domingo, 21 de março de 2010

Existirão vidas em outros universos?

Multiverso e seus universos

A pergunta "Existe vida fora da Terra?" parece estar cada vez mais próxima de ser respondida - seja algum tipo de vida orgânica em planetas extrassolares ou mesmo tipos exóticos de vida, muito além da vida que conhecemos, o fato é que a ciência já admite plenamente a possibilidade de a vida possa estar espalhada pelo Universo.

Ou, pelo menos, a ciência não tem qualquer argumento para afirmar que ela não exista.

Se a questão sobre a existência de vida fora da Terra não é mais suficiente para você, saiba que os cientistas agora discutem se há vida em outros universos - Imagem: NASA/MIT

Mas as preocupações de um grupo de físicos já estão extrapolando este que pode ser maior mistério com que a humanidade se defronta.

Para eles, não se trata mais de responder se existe vida em outras partes do nosso Universo, mas se há vidas em outros universos além do nosso.

Pense nesse multiverso hipotético como se fosse um mega-universo cheio de inúmeros universos menores, entre os quais o nosso próprio. O assunto, se parece esquisito demais, sempre chamou a atenção dos físicos teóricos.

Mais especificamente, esses pesquisadores querem saber se pode haver vida em um universo significativamente diferente do nosso, ainda que não saibamos bem o nosso lugar no nosso velho e bom Universo.

Vida em outros universos

Uma resposta definitiva à questão é de fato impossível, já que não conhecemos uma forma de estudar diretamente outros universos. Mas os cosmologistas já sentem-se à vontade para discutir teoricamente sobre a existência de uma multiplicidade de outros universos, cada um deles com suas próprias leis da física.

Robert Jaffe, Alejandro Jenkins e Itamar Kimchi, ligados à Universidade da Flórida e ao MIT, acreditam ter argumentos suficientes para demonstrar que, em teoria, outros universos, mesmo muito diferentes do nosso, podem desenvolver elementos similares ao carbono, ao hidrogênio e ao oxigênio, o que deixa aberta a possibilidade de que eles contenham formas de vida de fato muito similares à nossa.

Ainda que as massas desses elementos "extra-universais" sejam completamente diferentes, a vida pode ter encontrado seus próprios caminhos. "Você pode alterá-las significativamente sem eliminar a possibilidade de que exista química orgânica no universo," diz Jenkins.

Outras leis da física

Uma hipótese dentro da cosmologia moderna propõe que um Fluxo Escuro - que vem juntar-se à matéria escura e à energia escura - seria uma evidência de que o nosso é apenas um universo contido em um multiverso. Existem inclusive propostas para encontrar uma quarta dimensão do espaço.

Alan Guth propõe que a natureza está constantemente criando universos, cada vez com leis físicas ligeiramente diferentes, ou mesmo totalmente diferentes das que conhecemos.

Alguns desses universos, defendem os cientistas, não duram mais do que alguns instantes, colapsando sobre si mesmos e desaparecendo. Em outros, as forças entre as partículas são pequenas demais para dar origem a átomos ou moléculas.

Entretanto, em alguns desses universos, nos quais as condições sejam adequadas para que a energia inicial se expresse na forma de matéria, podem surgir átomos, moléculas, planetas e galáxias. E, onde há planetas e galáxias, há sempre a possibilidade de que os elementos adequados se juntem para formar vida, vida inteligente e civilizações.

Hipótese antrópica

O homem sempre explicou o mundo a partir de si mesmo. Por milênios, consideramo-nos o centro do Universo. Ainda hoje, mesmo alguns cientistas sentem-se desconfortáveis em falar sobre formas de vida diferentes da nossa, apoiando-se na conjectura estritamente conservadora de que elas nunca foram observadas.

Segundo os teóricos do multiverso, contudo, essa suposição de que condições ligeiramente diferentes das presentes em nosso Universo impediriam de todo a existência de qualquer tipo de vida nada mais é do que um resquício dessa mania histórica de colocar o homem no centro de tudo.

É o que eles chamam de "hipótese antrópica", que vai muito além do que se poderia imaginar, chegando mesmo a explicar as leis físicas como existindo quase que em função da existência do homem. Se as "condições corretas" não existirem - vale dizer, as condições nas quais a vida como a conhecemos consegue se manter - então não existiria vida de jeito nenhum.

Os proponentes da teoria do multiverso questionam essa postura, e propõem a existência de universos com leis físicas diferentes, mas que, ainda assim, têm totais condições de conterem suas próprias formas de vida.

Universos familiares

Contudo, como é difícil falar em formas de vida totalmente bizarras, os pesquisadores resolveram se especializar em outros universos cujas forças nuclear e eletromagnética são parecidas com as que conhecemos, de tal forma que possam emergir átomos e moléculas.

Para restringir ainda mais o estudo, eles centraram sua atenção em vidas baseadas na familiar química do carbono que nos deu origem.

Ou seja, admitimos que possam existir universos de quaisquer tipos, com quaisquer leis físicas, resultando em conformações de matéria, energia, e eventualmente vida, inimagináveis - mas escolhemos "estudar" os universos que se parecem com o nosso o suficiente para que nos sentíssemos confortáveis se fôssemos instantaneamente transportados para lá.

Alterando os quarks

"Se você não tiver uma entidade estável com a química do hidrogênio, você não terá hidrocarbonos, ou carboidratos complexos, e você acabará não tendo vida," afirma Jaffe, eventualmente circunscrevendo-se novamente à hipótese antrópica, pelo menos para "efeitos práticos da sua teoria" - ainda que tal expressão possa parecer esdrúxula demais.

"O mesmo acontece com o carbono e o oxigênio. Além desses três nós sentimos que todo o resto é detalhe," acrescenta o pesquisador.

Alan Guth propõe que a natureza está constantemente criando universos, cada vez com leis físicas ligeiramente diferentes, ou mesmo totalmente diferentes das que conhecemos - Imagem: Univ.Florida

A partir daí, eles decidiram ver o que poderia acontecer com esses elementos fundamentais quando as massas de partículas elementares, chamadas quarks, são alteradas.

Em nosso Universo, existem seis tipos de quarks, que são os blocos fundamentais dos prótons, nêutrons e elétrons. Os pesquisadores centraram sua atenção nos quarks "alto", "baixo" e "estranho", que são os mais leves e os mais comuns, que se juntam para formar os prótons e os nêutrons, além dos chamados "hiperons" - veja Cientistas transformam energia em matéria.

Em nosso Universo, o quark baixo é cerca de duas vezes mais pesado do que o quark alto, resultando em nêutrons que são cerca de 0,1 vez mais pesados do que os prótons.

Os cientistas então modelaram uma família de universos nos quais o quark baixo fosse mais leve do que o quark alto, levando a prótons que seriam ligeiramente mais pesados do que os nêutrons. Neste cenário, o hidrogênio não poderia ser estável, mas seu isótopo deutério, ou trício, que é ligeiramente mais pesado, seria.

Um isótopo de carbono conhecido como carbono-14 também seria estável, assim como uma forma específica de oxigênio. Desta forma, as reações orgânicas necessárias à vida seriam possíveis.

Os cientistas se concentraram nos quarks porque já sabemos o suficiente sobre eles para predizer o que aconteceria se suas massas fossem diferentes. Entretanto, "qualquer tentativa para lidar com o problema de forma mais ampla torna-se muito difícil," dizem eles.

Forças fundamentais

Mas seus colegas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley afirmam que universos com possibilidade de vida semelhante à nossa poderiam emergir mesmo se não apresentarem uma das quatro forças fundamentais do nosso Universo - a força nuclear fraca, que permite as reações que transformam nêutrons em prótons e vice-versa.

Esse grupo de cientistas demonstrou que o ajuste adequado das outras três forças fundamentais poderia compensar a falta da força nuclear fraca e permitir a formação de elementos estáveis.

Constante cosmológica

Mark Wise, do Caltech, afirma que estes novos estudos avançam o conhecimento ao mexer em várias constantes ao mesmo tempo. Quando se varia apenas uma constante, fatalmente os resultados mostram um universo nada hospitaleiro, o que leva à conclusão - errônea, segundo ele - de que outros universos com vida são impossíveis.

Segundo Wise, um parâmetro físico que parece ser extremamente bem ajustado é a constante cosmológica - uma medida da pressão exercida pelo espaço vazio, que faz com que o Universo se contraia ou se expanda. Quando a constante cosmológica é positiva, o espaço se expande; quando negativa, o universo colapsa sobre si mesmo.

Em nosso universo, a constante cosmológica é positiva, mas muito pequena - qualquer valor maior faria o universo expandir-se rápido demais para que as galáxias pudessem se formar. Entretanto, Wise e seus colegas demonstraram que é teoricamente possível que mudanças na densidade cosmológica primordial poderiam compensar ao menos pequenas variações no valor da própria constante cosmológica.

Possibilidades

Infelizmente, não há formas conhecidas de saber ao certo se existem outros universos além do nosso, e, se houver, se eles podem sustentar formas de vida baseadas em carbono, como a nossa.

Mas isto não é razão suficiente para fazer os físicos pararem de explorar as possibilidades. Para conhecer outros exemplos dessas explorações, veja Nosso Universo pode ser um gigantesco holograma e A Terra não está no centro do Universo, versão século XXI.

Fonte: Inovação Tecnológica (Baseado em artigo de Anne Trafton - MIT)

Recordista de queda livre quer ultrapassar a barreira do som

Normalmente, Felix Baumgartner não precisaria de muita prática na ciência da queda. Ele já saltou de dois dos edifícios mais altos do mundo, bem como do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro (um salto de 30 metros pelo qual ele bateu o recorde mundial de paraquedismo a baixa altitude). Já atravessou o Canal da Mancha em queda livre. Já saltou para o fundo de uma caverna escura de 187 metros de profundidade - o salto mais difícil de sua carreira até o momento, na opinião dele.

