Aeronaves de milionários russos saíram nos últimos dias de Moscou para Maldivas, Seychelles e Suíça. Iate de Vladimir Putin foi detectado na Ilha das Serpentes, depois desta ser tomada pelos russos.
É um exercício que requer alguma dose de especulação, como o próprio autor do site Radar Spots deixa claro (porque um avião de um oligarca russo em movimento não significa que o seu dono esteja a viajar no mesmo), mas de fato está sendo detectada uma movimentação anormal das viagens destes aparelhos a partir de Moscou desde que começou a invasão da Ucrânia. O site detectou várias viagens para a Europa, sendo que alguns desses aviões foram depois para os Estados Unidos.
Ainda hoje de manhã, o site detectou um voo da Florida para San Francisco de um A-319 detido por Alexander Abramov, 63 anos, um dos homens mais ricos da Rússia, dono de um império ligado à indústria do aço, com estreitas ligações a outro milionário russo famoso, Roman Abramovich. Esse avião tinha partido de Munique, na Alemanha, no dia 25 de fevereiro, para as Bahamas e dali voou para os EUA.
O Airbus A319-115(CJ)(WL), prefixo D-ALEX, de Alexander Abramov |
Outro avião de Abramov saiu de Moscou no dia 23 de fevereiro, véspera da invasão da Ucrânia, para as Maldivas, onde permanece. Alexey Mordashov, oligarca ligado à indústria metalúrgica e energética, também saiu de Moscou na semana da invasão para um destino paradisíaco: as Seychelles.
Outro caso, Mikhail Prokhorov, oligarca ligado à indústria metalúrgica. O seu avião saiu de Moscou no dia 17 e aterrissou na Alsácia, num aeroporto (o EuroAirport) junto a Basel, gerido pela França e pela Suíça. Predominantemente, é um aeroporto usado para quem quer entrar neste último país. Ali está também o avião do multimilionário Viktor Vekselberg.
A mesma rota, mas no dia 19, fez o avião de Alisher Usmanov, oligarca ligado à indústria mineira. O avião seguiu depois para a Suíça, onde permanece. Outro dos seus aviões esteve na Suíça, foi a Londres e está em trânsito para o Dubai.
Quanto aos iates (todos eles avaliados em dezenas de milhões de euros; alguns chegam às centenas de milhões), também podem ser monitorizados, como se pode ver nesta conta de Twiter. Por exemplo, o mega-iate de Sergey Galitsky está em Mônaco.
O iate de Alisher Usmanov (cujo avião, conforme se viu acima, saiu de Moscovo para a Suíça) está em Hamburgo. O iate do industrial Andrey Melnichenko está no Dubai e o de Vladimir Potanin está nas Maldivas. É onde se encontra também o iate de Alexey Mordashov - como vimos acima, o seu jato privado voou recentemente de Moscou para as Seychelles.
O Graceful, super-iate de Vladimir Putin, também estava a ser monitorizado até ter desaparecido dos "radares". A embarcação saiu abruptamente de um porto alemão no início de fevereiro e foi depois localizado ao largo da Ilha das Serpentes, cenário de um dos episódios mais dramáticos desta guerra.
Graceful, the yacht owned by Vladimir Putin, seems to have been ghosted from the @VesselFinder database. Her IMO number (1011551) no longer returns any results and as noted earlier, her location was likely spoofed to Zmiinyi Island late yesterday evening.#OligarchYachts pic.twitter.com/PYvzWh4sI7
— aleksander (@aleksanderrr_) February 26, 2022
O Graceful passou pela ilha depois desta ser tomada pelos russos. Depois, desapareceu dos sites de "tracking" online em tempo real, como o Vessel Finder.
Com informações de Marco Alves (Sábado - Portugal)
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