Peritos analisam peça para saber se houve erro humano ou falha mecânica. O que restou dos manetes foram ferros retorcidos e engrenagens desalinhadas.
O Jornal Nacional mostrou pela primeira vez imagens do que sobrou dos manetes do Airbus A320 da TAM que se acidentou em Congonhas em julho passado. As imagens mostram o que restou da peça: ferro queimado e retorcido e engrenagens desalinhadas.
Em 17 de julho de 2007, a aeronave chocou-se contra um prédio da empresa ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e pegou fogo, causando a morte de 199 pessoas, que estavam a bordo e no solo. O acidente é o maior da aviação no país.
A partir do que restou desta peça, os peritos tentam descobrir se o avião caiu por erro humano ou falha mecânica. A caixa preta mostrou que um dos motores permaneceu acelerado durante o pouso. Entretanto, isso não significa que a manete ficou em aceleração, dizem os investigadores.
Eles lembram que há uma articulação mecânica de transmissão de dados entre os manetes e a caixa de aceleração e ela pode ter tido algum problema. Com isso, o motor pode ter permanecido em alta rotação e a caixa de dados registrado isso.
Causas desconhecidas
Causas desconhecidas
Quase seis meses após o acidente do vôo JJ 3054 da TAM, as investigações do Instituto de Criminalística da Polícia Civil (IC) e do Ministério Público de São Paulo permanecem sem conclusões. "Até agora muitos dados foram colhidos, mas ainda há muitas vertentes e nenhuma permite uma conclusão satisfatória”, afirmou o engenheiro mecânico Antônio Nogueira, perito do IC.
Entretanto, o perito acredita que o laudo pericial pode ser concluído em maio. Ele apresentou a parentes das vítimas informações sobre a perícia, fotografias e slides no 27º Distrito Policial, na Zona Sul. Dario Scott, presidente da associação de familiares das vítimas, se disse satisfeito com a exposição do perito e vai apresentar as informações em uma reunião com as famílias neste final de semana, em São Paulo.
O perito do IC tampouco descartou uma possível contribuição da pista do Aeroporto de Congonhas para o acidente. O delegado Antônio Carlos Barbosa, do 27º DP, disse ter ouvido 37 pilotos a respeito da pista. “Eles relatam dificuldades (na hora do pouso). Disseram que a pista parecia um sabonete”, disse.
Fonte: G1
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