Felix Baumgartner em treinamento em um túnel de vento, em Perris, na Califórnia, para o salto que ele pretende fazer a partir de um balão na estratosfera

Mas agora, Felix, o Destemido, apelido pelo qual seus fãs o conhecem, tem tarefa mais árdua ainda a realizar: saltar de um balão de hélio na estratosfera, a pelo menos 36,5 mil metros de altitude. Em meio minuto, calcula, sua velocidade seria de mais de 1.100 km/h, e com isso ele se tornaria o primeiro paraquedista a ultrapassar a barreira do som. Depois de uma queda livre de cinco minutos e meio, o paraquedas se abriria para o pouso, quase 37 quilômetros abaixo.

Esse é o plano, ao menos, se bem que ninguém saiba o que a onda de choque fará ao seu corpo quando ele exceder a velocidade do som. O salto, que deve acontecer este ano, quebraria um dos mais veneráveis recordes aerospaciais. Por meio século, ninguém superou (e um homem morreu tentando) o recorde de altitude estabelecido por Joe Kittinger como parte do Projeto Excelsior, da força aérea americana.

Em 1960, Kittinger tinha 32 anos e era piloto na força aérea; ele saltou de um balão a 31,3 mil metros sobre o deserto do Novo México. Hoje com 81 anos, Kittinger é um coronel reformado e parte da equipe Red Bull Stratos, que trabalha no salto de Baumgartner, financiado pela fabricante de bebidas energéticas.

"Por 50 anos", disse Kittinger, "recebi telefonemas de pessoas do mundo inteiro que queriam quebrar meu recorde - um ou até dois ao mês. Mas nunca me envolvi porque essas pessoas não faziam ideia dos desafios. O que me atraiu ao projeto da Red Bull foi a abordagem metodológica quanto à segurança e quanto a obter avanços científicos com o projeto".

Mais de três dúzias de veteranos da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa) , da força aérea e do setor aerospacial dos Estados Unidos estão trabalhando há três anos para planejar o salto, construir o balão e uma cápsula pressurizada e adaptar um traje de astronauta para Baumgartner. Além do recorde, eles conduzem pesquisas fisiológicas e estão desenvolvendo procedimentos para que futuros astronautas sobrevivam a perdas de pressão de cabine ou a evacuações de emergência na estratosfera.

Uma das preocupações é evitar um problema que quase matou Kittinger no Projeto Excelsior. Sua queda deveria ter sido estabilizada por um pequeno paraquedas de arrasto, mas este não se abriu em um salto de teste de 1959, porque o cordão se emaranhou no pescoço do oficial.

Como resultado, o corpo de Kittinger entrou em rotação que chegou às 120 revoluções por minuto, em um salto iniciado a mais de 18 mil metros. Ele desmaiou e só recuperou a consciência quando o paraquedas de reserva se abriu automaticamente, a cerca de 1,5 mil metros do solo. Quando despertou, ele escreveu mais tarde, achava inicialmente que estava morto, mas viu o paraquedas aberto por sobre e percebeu que "parecia impossível, mas eu estava maravilhosamente vivo".

Baumgartner, 41, ex-paraquedista das forças especiais austríacas, espera não precisar de um paraquedas de arrasto, e planeja evitar rotação ajustando o ângulo de seu corpo e mantendo os braços paralelos ao tórax.

Mas para sobreviver ao quase vácuo e às temperaturas gélidas da atmosfera, ele necessitará de capacete fechado e traje de pressurização. Muitos aviões romperam a barreira do som, mas a tarefa é misteriosa para um ser humano, diz Art Thompson, diretor de projetos da Red Bull Stratos e antigo engenheiro da Northrop no programa do bombardeiro B-2. As ondas de choque de uma queda supersônica poderiam prejudicar o corpo humano, ou criar desastrosas turbulências.

"Não sabemos o que acontecerá a Feliz e ao traje quando ele ultrapassar a velocidade do som", diz Mike Todd, outro dos engenheiros do projeto, que trabalhou na divisão de pesquisa da Lockheed, em trajes pressurizados para os aviões de espionagem que operavam em altitude elevada para a força aérea norte-americano. "Felix pode descer sem problemas, mas caso metade do traje esteja supersônica e a outra não, pode haver turbulência que descontrolaria seu voo".

Riscos como esses são um dos motivos para que o recorde de Kittinger perdure há meio século. Funcionários da Nasa e da força aérea, compreensivelmente, relutam em explicar a comitês legislativos os potenciais percalços de projetos como esse.

Mas os aventureiros privados têm mais liberdade para correr riscos. O diretor médico da equipe de Baumgartner, Dr. Jonathan Clark, ex-diretor de saúde das tripulações de ônibus espaciais da Nasa, diz que o espírito em que esse projeto está sendo realizado o leva a recordar os primeiros dias da corrida espacial.

"É uma tarefa realmente arriscada, colocar alguém lá em um ambiente extremo, para romper a barreira do som", disse Clark. "Será uma grande façanha técnica. É como o começo da Nasa, aquele sentimento estimulante de que não sabemos o que teremos de enfrentar, mas faremos todo o possível para superar qualquer obstáculo".

Assista ao salto de Felix Baumgartner no Rio de Janeiro:




Fonte: The New York Times - Tradução: Amy Traduções via Terra - Foto: Garth Milan (The New York Times)

Cias. aéreas brasileiras poderão ter até 49% de capital estrangeiro

As companhias aéreas brasileiras poderão ter até 49% de capital estrangeiro. Na mesma proposta enviada ao Congresso, em que permite a ampliação de 20% para 49% dessa participação de capital estrangeiro nas empresas aéreas, o governo também muda o regime de funcionamento dos serviços aéreos, que deixam de ser uma concessão de serviço público e passam a ser prestados mediante simples autorização do governo. A proposta do Ministério da Defesa sacramenta juridicamente a liberação dos preços das passagens aéreas, que já ocorre na prática, pois exime o governo da responsabilidade na garantia do equilíbrio econômico e financeiro das empresas.

Há uma exceção em que o capital estrangeiro pode ser superior a 49%: em caso de acordo bilateral de reciprocidade. O artigo 180G do novo texto do Código Brasileiro de Aeronáutica, diz que “observada a reciprocidade, os acordos sobre serviços aéreos celebrados pelo Brasil poderão prever limite de capital social votante em poder de brasileiros inferior ao mínimo estabelecido no inciso II do art. 180-F (51%), sendo válido apenas entre as partes contratantes”. Se o Brasil decidir fazer um acordo especial com um país, isso só valerá para esse caso específico.

Fôlego

Para o Ministério da Defesa, com a ampliação de 20% para 49% de capital estrangeiro as empresas aéreas ganharão fôlego financeiro e facilidade administrativa. Na exposição de motivos, Jobim disse que a injeção de investimentos vai ajudar a atender a “demanda por serviços de transporte aéreo, que tem crescido significativamente, na ordem de 14% ao ano nos últimos cinco anos”.

Regionais

Com a liberdade para abrir e fechar novas empresas - sem precisar passar pelas regras de concessão pública -, o governo quer estimular também o aumento de empresas dispostas a fazer voos regionais, elevando, assim o número de cidades atendidas por linhas aéreas.

O projeto não prevê prazos para as autorizações de funcionamento das companhias aéreas. Não haverá interrupção em nenhum tipo de contrato.

As mudanças de regime de concessão para autorização deverão ocorrer automaticamente no encerramento dos atuais contratos. As novas empresas já serão sob a regra da simples autorização, muito menos burocratizada. A cassação da autorização poderá ocorrer a qualquer momento, se a empresa descumprir as regras de funcionamento do setor exigidas que vão desde princípio de eficiência, regularidade, pontualidade, até responsabilidade e segurança das operações, segundo as normas do setor de aviação.

Os cancelamentos frequentes de voos ou atendimento deficiente podem ser motivo de punição à empresa.

Casa Civil

O texto estava pronto para ser encaminhado ao Congresso desde outubro de 2009, mas inúmeras discussões foram travadas entre a Casa Civil e a Defesa. Existem outros projetos que permitem a ampliação do capital estrangeiro em tramitação no Congresso. Um deles, já foi aprovado no Senado e está na Câmara. De acordo com a Defesa, o novo texto é mais amplo e adequa à nova situação do transporte aéreo o capítulo do Código Brasileiro de Aeronáutica que trata de serviços aéreos.

Na exposição de motivos encaminhada ao Congresso, o Ministério da Defesa defende a alteração do texto alegando que é preciso “estabelecer novo paradigma ao modelo que os serviços aéreos são organizados e prestados, de modo a garantir a segurança jurídica necessária para estímulo e desenvolvimento da aviação nacional e adequar o setor à realidade mundial”.

Fonte: Tribuna do Norte

Treinamento da Aeronáutica assusta moradores de Aracruz (ES)

Não houve queda de aeronave em Aracruz, no Espírito Santo. Segundo o 5º Batalhão do município, na tarde deste sábado (20), pilotos das forças armadas realizaram um treinamento na região e, entre 16h30 e 17h30, deram voos rasantes, o que gerou apreensão a moradores das proximidades.

Um morador afirmou ter visto um helicóptero cair em uma plantação de eucalipto, mas quatro viaturas foram até o local e nada encontraram. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) chegou a requisitar o apoio do helicóptero da PM, em Vitória, mas as buscas foram suspensas depois que a Infraero informou que apenas uma aeronave, da PM, havia passado pela região, fazendo rasantes, o que chamou a atenção dos moradores.

