagens mostradas na tarde de hoje no 27° Distrito Policial foi a da manete do avião.
Um componente desta peça aparece avariado, o que pode indicar que estava com defeito e não teria transmitido o comando de freio ao computador de bordo.
"Ainda não temos certeza se a manete deixou de ser puxada pelo piloto ou se, mesmo puxada, o mecanismo não respondeu", afirmou Scott.
Antes de um ano de acidente
"Ainda não temos certeza se a manete deixou de ser puxada pelo piloto ou se, mesmo puxada, o mecanismo não respondeu", afirmou Scott.
Antes de um ano de acidente
Todas as autoridades responsáveis pela investigação manifestaram o desejo de concluir o inquérito antes do aniversário de um ano do acidente, em julho. "Não queremos que o inquérito faça aniversário junto com o acidente", afirmou o promotor de Justiça do Ministério Público, Mario Luiz Sarrubo.
Nogueira afirma que o laudo deve ser concluído até maio e Barbosa prevê que as investigações terminem um mês depois, em junho.
Fonte: Terra
Nogueira afirma que o laudo deve ser concluído até maio e Barbosa prevê que as investigações terminem um mês depois, em junho.
Fonte: Terra
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