Aeronave desceu em um campo de futebol no Bairro Teixeira Dias, Região do Barreiro. Segundo os bombeiros, suspeita é de pane mecânica.
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Ocupantes fora da aeronave após pouso forçado no Teixeira Dias (Foto: Twitter/Mi_qmx) |
O helicóptero
Robinson R44 Raven II, prefixo
PR-HHH, a serviço da Globo Minas fez um pouso forçado em Belo Horizonte na manhã desta segunda-feira (8/11). Todos os ocupantes estão bem, segundo o Corpo de Bombeiros.
A bordo estavam o Comandante Dudu Barbatti, o cinegrafista Cleiner Moraes e e a jornalista Claudia Mourão. Com dores nas costas eles foram encaminhados ao hospital.
A aeronave desceu em um campo de futebol no Bairro Teixeira Dias, Região do Barreiro. Fotos de populares que circulam na internet mostram o helicóptero com a cauda partida.
De acordo com os bombeiros, o acidente foi por volta das 7h45. “Em princípio, parece ter havido uma pane mecânica e o piloto precisou realizar um pouso forçado. Com o impacto, o rotor de cauda acabou tocando o solo e se quebrou. Todos estão bem, sem vítimas, cabine intacta”, informou a corporação nesta manhã.
Vídeo mostra ocupantes saindo da cabine do helicóptero:
Uma viatura foi encaminhada ao local para prevenir um incêndio ou explosão. “Duas pessoas foram para o hospital com o Samu. Não havia ferimentos, mas foram para observação. O piloto ficou no local”, explica o cabo Félix, do Corpo de Bombeiros, que participa do atendimento.
Uma engenheira aeronáutica da empresa responsável pela manutenção da aeronave esteve no campo e deu detalhes aos bombeiros dos próximos passos. “Ela disse que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) vai vir fazer a vistoria para poder liberar o transbordo do combustível para fazer o desmanche e levar a aeronave embora. A previsão de chegada desse órgão aqui é à tarde”, detalhou.
Ainda segundo o militar, as chances de incêndio são mínimas e o piloto informou que o helicóptero tem um sistema avançado para prevenção desse tipo de ocorrência.
Todas as manhãs, o helicóptero da emissora sobrevoa a capital para mostrar a situação do trânsito, clima ou possíveis ocorrências.
A analista comercial Sílvia Helena Martins de Freitas mora perto do campo e passava de carro no momento do pouso forçado. “Fui buscar uma moça que trabalha comigo e, no momento em que estava saindo, eu o vi sobrevoando. Tinha um acidente na Via do Minério e pensei que poderia ser isso”, conta.
“Quando cheguei em casa, vi ele fazendo um voo muito rasante. Pensei que poderia ser reportagem. No que eu virei a rua, o helicóptero tinha acabado de fazer o pouso forçado. Tinha pedaços da fuselagem do outro lado da rua. Vi o pessoal descendo. A repórter, o piloto e um outro rapaz, que deve ser auxiliar dela. Até filmei um dos rapazes ajoelhado em frente ao helicóptero agradecendo a Deus”, comentou.
Segundo a moradora, a área é densamente povoada, o que poderia ter resultado em uma situação mais grave. “Se não fosse esse campo, tinha acontecido uma tragédia. Aqui é totalmente cheio de casas, Deus que protegeu eles. Tem um posto de saúde aqui do lado, com muita gente para ser atendida”, disse a analista.
Uma fonte informou ao Estado de Minas que o piloto Dudu Barbatti disse que eles estavam para entrar ao vivo quando houve uma perda de potência da aeronave. A reportagem tentou contato com ele por telefone, mas até a publicação da matéria não obteve sucesso. No domingo, Barbatti, que trabalhou na cobertura do acidente aéreo que terminou com a morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas em Caratinga, no Vale do Rio Doce, publicou um post no Instagram em que refletia sobre a tragédia.
“Aquela sensação de que a morte visitou a porta ao lado, e que está sempre rondando…Mas isso também nos faz estar sempre de olhos abertos para a vida! Triste pelos que se foram, que continuem sua caminhada em direção a luz maior… Feliz por poder mais uma vez fazer o trabalho que amo com excelência!”, escreveu na legenda da foto.
Via Estado de Minas / Metrópoles / Itatiaia / ANAC
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