Fonte: Gazeta Online - Mapa: Wikipédia

sábado, 20 de março de 2010

Foto do Dia

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O Fokker F-16AM Fighting Falcon, matrícula J-016, da Força Aérea da Holanda, em voo sobre a Bélgica, em 03 de julho de 2009, em manobra conjunta com a Força Aérea da Bélgica.

Foto: Eric Coeckelberghs - PhotoCrew (Airliners.net)

Suposta aeronave teria caído em Aracruz (ES)

A notícia de que uma aeronave teria caído na região de Santa Cruz, em Aracruz (ES), Norte do Estado, movimentou viaturas da Polícia Militar, que fizeram buscas durante a noite deste sábado (20).

Um morador afirmou ter visto um helicóptero cair em uma plantação de eucalipto, mas quatro viaturas foram até o local e nada encontraram. A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) chegou a requisitar o apoio do helicóptero da PM, em Vitória, mas as buscas foram suspensas depois que a Infraero informou que apenas uma aeronave, da PM, havia passado pela região, fazendo rasantes, o que chamou a atenção dos moradores.

Fonte: Daniella Zanotti (Gazeta Online) - Mapa: Wikipédia

Aeroportos açorianos com mais passageiros nos dois primeiros meses do ano

O número de passageiros desembarcados nos aeroportos e aeródromos açorianos aumentou em fevereiro, contribuindo para uma subida de 2,3 por cento no total de desembarques registados nas ilhas nos dois primeiros meses deste ano, face a 2009.

Segundo dados do Serviço Regional de Estatística, no primeiro mês do ano tinha-se verificado uma quebra de desembarques nos nove aeroportos e aeródromos da Região - de 48.389 passageiros para 49.109 em janeiro de 2009 -, ocorrendo uma subida em fevereiro de 43.901 para 46.797.

O aeroporto João Paulo II, na ilha de S. Miguel, registou em janeiro e fevereiro 45 259 desembarques (45.177 nos dois primeiros meses de 2009) e o das Lajes, Terceira, 25.328 (25.369).

Fonte: Agência Lusa via Diário de Notícias

Mudanças que não decolam

Desmilitarização do controle aéreo, discutida há três anos, só deve ser iniciada em 2017

A desmilitarização do controle aéreo - proposta que surgiu em meio à crise que parou aeroportos brasileiros e deixou milhares de passageiros sem voo - está cada vez mais distante.

Controladores fizeram, em 2007, paralisações que levaram os aeroportos do país a superlotarem de passageiros

Três anos depois do caos, o governo deixou de lado as promessas feitas durante as negociações. Projeto apresentado aos operadores de voo aponta que o início desse processo só será feito em 2017. Primeiro, nos destacamentos (torres de controle). E, depois, em 2025, nos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas). A data não foi escolhida por acaso. A partir daquele ano, o controle aéreo mundial será feito por satélites e o Brasil é signatário do acordo de implantação do sistema Comunicações, Navegação, Vigilância e Tráfego Aéreo (CNS/ATM).

A troca de militares por civis continua sendo a maior reivindicação dos controladores brasileiros. De acordo com a assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica, até o fim do ano, 4 mil militares estarão em atividade no país. A remuneração prevista é de R$ 3,1 mil e a preparação dura até dois anos. A nota não informa quantos foram contratados após o apagão. Além da desmilitarização, o acordo com os profissionais, feito pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em 2007, prometia não punir participantes do movimento que suspendeu pousos e decolagens no país.

Depoimentos

Na semana passada, a Auditoria Militar da 11ª Região, espécie de primeira instância da Justiça Militar, começou a ouvir os 51 controladores do Cindacta I, em Brasília, denunciados pelo Ministério Público Militar (MPM). Até agora, apenas três falaram. Os demais permaneceram em silêncio.

Na denúncia, a procuradora militar Ione de Souza Cruz diz que o acidente com o avião da Gol 1907, que se chocou contra um jato Legacy, foi a brecha que os controladores encontraram para pôr em pauta suas reivindicações. Segundo o relatório do MPM, "apesar da comoção causada pela grande tragédia, 154 vidas e respectivas famílias e amigos inconsoláveis com a irrecuperável perda, os controladores de tráfego aéreo perceberam a oportunidade para alavancar um movimento classista".

De acordo com a procuradora, os militares reverteram normas de hierarquia e promoveram a indisciplina, colocando em risco a vida de milhares de brasileiros. Muitos deles, inlcusive, que não poderiam deixar de fazer uso desse meio de transporte. Ela afirma que a data da rebelião foi escolhida com antecedência e por motivos pontualmente analisados, como a ausência, em Brasília, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Defesa.

Gravações no processo

Apesar das negativas dos controladores, o Ministério Público Militar utiliza gravações feitas no dia do motim para defender a tese de que tudo foi planejado. Em uma das gravações obtidas pela Justiça, o controlador Cristiano Cavalcanti Lopes diz em 30 de março de 2007: "Até que se prove o contrário, ganhamos a primeira batalha". As escutas revelam como o movimento foi ganhando corpo e como a situação ficou fora de controle. Em outra ligação, o controlador Alberto diz para Edivaldo, apontado pelo MPM como um dos líderes do movimento: "A gente tá suspendendo todas as decolagens no centro de Brasília". A partir daí, começaram os intervalos de 30 minutos entre pousos e decolagens. O Comando da Aeronáutica não quis comentar o projeto de desmilitarização e disse que o Brasil é modelo de integração da aviação civil e militar.

Lula - Certa da condenação no tribunal, a defesa dos controladores vai aguardar o caso chegar ao Supremo Tribunal Federal (STF) e quer acionar judicialmente o presidente Lula por crime de responsabilidade administrativa. "Foi feito um acordo que não foi cumprido", diz o advogado da Associação Brasileira de Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), Roberto Sobral, em referência à minuta de negociação de 30 de março de 2007 que garantia não haver punição para os manifestantes.

No tribunal militar, não são apenas juízes togados que decidem o futuro dos réus. O Conselho Permanente de Justiça para a Aeronáutica, que muda trimestralmente, também vota. Eles não são necessariamente formados em direito e o objetivo é considerar a experiência militar. É como um tribunal do júri. A presença de um coronel e três capitães é criticada pelos controladores. A Justiça Militar de Manaus e Curitiba já condenou os controladores envolvidos no apagão naqueles estados. Os processos seguem para o Superior Tribunal Militar (STM). Na capital, o MPM ainda quer incluir na denúncia outros 38 controladores.

Fonte: Alana Rizzo (Diário de Pernambuco) - Foto: Marcos D. Paula/AE

Veja novas fotos da Terra tiradas da estação espacial internacional

Imagens mostram as Bahamas, vulcão no Japão e Madagascar.

Nave Soyuz pousou nesta quinta-feira (18) no Cazaquistão.


O astronauta Soichi Noguchi, da Jaxa (a agência japonesa equivalente à Nasa) e membro da tripulação da estação espacial internacional (ISS), twittou novas fotos de paisagens da Terra. Ele também fotografou o retorno da nave russa Soyuz TMA-16, que pousou nesta quinta-feira (18) no Cazaquistão. A nave trouxe o cosmonauta russo Maxim Surayev e o astronauta da Nasa Jeff Williams, que passaram 169 dias, 4 horas e 8 minutos na plataforma orbital.

Vulcão Sakurajima, no Japão, em intensa atividade desde fevereiro. Foram registradas mais de 400 erupções do Sakurajima no ano passado

Na véspera, Williams passou o comando da ISS ao cosmonauta russo Oleg Kotov, que, seguindo a tradição, tocou o sino da plataforma orbital.

Astronauta japonês fotografa, a partir da ISS, a Soyuz TMA-16 no início de sua jornada de volta à Terra. A nave pousou nesta quinta-feira (18) no Cazaquistão

Após a saída de Surayev e Williams, permanecem na ISS o comandante Kotov, o engenheiro de bordo (e fotógrafo compulsivo) Noguchi e o astronauta da Nasa Timothy Creamer, que chegaram à plataforma no final de dezembro passado.

Flagrante da costa de Madagascar

Vista da estação orbital das Bahamas

A tripulação será completada em abril, com os três astronautas da expedição número 24, cuja saída rumo ao espaço a bordo da Soyuz TMA-18 está prevista para o dia 2.

Operação de resgate

A Soyuz, que tinha se desacoplado da ISS três horas antes, chegou à Terra às 8h25 (de Brasília), pousando cerca de 60 quilômetros a nordeste da cidade de Arkalyk.

É a primeira vez nos quase dez anos de história da plataforma orbital tripulada que um dos módulos da Soyuz retorna vazio. Ele foi reservado para transportar contêineres com resultados das pesquisas científicas.

A cápsula se separou às 10h57 (de Brasília) e ingressou na atmosfera terrestre a 140 quilômetros de altura sobre o Mar Mediterrâneo. A aterrissagem foi acompanhada por diversas equipes de resgate, com o apoio de 12 helicópteros militares e três aviões, informou a agência oficial Itar-Tass.

Fonte: G1 - Fotos: Soichi Noguchi/ISS

Nave espacial russa Soyuz TMA-16 aterrissa com dois astronautas a bordo

A nave é uma parceria russo-americana e serve para transportar astronautas do laboratório orbital de volta pra Terra

A aeronave efetuou uma "aterrissagem suave" na zona estabelecida, próximo à cidade de Arkalyk (oeste do Cazaquistão) às 11h25 GMT (08h25 de Brasília), de quinta-feira (18), indicou o Tsoup em um comunicado.

