Brasil, Canadá, Estados Unidos e União Europeia, que abrigam os maiores fabricantes de aviões do mundo, fecharam na semana passada um acordo para o financiamento público para a exportação de aeronaves. A partir de fevereiro, uma nova forma de cálculo vai reduzir o espaço para que governos ofereçam vantagens no crédito oficial. A medida vai elevar o juro dessas operações para nível próximo do cobrado no mercado.
Na Embraer, a notícia foi recebida com ressalva, pois encarece o financiamento usado por 55% dos clientes de 2010. Mas nem tudo é ruim para a companhia de São José dos Campos: a empresa passa a ter condições idênticas às gigantes Airbus e Boeing, o que, em última instância, pode facilitar eventual plano de lançamento de aviões maiores, como já fez a canadense Bombardier.
Em debate há mais de dois anos, o entendimento foi fechado em Paris com o apoio dos principais países que fabricam aviões comerciais. O acordo, que deve ser oficializado até 20 de janeiro, acaba com regra de 2007 que previa condições diferentes de crédito para aeronaves de grande porte - como as fabricados pela Airbus e Boeing - e regionais - da Bombardier e Embraer. Agora, o crédito para qualquer avião passa a ser feito da mesma forma, com condições mais rígidas para o cálculo do juro e garantias. Ou seja, menos espaço para subsídios.
?O fato de termos regras iguais para todos é muito positivo. A ausência de uma regra desse tipo criava situação em que concorrentes poderiam oferecer condições cada vez mais favoráveis, em uma corrida não saudável. O acordo nos protege?, diz Marcelo Della Nina, chefe da delegação do Ministério de Relações Exteriores que negociou o acordo. ?De uma forma geral, o acordo não é bom para a indústria, porque o crédito, que é importantíssimo para a compra de um avião, ficará mais caro?, diz o vice-presidente executivo de aviação comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva. No mercado aeronáutico, porém, analistas afirmam que o crédito público era um dos entraves para que a Embraer pudesse pensar mais seriamente em lançar nova família de jatos maiores, para concorrer com a Airbus e a Boeing.
Fonte: Fernando Nakagawa (Agência Estado)
Na Embraer, a notícia foi recebida com ressalva, pois encarece o financiamento usado por 55% dos clientes de 2010. Mas nem tudo é ruim para a companhia de São José dos Campos: a empresa passa a ter condições idênticas às gigantes Airbus e Boeing, o que, em última instância, pode facilitar eventual plano de lançamento de aviões maiores, como já fez a canadense Bombardier.
Em debate há mais de dois anos, o entendimento foi fechado em Paris com o apoio dos principais países que fabricam aviões comerciais. O acordo, que deve ser oficializado até 20 de janeiro, acaba com regra de 2007 que previa condições diferentes de crédito para aeronaves de grande porte - como as fabricados pela Airbus e Boeing - e regionais - da Bombardier e Embraer. Agora, o crédito para qualquer avião passa a ser feito da mesma forma, com condições mais rígidas para o cálculo do juro e garantias. Ou seja, menos espaço para subsídios.
?O fato de termos regras iguais para todos é muito positivo. A ausência de uma regra desse tipo criava situação em que concorrentes poderiam oferecer condições cada vez mais favoráveis, em uma corrida não saudável. O acordo nos protege?, diz Marcelo Della Nina, chefe da delegação do Ministério de Relações Exteriores que negociou o acordo. ?De uma forma geral, o acordo não é bom para a indústria, porque o crédito, que é importantíssimo para a compra de um avião, ficará mais caro?, diz o vice-presidente executivo de aviação comercial da Embraer, Paulo César de Souza e Silva. No mercado aeronáutico, porém, analistas afirmam que o crédito público era um dos entraves para que a Embraer pudesse pensar mais seriamente em lançar nova família de jatos maiores, para concorrer com a Airbus e a Boeing.
Fonte: Fernando Nakagawa (Agência Estado)
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