A espaçonave Soyuz levou sua primeira tripulação para a Estação Espacial Internacional em novembro de 2000. Desde então, uma Soyuz está sempre à disposição dos astronautas para servir de “bote de resgate” caso eles tenham que deixar a estação imediatamente numa emergência. Ela também serve para transportar pessoas – três por vez - para trabalhar na Estação Espacial e trazê-las de volta para a Terra. Desta vez, trouxe de volta à Terra o Comandante da expedição Jeff Williams e o engenheiro de vôo Maxim Suraev.

Dentro dela tudo é automático, mas a tripulação tem o poder de controlá-la manualmente se necessário. Durante todo o percurso até a Estação, que dura dois dias, eles estão sempre em contato com o Centro de Controle de Missões Russo. Na volta a viagem é muito mais curta e dura apenas três horas e meia – menos que uma viagem de São Paulo a Rio de Janeiro.

O lugar de lançamento e pouso da nave espacial Soyuz é o Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. Na imagem abaixo, você pode ver a espaçonave aterrissando no território cazaque.


Fonte: Revista Galileu - Foto: Divulgação

Jobim ignora FAB e prioriza transferência de tecnologia de caças

Aeronáutica diz que ministro se baseou no relatório oficial e não deve se opor à escolha do francês Rafale

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, desconsiderou o ranking da Aeronáutica em que o caça sueco Gripen NG ficou em primeiro lugar para renovar a frota da FAB e mandou de volta aos militares um relatório sucinto desqualificando as possibilidades de transferência de tecnologia tanto do caça sueco quanto do norte-americano F-18 e afunilando a escolha para o francês Rafale.

A base da justificativa do ministro, conforme a Folha antecipou em 4 de fevereiro, é que o F-18 é americano e o Gripen NG tem componentes dos EUA, como o motor, e ambos deixariam o Brasil vulnerável. Os EUA, que têm regras peculiares de transferência de tecnologia, já impediram a Embraer de vender os aviões Super Tucano à Venezuela por terem peças americanas.

Argumentando que a avaliação de Jobim foi a partir de informações objetivas pinçadas do próprio relatório da FAB, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, respondeu anteontem ao ministro que o Alto Comando (integrado pelos brigadeiros de mais alta patente) não tinha nada a opor. Com isso, Jobim tem o caminho livre para finalmente anunciar o caça francês, o último no ranking oficial da Aeronáutica. O pacote do Rafale deve ficar em cerca de R$ 18 bilhões.

Trata-se de mais um ritual para dar argumentos formais a uma decisão política que já foi tomada desde o ano passado e ratificada num encontro a portas fechadas de Jobim com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no início do mês passado.

Para completar esse ritual, Lula pretende reunir o Conselho de Defesa Nacional antes de anunciar publicamente a opção. Como os reis da Suécia, Carl Gustaf e Sílvia, virão a Brasília na próxima semana, a expectativa é que esse anúncio só ocorra em abril.

No relatório da FAB, o sueco ficou em primeiro, o americano, em segundo e o francês, em terceiro. Apesar de se basear formalmente nele para garantir a escolha dos franceses, Jobim desconsiderou os sete itens analisados minuciosamente pelos técnicos da Aeronáutica e se concentrou exclusivamente nas dificuldades de transferência de tecnologia.

O curioso é que, conforme a Folha já divulgou, a FAB não considerou o Rafale como melhor opção em nenhum dos itens e deu o primeiro lugar ao Gripen NG mesmo em "transferência de tecnologia". Neste caso, o Rafale ficou em segundo, e o F-18, em terceiro.

Jobim, porém, já tem o discurso pronto: dirá que os critérios de avaliação técnica da FAB são anteriores à Estratégia Nacional de Defesa e, por isso, estariam defasados diante das prioridades estabelecidas pelo atual governo.

A novela do FX, o programa de renovação dos caças da FAB, vem desde o governo Fernando Henrique Cardoso, atravessou todo o primeiro mandato de Lula e está para ser encerrada no último ano do segundo mandato. O Gripen foi o primeiro colocado na FAB tanto na primeira avaliação, ainda com FHC, quanto na de agora, já com Lula, mas o Rafale foi o preferido político desde o início da seleção do atual governo.

O risco é os EUA e a Suécia denunciarem, publicamente ou nos bastidores, que o processo de seleção não era para valer, mas apenas para justificar uma decisão já previamente tomada a favor dos franceses.

Em nome de uma "aliança estratégica" com o governo de Nicolas Sarkozy, o Brasil já assinou contrato de R$ 22 bilhões com a França para a fabricação de helicópteros, submarinos convencionais e um submarino de propulsão nuclear.

Fonte: Eliane Cantanhêde (jornal Folha de S. Paulo)

Decisão sobre caças sai após feriado, diz Jobim

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, manteve hoje o suspense sobre a decisão do governo brasileiro em relação à compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo Jobim, a decisão será anunciada depois da Semana Santa.

No entanto, durante o lançamento da pedra fundamental da nova fábrica de helicópteros da Helibras em Itajubá (MG), o ministro destacou a importância do negócio com a França, que não representa apenas compras de aeronaves, e sim "um pacote tecnológico".

Ex-governador do Acre, o petista Jorge Viana, que é hoje presidente do conselho de administração da Helibras, não dúvida de que a escolha tende para Dassault, fabricante dos caças Rafale. "É uma decisão política", declarou. Segundo ele, é intenção do governo federal chegar a uma negociação "mais apurada" com os franceses, com quem o Brasil quer construir uma "aliança estratégica".

Além da Dassault, estão no processo de seleção o Gripen, da sueca Saab, e o F-18, fabricado pela norte-americana Boeing. Para, Viana a proposta francesa é hoje a que apresenta melhores condições para a transferência de tecnologia plena da qual o Brasil precisa.

Fonte: Ivana Moreira (Agência Estado)

Jobim indica nomes para três diretorias da Anac

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, encaminhou ao Planalto os nomes para ocupar as três vagas abertas na diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Os indicados são Carlos Eduardo Pellegrino (Operações de Aeronaves), Silvio Holanda (Infraestrutura Aeroportuária) e Rubens Vieira (Regulação Econômica).

Marcelo Guaranys, cujo mandato na diretoria de Regulação Econômica venceu hoje, foi convidado por Jobim para assumir a Secretaria de Aviação Civil (SAC) do Ministério da Defesa, já que o brigadeiro Jorge Godinho, que ocupa o cargo, retornará à Aeronáutica para não precisar ir para a reserva, pois está completando dois anos em função que não é militar. Também hoje venceu o mandato de Alexandre Barros à frente da diretoria de Infraestrutura Aeroportuária da Anac.

Com o fim desses dois mandatos, três das cinco diretorias da Agência ficam vagas, o que impede a realização de votações no órgão. A diretoria de Operações de Aeronaves já estava vaga desde agosto, quando Ronaldo Seroa da Mota deixou a agência. Carlos Eduardo Pellegrino, que está sendo indicado para seu lugar, atualmente é superintendente de Segurança Operacional da própria Anac. Pelegrino é coronel da reserva da Aeronáutica, muito ligado à presidente da Agência, Solange Vieira. Silvio Holanda, indicado para a diretoria de Infraestrutura Aeroportuária da Anac, é assessor de Solange.

O indicado para a diretoria de Regulação Econômica, Rubens Vieira, é o atual corregedor da Anac e tem um forte padrinho: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem tem uma ligação antiga.

Em dezembro, seu irmão, Paulo Rodrigues Vieira, chegou a ser indicado para a Agência Nacional de Águas (ANA), mas acabou sendo rejeitado pelo Senado por um voto. Na época, senadores teriam sido influenciados pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que não queria Paulo Vieira no cargo. Seu irmão, Rubens Vieira, não enfrentará este problema com a indicação para a Anac porque já trabalha com a presidente do órgão, Solange Vieira.

Fonte: Agência Estado via G1

Helicóptero movido a água oxigenada é desenvolvido nos EUA

A empresa americana Swisscopter desenvolveu um helicóptero movido a foguetes e peróxido de hidrogênio (mais conhecido como água oxigenada, como as compradas em farmácias). A aeronave substitui o convencional motor a combustão em seu corpo por dois foguetes localizados nas pontas das hélices.

Mas nunca havia sido mostrada ao público num helicóptero comercial, mesmo que protótipo. Os foguetes do Dragonfly DF1, nome do modelo, são movidos a uma mistura de 70% de peróxido do hidrogênio (H2O2), cujos tanques ficam localizados próximos ao acento do piloto.

Tais foguetes não poluem e são capazes de levar o DF1 a uma velocidade de 185 km/h e a uma altura de 4.000 m, com velocidade de subida de 700 m por minuto. Seu peso é de 106 kg (o mesmo que uma moto) e pode carregar até 227 kg (incluindo piloto e combustível).

A idéia não é nova, existe desde a década de 1950 e já é utilizada pela Marinha dos EUA há tempos. O princípio é simples: as moléculas de água oxigenada, em presença de certos elementos metálicos, se quebram e soltam o oxigênio "extra", tornando-se água pura. É por isso que a água oxigenada "ferve" em contato com o sangue em ferimentos: o ferro presente no sangue desencadeia o processo.

Ao liberar o oxigênio, também é liberada uma certa quantodade de energia, proveniente das ligações inter-atômicas quebradas, e isso pode ser usado para mover a hélice do helicóptero.

Detalhe do foguete na ponta da hélice - Foto: RedFerret

A experiência pode ser feita em casa: coloque um pouco de água oxigenada num copinho e jogue um chumbinho de pesca nele. Todo o oxigênio "sobrando" será liberado. Nada acontece ao chumbinho, porque não há reação química (ou seja, os elementos não se combinam), portanto um chumbinho de pesca sozinho é capaz de liberar o oxigênio de toda a água oxigenada do mundo. No helicóptero, são usadas concentrações de 70%, em vez dos 10% ou 20% encontrados em farmácias, o que torna o método bastante potente e apto a levantar do chão uma aeronave. O subproduto disso é também bastante ecológico e não-poluente: apenas oxigênio e água pura.

Outras vantagens do DF1 são a maior estabilidade e segurança, já que não possuem tantos controles - mais suscetíveis a falhas - e a ausência de torque do motor a combustão (normalmente localizado no corpo do aparelho e inexistente na Dragonfly) faz com que a hélice da cauda seja apenas para movimentação lateral, não contribuindo para a estabilização da aeronave.




A empresa realizou testes com sucesso em novembro de 2009, adquirindo a licença federal, e se prepara para o mercado de aeronaves. Para tanto, a Swisscopter disponibilizará acessórios como cobertura, maca médica, pulverização de plantios, guinchos, motores mais potentes e instrumentos de navegação, conhecidos como aviônicos.

A fabricante dos foguetes é a Tecaeromex, mesma responsável pelos cinematográficos Rocket Belts do agente secreto James Bond.

Teste do Dragonfly DF1 - Foto: swisscopter.us

O site RedFerret traz mais informações sobre o helicóptero da Swisscopter que seria silencioso, leve, não poluente e de baixo custo. O site ainda apresenta um vídeo de um voo demonstrativo, que pode ser visto pela atalho tinyurl.com/yhml8sa.

O site da Swisscopter é http://www.swisscopter.us/.

Fonte: Geek via Terra

BoA (Bolívia) solicita autorização para voar ao Brasil

A companhia aérea estatal da Bolivia, a Boliviana de Aviación (BoA), que iniciou operações domésticas em dezembro passado, solicitou à Anac autorização de funcionamento no Brasil. A agência reguladora avaliou o podido na última reunião de diretoria, dia 17, e deve emitir parecer em breve. À frente da aérea no Brasil está Victor Palenque (ex Avianca).

Fonte: Portal Panrotas

Aeroporto Regional de São Benedito (CE) ficará pronto em 180 dias

A região da Serra da Ibiapaba vai ganhar uma nova obra. Trata-se do Aeroporto Regional de São Benedito. A autorização da construção do novo equipamento foi realizada ontem, sexta-feira dia 19, pelo governador do Estado, Cid Gomes, em Tianguá.

A obra faz parte dos trabalhos do Governo do Estado no sentido de desenvolver a aviação regional cearense, com investimentos na construção, reforma e outras melhorias em diversos aeroportos regionais do Ceará, promovendo a valorização do turismo de lazer ou de negócios no Interior cearense.

O Aeroporto Regional de São Benedito terá uma pista de pouso e decolagem de 1.500 metros de extensão por 30 de largura, além de pista de taxiamento de aeronaves de 60x15, pátio de estacionamento de aeronaves, balizamento noturno, Serviço de Combate Contra Incêndios (Secinc) e urbanização.

O investimento na obra será de R$ 5,2 milhões. A obra deverá ser entregue em 180 dias corridos e os serviços serão fiscalizados pelo Departamento de Edificações e Rodovias (DER), órgão estadual vinculado à Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra). A empresa construtora será a Lotil Construções e Incorporações Ltda.

Fonte: Rádio Tabajara

Acordo com Infraero para ampliação do Aeroporto de Joinville (SC) fica para maio

Durante a visita da Infraero, foram acertados os últimos detalhes em relação à ampliação do Aeroporto de Joinville.

Após ficar sob a análise do município, a minuta que trata sobre o plano de desenvolvimento do aeroporto (PDA) deve finalmente sair do papel.

O secretário de Desenvolvimento, Eni Voltolini, afirmou que ainda há pendências como ajustes de valores e alterações no texto do documento, mas que, ainda assim, ele pode ser assinado oficialmente em maio.

“Esperamos finalizar as ultimas pendências durante o mês de abril. Nossa certeza é de que o acordo será firmado ainda no primeiro semestre. Ele mantém como responsabilidade da Infraero a ampliação da pista, desapropriações e as melhorias no terminal de cargas, assim como a responsabilidade do município em relação ao novo contorno rodoviário”, explica.

Fonte: A Notícia

O ILS no aeroporto de Joinville (SC) vai demorar um ano

Instalação de equipamento que facilita pousos no aeroporto de Joinville depende de série de licitações

A visita de representantes da Empresa Brasiliera de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) a Joinville veio acompanhada de uma má notícia. Ao contrário do desejado pela Prefeitura e pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Eni Voltolini, não será possível instalar o ILS – sistema de pouso por instrumentos que facilita as operações durante mau tempo – até o próximo inverno.

A estimativa é de que o equipamento só comece a funcionar em um prazo que pode ultrapassar os 12 meses. “Será necessária a compra de sistemas complementares, como uma estação meteorológica e um sistema de luzes de alta intensidade, ou seja, uma trilha iluminada de mais fácil visualização”, diz o diretor de tráfego aéreo da Infraero, Valmir Cordeiro.

O atraso na instalação do equipamento é justificado com a necessidade de elaboração de um projeto e, posteriormente, uma licitação para a compra do equipamento.

Segundo o secretário Eni Voltolini, o próximo passo será buscar o compromentimento da diretoria do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) para os investimentos necessários à instalação do equipamento no Aeroporto Lauro Carneiro de Loyola.

A Infraero afirma que a viabilidade técnica está confirmada, mas que apenas irá assessorar a Prefeitura durante o processo. Os equipamentos custam R$ 2,25 milhões.

Fonte: A Notícia

Helibras investe US$ 420 milhões para fabricar super-helicóptero

A fabricante de helicópteros brasileira Helibras, subsidiária do grupo Eurocopter, deu início nesta sexta-feira às obras de ampliação de sua fábrica em Itajubá, no sul de Minas Gerais. Com investimento estimado em US$ 420 milhões, a empresa vai criar uma linha de montagem para atender um contrato assinado com as Forças Armadas, no final de 2008, para o fornecimento de 50 unidades do EC 725, um super-helicóptero que pode transportar até 29 pessoas e dois pilotos. A pedra fundamental da obra foi lançada nesta tarde com a presença dos ministros da Defesa, Nelson Jobim, e do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).

Concebido para auxiliar em buscas durante combates e missões de resgate, o EC 725 tem peso máximo de decolagem de 11 t e é equipado com duas turbinas que permitem velocidade de cruzeiro rápido de 261,5 km/h. Devido ao tanque de combustível de grande capacidade, o modelo tem alcance máximo de 1.282 km. Cada unidade do helicóptero demora cerca de um ano e meio para ficar pronta. O valor por unidade não foi informado, mas o contrato firmado com o governo brasileiro, segundo o ministro, tem valor total de 1,9 bilhão de euros (cerca de R$ 4,6 bilhões).

A ampliação da Helibras na cidade mineira vai adicionar mais 11 mil m² de área aos 14 mil m² já existentes na fábrica, além de dobrar o número de empregos diretos de 300 para 600. As três primeiras unidades do EC 725 deverão ser entregues às Forças Armadas no final de 2010, ainda com apenas 3% de valor agregado produzido no Brasil. Por força contratual, este percentual terá que subir até 50% na entrega das últimas aeronaves, o que deve acontecer em 2016, segundo previsão do presidente da empresa, Eduardo Marson Ferreira.

A expectativa da empresa, segundo Marson, é de que o aumento gradativo desta transferência de tecnologia para fornecedores brasileiros gere mais 300 empregos diretos. Estes parceiros, disse ele, ainda estão sendo selecionadas por uma comissão comandada pelas Forças Armadas, já que o tema é sensível para os interesses nacionais.

Durante discurso na cerimônia de lançamento da pedra fundamental das obras, o presidente mundial da Eurocopter, Lutz Bertling, disse que a ampliação - a ser concluída em 2012 - vai ser feita na base sólida dos 32 anos que a Helibras atua no Brasil. Da fábrica, disse ele, já saíram 500 helicópteros modelo AS 350 (Esquilo).

Em entrevista coletiva antes da cerimônia, Bertling afirmou que a intenção do grupo não é vir ao Brasil para apenas cumprir o contrato com o governo e depois sair, embora ele tenha admitido que o negócio tenha sido o "empurrão" que faltava para a ampliação dos negócios no País.

Segundo ele, a fábrica brasileira, a única de helicópteros sediada na América Latina, deve se tornar, em um horizonte de cinco a seis anos, no terceiro pólo do conglomerado que é capaz de participar do processo de desenvolvimento de novos produtos. Atualmente, a Eurocopter possui fábricas na Alemanha, França e Espanha.

Entre os segmentos que podem ser aproveitados após o término da entrega das aeronaves às Forças Armadas, Lutz destacou o de óleo e gás offshore (no mar), que deve ter sua demanda impulsionada pela exploração da camada pré-sal. Com a transferência de tecnologia, a Helibras também poderá fabricar no País o EC 225 - "irmão" civil do EC 725.

Além do segmento offshore, Bertling destacou também que a Eurocopter vê no Brasil potencial para os segmentos corporativo, segurança pública (polícia e bombeiros), além do setor de controle de fronteiras. Segundo o presidente da Helibras, com os modelos Esquilo, que já são feitos por aqui, a empresa tem uma participação de 81% no mercado policial brasileiro.

A companhia brasileira atualmente fabrica os modelos AS 350 B2 e B4 (os chamados Esquilo) e entregou 31 aeronaves em 2009, obtendo um faturamento de R$ 357 milhões, 19,23% maior do que em 2008. Já a Eurocopter entregou 558 unidades no ano passado, com faturamento de 4,6 bilhões de euros.

"Independência"

Em seu discurso durante o lançamento da pedra fundamental da fábrica, o ministro Nelson Jobim destacou que o contrato com a Eurocopter é o primeiro desdobramento da Estratégia Nacional de Defesa. Ele destacou o negócio como o "início de um pacote tecnológico" e não uma "mera compra de aeronaves". Ele destacou ainda que o Helibras vai se tornar plataforma de exportação de aeronaves para mercados onde o Brasil tem muita influência, como a África.

O ministro disse que a intenção é que, em um horizonte de 10 a 15 anos, o País tenha condição de desenvolver um helicóptero de transporte regional.

Já o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, saudou o investimento como o mais importante dos últimos 30 anos da história industrial do Estado. Ele também se comprometeu a construir um aeroporto para testes da Helibras na região, investimento classificado como necessário pela empresa para os testes de voo do EC 725.

Clique aqui e veja mais fotos.

Fonte: Fabiano Klostermann (Terra) - Foto: aerospace-technology.com

Helicóptero da PRF fiscaliza fronteira de Corumbá (MS)

Para auxiliar na fiscalização das regiões de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e Bolívia, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) agora conta com um helicóptero. A aeronave vai fazer o patrulhamento aéreo em cidades fronteiriças e está em Corumbá desde quarta-feira, 17.

O objetivo é realizar o combate a criminalidade nas fronteiras. Segundo o órgão esta é uma operação somente da PRF. “Apesar de participarmos, essa fiscalização aérea não está ligada a Operação Sentinela, que também está acontecendo no estado”, disse ao Diário, Eduardo Lugo Samúdio, inspetor da PRF.

O helicóptero é do Departamento de Operações Aéreas da PRF de Brasília e ficará na Cidade Branca para suporte em abordagens, caso for necessário, e para fiscalizações aéreas. Além de Corumbá a aeronave vai percorrer os céus das cidades de Miranda, Jardim, Dourados e Ponta Porã.

Combustível

De acordo com a Superintendência da Infraero em Corumbá, o problema com a bomba de combustível de um dos caminhões que abastecem as aeronaves no Aeroporto Internacional de Corumbá já foi solucionado. Os abastecimentos com querosene estavam paralisados na tarde desta quinta-feira. Por conta desse imprevisto, o helicóptero da PRF não pode fazer ações no período vespertino.

O superintende da Infraero, Carlos Alberto Fonseca Rocha, explicou ao Diário Online que o veículo armazena querosene e não prejudicou o abastecimento de aeronaves pequenas, pois essas não utilizam este combustível. Um comunicado foi disponibilizado no Controle Técnico de Manutenção Aeronáutica, (Notam) para que pilotos que fossem pousar no aeroporto já estivessem cientes da falta de abastecimento.

“Esse procedimento é padrão e é tomado em todos os aeroportos do Brasil. No caso da bomba de combustível, nenhum voo foi cancelado por causa do problema. A responsabilidade na manutenção destes veículos não é da Infraero e sim da Petrobrás que presta o serviço”, relatou Rocha. Ele informou também que o voo da Trip não abastece a aeronave em Corumbá, por isso não precisou cancelar ou adiar a viagem.

Fonte: Diário Online via Midiamax - Foto: Gabriela Winkler

Congonhas (SP) promove melhorias em acessibilidade

O Aeroporto de São Paulo (Congonhas) firmou Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta (TAC) com o Ministério Público Federal para promover melhorias no terminal em relação à acessibilidade a passageiros e usuários com algum tipo de deficiência ou mobilidade reduzida. De acordo com o documento, as adaptações devem ocorrer em duas etapas: a primeira, com conclusão até 30 de setembro deste ano; e a segunda com prazo até 30 de junho de 2011.

“Muitas ações previstas no Termo já foram cumpridas e estão em estado adiantando de execução”, afirmou Antonio Filipe Bergmann Barcellos, superintendente da Regional Sul da Infraero, referindo-se a algumas adaptações que começaram a ser realizadas em dezembro de 2009 e já foram finalizadas.

Pisos podotáteis com relevo, textura e volumetrias especiais para deficientes visuais já foram instalados nas entradas dos elevadores, escadas fixas e rolantes e todos os outros locais com rampas ou obstáculos acima do nível do piso comum. Nas calçadas que dão acesso ao aeroporto, também já foram construídas rampas em frente às entradas das alas Norte (área de check-in) e Sul (desembarque).

Seis balcões de check-in foram adaptados para atendimento aos usuários de cadeira de roda e 189 posições foram demarcadas com adesivos próprios, ao lado dos assentos espalhados pelo terminal de passageiros para uso desse público. Os restaurantes e as lanchonetes do aeroporto já contam com mesas acessíveis destinada a deficientes físicos. O estacionamento de Congonhas também já está totalmente adaptado quanto à infraestrutura para usuários com necessidades especiais.

Fonte: Portal Panrotas

British Airways cancela 1.100 voos na Europa

Funcionários da companhia aérea entraram em greve.

Companhia diz que não há cancelamento de voos no Brasil.




Quem viajar pela Europa neste final de semana, especialmente para a Inglaterra, pode ter problemas e muita dor de cabeça, pois a British Airways cancelou 1.100 voos depois que o sindicato de trabalhadores da empresa aérea convocou greve.

Quase todos os voos afetados são de curta distância, dentro da Europa. Com base em acordos com outras companhias aéreas, a British diz que 65% dos passageiros vão conseguir chegar ao destino.

Ainda não está claro quanto dos 13 mil funcionários da British irão se juntar à greve. Mas a medida foi confirmada depois do fracasso das negociações entre o sindicato e a empresa. Os funcionários reclamam de corte de custos.

Voos no Brasil

A assessoria da British Airways informou que não há previsão de cancelamentos de voos da companhia no Brasil neste fim de semana. Mas a empresa aconselha os passageiros a consultarem o site da companhia antes de viajar.

Fonte: G1 (com informações da Globo News)

Boeing's 737 em utilização na China terão revisão extra

O modelo B737, em seis versões da Boeing e em utilização pelas companhias aéreas da China, terão que passar por uma revisão extra, depois de ter sido detetado um problema comum nos defletores das asas.

Segundo a Administração da Aviação Civil da China (CAAC), o problema representa uma ‘ameaça potencial de segurança’, exigindo que a revisão seja feita dentro dos próximos dez dias.

Regularmente, 603 aviões do B737 operam no espaço aéreo chinês, a maior parte pertencente às três principais aéreas: Air China, China Eastern e China Southern.

Fonte: Opção Turismo - Imagem: ycwb.com

Embraer está atenta a motores econômicos e olha novos mercados

'Olhamos a motorização como a coisa certa para se manter a liderança no segmento de até 120 assentos', diz o presidente da empresa

O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse que a empresa não ficará alheia à chegada de motores mais eficientes e que ofereçam economia de combustível. "Nossos E-Jets são novos, mas não podemos ficar indiferentes à disponibilidade de motores mais econômicos", afirmou a analistas, em teleconferência.

Ele reconheceu que está conversando com fabricantes de motores. "Olhamos a motorização como a coisa certa para se manter a liderança no segmento de até 120 assentos", observou. Contudo, Curado ressaltou que, se a Embraer vier a lançar aviões com nova motorização, estes também deverão exibir melhorias tecnológicas.

Além disso, o executivo destacou que a companhia está monitorando o mercado acima do que hoje explora com o modelo 195, de até 122 assentos. Mas para dar esse passo, ponderou Curado, há que ter uma vantagem em relação a seus concorrentes. "Entrar em um segmento superior, com um avião maior, sem ter um diferencial competitivo é excesso de risco, pois a concorrência trabalha com produtos sólidos e com uma base de clientes extraordinária", afirmou.

Perspectivas

Ao analistas, o presidente da Embraer comemorou a melhora de alguns indicadoras da aviação, como a menor estimativa de prejuízo da companhias aéreas e a desaceleração das vendas de jatos usados. Porém, ele alertou que a Embraer ainda tem uma "visão cautelosa", principalmente quando o assunto é aviação comercial.

"Embora o problema esteja menor do que antes, a oferta de crédito para o financiamento de novas aeronaves ainda não foi normalizada e a indústria trabalha com grandes volumes de backlog (carteiras de pedidos firmes de aeronaves)", resumiu. Conforme o executivo, "existe a preocupação de a capacidade das companhias aéreas ser maior do que a demanda" dos passageiros por voos, mesmo considerando o ritmo forte de mercados como Brasil e China. "É um cenário bem melhor do que o de 2009, mas não de plena recuperação em que os problemas foram todos ultrapassados", destacou.

Na aviação executiva, de acordo com o executivo, a situação "não é muito diferente". Ele disse que há sinais de melhora, como desaceleração da venda de seminovos, no entanto, a recuperação "é bastante suave" comparada à "exuberância" de 2008. "Mas estamos trazendo produtos novos a cada ano e isso leva a um aumento de participação de mercado", contrapôs.

Na área de defesa e governo, a Embraer quer continuar aproveitando "o bom momento do Brasil", não só pela maior disponibilidade orçamentária do País, mas por seu posicionamento geopolítico fortalecido. "Essa clara ascensão do Brasil no cenário mundial ajuda na exportação de material de defesa. Tivemos sucesso nas vendas do modelo Super Tucano e esperamos ter outros contratos", disse.

Fonte: Michelly Chaves Teixeira (Agência Estado)

Anac: limite de voos pode pesar no bolso do passageiro

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai determinar limites de operação para seis aeroportos, como já há em Congonhas e Guarulhos (ambos em São Paulo), o que pode ter impacto nas tarifas aéreas a partir do final do ano que vem, avisou a diretora da agência, Solange Vieira, durante o Fórum Panrotas, que reuniu esta semana representantes do governo e do setor de turismo na sede da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio). Segundo Solange, atualmente, estes aeroportos operam abaixo dos limites que a Anac pretende estabelecer. De acordo com a diretora, se não houver obras de ampliação da infraestrutura que acompanhem o aumento de demanda de passageiros, eles podem atingir este limite até o fim de 2011.

Com isso, o preço das passagens no mercado interno pode aumentar.

- A barreira da infraestrutura pode levar ao aumento da tarifa, depois das quedas do ano passado - alertou a diretora da Anac, em painel com os presidentes de companhias aéreas Constantino de Oliveira Jr. (Gol), Líbano Barroso (TAM), Pedro Janot (Azul), José Efromovich (Ocean Air) e Julio Perotti (Webjet).

Os aeroportos que terão operações limitadas pela Anac serão os de Brasília, Confins (Belo Horizonte), Salvador, Fortaleza, Cuiabá e Viracopos (Campinas). Solange reforçou a necessidade de investimentos na infraestrutura dos aeroportos do país.

- A Copa do Mundo e as Olimpíadas não são problema - disse Solange, quando perguntada sobre a preparação dos terminais para as duas competições esportivas. - São eventos curtos, e as Olimpíadas serão no Rio de Janeiro, onde temos o aeroporto de maior capacidade ociosa.

Uma crítica à Infraero foi feita quando Solange afirmou que o Brasil não oferece condições de operação para companhias de aviação low cost, como os Estados Unidos e a Europa.

- Uma companhia puramente low cost precisa de infraestrutura aeroportuária diferente, com preços mais disponíveis. A Anac está fazendo uma política para flexibilizar, mas a Infraero ainda não - afirmou.

Classe C ainda prefere comprar passagem aérea em agências a usar a internet

O crescimento do número de pessoas voando de avião no Brasil foi um tema tratado também em outro debate no Fórum Panrotas, realizado no início da semana em São Paulo, sobre "A nova classe média e o mercado de viagens", com a participação do economista Marcelo Néri, coordenador da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), que fez um estudo sobre este segmento da população.

Citando dados de um levantamento feito em 2008, a presidente da Embratur, Jeanine Pires, afirmou que 60% dos brasileiros que viajaram a turismo buscaram naquele ano informações sobre os lugares para onde vão nas agências de viagem, e apenas 36% na internet. Na hora de fechar a compra de passagens aéreas, o percentual da internet caiu mais ainda, para 12% - o patamar das agências continuou em 60%, e outros 14% preferiram comprar direto com as companhias aéreas.

- Os brasileiros agendam viagens usando os agentes um pouco mais do que os nossos clientes de outros países - reforçou o diretor sênior de Relações Corporativas do cartão Visa, Paul Wilke, que apresentou no fórum resultados de uma pesquisa sobre o perfil dos gastos dos brasileiros no exterior e dos estrangeiros no Brasil que são clientes da companhia.

Esta escolha é majoritária entre os clientes da classe C, segundo disseram executivos das companhias aéreas. Na conversa, o diretor comercial da Gol, Eduardo Bernardes, e o presidente da Azul, Pedro Janot, falaram sobre os hábitos de consumo dessa nova classe média. Um deles é a resistência em comprar passagens pela internet. A outra é a dificuldade de lidar com expressões em inglês usadas em operações de rotina de viagens nos embarques e vendas de passagens, como check-in.

- Se alguém tiver um bom sinônimo para web check-in, estou aceitando - brincou Bernardes, que durante o evento anunciou que a companhia aérea vai passar a voar todos os sábados para a ilha caribenha de St. Martin/St. Maarten, saindo de São Paulo e com escala em Manaus, a partir de maio.

Se por um lado as agências com balcão, atendentes e mesas, continuam as mais procuradas pelos viajantes, isso não impede investidas virtuais no mercado brasileiro. A Travelocity, um dos mais importantes sites do mundo que se dispõem a fornecer os serviços das agências via computador, deve lançar uma página para o público brasileiro ainda em 2011, segundo o gerente-geral da empresa para a América Latina, Jorge Cordova.

Para outubro deste ano, ainda está previsto o lançamento de um site apenas para reservas em hotéis no Brasil.

- Imaginamos que no Brasil a escalada do uso da internet fosse mais lenta, mas ela nos surpreendeu - afirmou Cordova.

Gustavo Alves (O Globo)

Navio que fará buscas por avião da Air France chega ao Brasil na quarta-feira

O navio que fará novas buscas pelos restos do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico entre 31 de maio e 1º de junho de 2009 quando fazia a rota Rio de Janeiro-Paris, matando seus 228 ocupantes, deve chegar ao Recife no próximo dia 24.

O Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) anunciou ontem a chegada ao Brasil do "Anne Candies" (foto), com atraso em relação ao planejamento inicial.

Segundo o BEA, a equipe que vai participar das buscas pelo Airbus A330-200 vai falar com a imprensa um dia depois da chegada do navio à capital pernambucana.

Ainda sem as caixas-pretas, o escritório francês não pôde esclarecer o que causou o acidente, mas disse que não houve "desspressurização durante o voo" e que a aeronave provavelmente estava inteira antes de cair no mar.

O BEA pôs em dúvida a confiabilidade dos sensores de velocidade, mas isso não significa que tenham sido os responsáveis pelo acidente.

Fonte: EFE via G1 - Foto: phnx-international.us

RR: avião de governador sofre pane e faz pouso de emergência

Um avião que transportava o governador de Roraima, Anchieta Junior (PSDB) , sofreu uma pane durante o voo que realizava nesta sexta-feira e foi obrigado a fazer um pouso de emergência, próximo à pista do município de Uiramutã. A informação preliminar da assessoria de comunicação do governo é que ninguém ficou ferido.

Segundo a assessoria de imprensa de Anchieta, a aeronave saiu de Boa Vista (RR) rumo a Uiramutã, localizado no nordeste de Roraima, a 299 km da capital, para realizar um mutirão de saúde e cidadania. Além do governador, estavam na aeronave o deputado estadual Ivo Som (PTN), a secretária de Estado e Bem Estar Social, Maria Dantas, o comandante do gabinete Militar, coronel Edison Prola, e um piloto.

A informação preliminar é que o avião PT-JTM (Baron) perdeu a reta devido ao excesso de vento na cauda e as rodas da frente recolheram. A aeronave bateu em árvores e parou próximo a um precipício, antes da pista de pouso do municipio.

A ultima manutenção na aeronave foi feita em setembro de 2009. O governo gasta cerca de R$ 1 milhão na manutenção dos aviões do Estado, segundo levantamento feito por deputados da Assembleia Legislativa.

A base aérea de Boa Vista ainda não recebeu informações sobre o acidente. O governador de Roraima volta a Boa Vista em outra aeronave.

Fonte: Cyneida Correia (Terra)

EADS pode voltar a disputar contrato de avião-tanque nos EUA

A europeia EADS pode voltar à disputa por um multibilionário contrato de aviões-tanque nos Estados Unidos se o governo norte-americano conseguir reduzir suas preocupações de que os termos do contrato favorecem a Boeing.

"No final, a companhia somente irá submeter a proposta se houver uma chance justa de vencer, após a avaliação de todos os fatores relevantes", disse a EADS nesta sexta-feira, um dia depois de Washington deixar a porta aberta para uma última oferta.

A EADS havia dito que os termos da Força Aérea dos EUA para o contrato dos aviões-tanque, avaliado em cerca de 50 bilhões de dólares, foi alterado em favor da Boeing.

Na quinta-feira, o Pentágono disse que a EADS havia expressado um possível interesse em se manter na disputa pelo contrato para a construção de um avião de reabastecimento aéreo, mesmo com o fim de uma parceria transatlântica que foi formada para a licitação.

O Departamento de Defesa dos EUA disse que pode receber uma proposta da EADS da América do Norte como contratante principal e poderia considerar a ideia de ampliar para 10 de maio o prazo para ofertas, se necessário.

A Boeing e o Pentágono não comentaram imediatamente o comunicado da EADS.

Fonte: Maria Sheahan (Reuters) via O Globo

Índios cobram retirada de destroços do avião da Gol do Norte de Mato Grosso

Três anos após o acidente entre o avião da Gol e o jato Legacy, surge uma nova preocupação. Os índios da região, no norte de Mato Grosso, acreditam que os destroços do Boeing que se espalharam no acidente estão contaminando as nascentes e córregos. Eles cobram a retirada imediata dos destroços do meio da floresta.

O cacique Meu Bã liderou o grupo de índios que chegou na área dos destroços do avião da Gol no meio da floresta amazônica, região do município de Peixoto de Azevedo (692 quilômetros de Cuiabá). Após 36 horas da queda do Boeing, guiados pelo som dos helicópteros da Força Aérea Brasileira, eles avistaram a clareira e o cenário da tragédia. A área onde estava o avião é um lugar usado pelos índios para caça e pesca. Eles dizem que não gostam de conviver com a lembrança da tragédia.

- Nós queremos pedir para a empresa retirar. Para gente não lembrar, porque até hoje está lá. Se eles não tirarem vamos tocar fogo - ressaltou Meu Bã.

Mais de 150 pessoas morreram após a colisão do Boeing com o jato Legacy. Os militares passaram 20 dias na mata fechada até encontrarem o último corpo. O avião caiu em uma terra indígena e deixou como herança a preocupação com o ambiente. Segundo o cacique Meu Bã, uma das asas do Boeing ainda continua dentro de um córrego. Com receio de contaminação da água, os índios abandonaram a aldeia que ficava perto do local da tragédia.

- Por isso que o pessoal mudou para a nova aldeia. Com medo da água estar ruim - relatou o cacique.

De acordo com o lider Kaiapó Raoni, os índios encaminharam um ofício para a empresa exigindo a retirada dos destroços do avião da área indígena.

- Eles têm que vir e pegar tudo. Quando chover, a água vai levar tudo para o córrego - disse Raoni.

Mas a Gol não está disposta a atender ao pedido dos índios. A assessoria de imprensa da companhia aérea informou que uma eventual operação de resgate das peças provocaria um dano ambiental maior do que já foi causado pela queda da aeronave. Ainda segundo a assessoria, todos os produtos combustíveis foram retirados do local e a empresa tem laudos atestando que não há qualquer prejuízo ao meio ambiente.

Fonte: TV Centro América via O Globo - Imagem: Reprodução de imagem TV Centro America Afiliada TV Globo

sexta-feira, 19 de março de 2010

Queda de avião deixa dois feridos em aeroporto do Mato Grosso do Sul

Um aeronave de pequeno porte caiu por volta das 15h30m desta sexta-feira no Aeroporto de Santa Maria, saída para Três Lagoas, em Campo Grande. Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente deixou dois feridos, um deles com fratura exposta. Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Movel de Urgência (Samu) prestaram atendimento no local.

Os dois ocupantes da aeronave Cessna, prefixo PT-LCI, foram identificados. De acordo com a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, o piloto Sergio Costa teve um corte no rosto e foi socorrido pelo mecânico do aeroporto, que o levou para a Santa Casa. Já o tripulante Moacir Müller, de 56 anos, teve fratura exposta na perna direita e também foi levado para a Santa Casa.

Conforme a assessoria dos bombeiros, a quebra no trem de pouso do monomotor teria ocasionado o acidente. Quatro viaturas do bombeiros, além da Polícia Civil (PC) e o Samu foram ao local para socorrer as vítimas. A PC acredita que o piloto teria feito um pouso forçado. As causas do acidente serão investigadas por peritos da Aeronáutica.

Em setembro do ano passado, um ultraleve caiu naquela mesma região logo após decolar. A aeronave explodiu ao bater no solo e o piloto Rômulo Donizete da Silva, de 48 anos, morreu na hora.

Fonte: TV Morena via O Globo

Boeing vai acelerar produção de dois modelos de aviões

A Boeing vai acelerar os planos de elevar a produção dos modelos de aviões 777 e 747 para dar conta da demanda em meio à recuperação do mercado de aviação, após dois anos de queda das encomendas pela crise econômica global.

A Boeing vê 2010 como ano de recuperação da economia e disse que as companhias aéreas provavelmente retornarão ao lucro em 2011.

A segunda maior fabricante mundial de aeronaves disse que irá acelerar a cadência de produção do modelo 777 de cinco para sete unidades por mês em meados de 2011, antes da previsão anterior de fazer isso no início de 2012.

Já o aumento do ritmo de produção do modelo 747 de 1,5 avião para duas aeronaves por mês será implementado em meados de 2012, e não em 2013, segundo a fabricante.

"A melhora do mercado e a nossa abordagem conservadora de produção nos colocou em uma posição em que vemos ser necessário aumentar a produção de aeronaves", disse o presidente-executivo da Boeing Commercial Airplanes, Jim Albaugh, em comunicado.

A indústria global de aeronaves tem sido prejudicada por uma desaceleração econômica que diminuiu a demanda por viagens e fez com que algumas companhias aéreas adiassem ou cancelassem seus pedidos de aeronaves.

As ações da Boeing negociadas em Nova York subiam 1,07 por cento às 12h31 (horário de Brasília), para 71,63 dólares.

Fonte: Reuters via O Globo

quinta-feira, 18 de março de 2010

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O cargueiro gigante Antonov An-225 Mriya, prefixo UR-82060, da Antonov Design Bureau, no Aeroporto Robin Hood Doncaster / Sheffield (Finningley) (DSA/EGCN), no condado de Yorkshire, na Inglaterra, em 16 de fevereiro de 2010.

Fonte: Glenn Beasley - Global Aviation Resource (Airliners.net)

Agricultores usam avião para provocar chuvas no Maranhão

Pilotos bombardeiam nuvens com gotas de água e provocam chuvas.

Já os pequenos produtores tentam proteger a plantação com palha.



Agricultores do Ceará, do Piauí e do Maranhão esperam por chuva há três meses.

Mais de um milhão de pessoas convivem com a falta d'água no semiárido maranhense, mas a chuva que sempre começa a cair em dezembro, desta vez, não chegou com força.

"Fevereiro, março e abril são os três meses que mais chove. Mas este ano não. A gente está plantando e está morrendo", diz a agricultora Raimunda da Silva.

Os pequenos agricultores estão desanimados. Tentam proteger a plantação com palha, mas o sol é muito forte.

No Nordeste do estado, os produtores de soja já calculam as perdas. "No ano passado, nós perdemos soja pela grande quantidade de água. Neste ano, pelo fator inverso, estamos perdendo 30% também", diz o produtor de soja Renato Fogolari.

As lagoas dos lençóis maranhenses - um dos pontos turísticos mais famosos - também secaram.

Chuva forçada no Maranhão

Deveria estar chovendo bastante desde dezembro no Maranhão, mas choveu muito pouco desde o início do ano. Apesar das dificuldades, os agricultores não desistem.

Já que a chuva não vem naturalmente, eles estão investindo em tecnologia pra fazer chover e não perder toda lavoura. Para isso, usam um avião.

A aeronave leva 300 litros de água, sem nenhuma adição de produtos químicos.

No alto, os pilotos caçam as nuvens pequenas ainda em formação. Eles bombardeiam as nuvens com gotas de água e provocam a chuva. Os fazendeiros orientam o trabalho por rádio.

Só falta descobrir a solução de outro problema: “em um dos parceiros do grupo não choveu nestes dias e a tentativa é de fazer chover exatamente na área dele. As nuvens não são orientadas por GPS”, diz o fazendeiro Vilson Ambrozi.

Fonte: G1 (com informações do Jornal Nacional)

Em retaliação a ataque que matou trabalhador tailandês, aviação israelense bombardeia Gaza

A aviação israelense bombardeou pelo menos seis alvos no sul da Faixa de Gaza, na madrugada desta sexta-feira (horário local), em resposta ao lançamento de um foguete do tipo Qassam por um grupo palestino, na quinta-feira, que atingiu e matou um agricultor tailandês em Israel. Segundo testemunhas ouvidas por agências de notícias, o ataque israelense aconteceu perto da cidade de Khan Younis e deixou ao menos dois feridos. Um túnel subterrâneo na fronteira com o Egito e uma casa de fundição estão entre os alvos das Forças de Defesa israelenses.

Mais cedo, o vice-primeiro-ministro israelense, Silvan Shalom, prometeu "uma resposta forte" ao ataque palestino. O governo israelense também enviou uma carta ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que deverá visitar Israel no fim de semana, e ao Conselho de Segurança da ONU.

- Israel não está interessado em um confronto militar, mas não permitirá ataques contra seus cidadãos - disse o vice-ministro da Defesa, Matan Vilnai, acrescentando que considera o Hamas responsável por quaisquer ataques originários da Faixa de Gaza, independentemente do grupo que venha a cometê-los. - O Hamas tem obrigação de evitar todo e qualquer ataque contra Israel a fim de evitar a deterioração da situação.

Os ataques acontecem durante a visita da representante de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton e aumentam ainda mais a tensão entre palestinos e israelenses, que entraram em confronto, nos últimos dias, na Cisjordânia, após a divulgação do plano de ampliação de assentamentos judeus e a construção de uma sinagoga em Jerusalém.

O grupo Ansar al-Sunna, que é ligado à al-Qaeda e contrário à administração do grupo islâmico Hamas na Faixa Gaza, assumiu a autoria do ataque que atingiu a comunidade de Netiv Ha'asara. Desde a última grande ofensiva israelense em Gaza, em janeiro de 2009, mais de cem foguetes foram lançados contra Israel da Faixa de Gaza - 25 deles apenas este ano. Mas segundo forças israelenses, os ataques ainda não haviam provocado mortes na região.

Temendo retaliações, desde o fim da guerra o Hamas vinha pedindo que outros grupos palestinos não atacassem Israel. O míssil supostamente lançado pelo grupo radical Ansar al-Sunna ofuscou a visita da representante da UE. Embora Catherine não tivesse encontro previsto com líderes do Hamas, ela teve que conseguir uma aprovação especial do governo israelense, que impede a visita de líderes internacionais à Faixa de Gaza por considerar que assim eles legitimam o grupo islâmico. A chefe da diplomacia europeia tem como objetivo verificar o resultado da ajuda destinada á região.

A escalada da tensão na região acontece um dia antes de encontro, em Moscou, do chamado Quarteto, que reúne Rússia, EU, Estados Unidos e ONU para discutir sobre a paz no Oriente Médio. a secretária de estado americana, hillary clinton, chegou nesta quinta à capital russa, onde também discutirá com líderes do país acordos para redução de arsenal nuclear e imposição de novas sanções ao Irã. Sobre as negociações entre israelenses e palestinos, os EUA estão pessimistas desde que Israel aprovou, durante a visita do vice-presidente americano, Joe Biden, um plano de construir 1.600 casas na parte oriental de jerusalém, o que terminou provocando o cancelamento da retomada das conversas.

Fonte: O Globo (com agências internacionais)